Pezão promete 700 leitos e 50 médicos na Santa Casa
Novo governador diz que não poupará esforços para reabrir hospital interditado há seis meses
“Já estava na hora de alguém se preocupar com a Santa Casa. Essa notícia é extremamente positiva. Só posso dizer bravo”, celebrou o provedor da Santa Casa, no cargo há dez meses, o advogado Luiz Fernando Mendes de Almeida. Na unidade, funcionários estão há quatro meses sem salários, e poucos atendimentos ambulatoriais estão sendo realizados. Cirurgias estão suspensas. “Dá vontade de chorar ao ver as pessoas virem aqui, às vezes de muleta e cadeiras de roda, e não podermos ajudar”, contou a farmacêutica Yolanda de Souza, de 75 anos, 40 deles na instituição.
O imbróglio na Santa Casa começou com
denúncias de vendas irregulares de sepulturas, o que motivou
investigação da polícia e denúncia do Ministério Público, que afastaram o
então provedor, o advogado Dahas Zarur, de 87 anos. Sem a receita dos
cemitérios, a instituição teve dificuldade para manter os serviços
médicos.
A notícia de investimentos públicos no Hospital
Geral da Santa Casa de Misericórdia agradou a classe médica. “É uma das
nossas reivindicações. O hospital tem 600 leitos. Isso fechado chega a
ser um crime. Vemos como obrigação do governo fazer de tudo para
reverter esse quadro e reabrir o hospital”, avaliou o presidente do
Sindicato dos Médicos, Jorge Darze.
Segundo ele, a medida é bem-vinda e
tem precedente. “Em Angra dos Reis, a prefeitura reativou o hospital da
Santa casa de lá, o que foi importantíssimo para a população.” Darze
também explicou a importância do Hospital Geral para o ensino de
Medicina no Rio de Janeiro. “As escolas médicas do estado sempre
utilizaram o hospital como campus de ensino. É uma instituição mais que
secular, um patrimônio da saúde e da educação do Rio”, afirmou o
presidente do Sindicato dos Médicos.
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