Prefeito afirmou que uma possível greve dos rodoviários no Rio durante a competição, não afetará a mobilidade do público
“Essa semana apresentamos um plano muito mais crítico. Durante a Copa, teremos férias escolares e dias de meio feriado ou feriado inteiro. Acredito que essa categoria reivindica e luta pelos seus direitos, mas isso não diz respeito à cidade”. Segundo o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, a localização do Maracanã facilita os planos. “O Maracanã é um dos estádios mais fáceis de se acessar. Os principais modais para a chegada dos torcedores são metrô e trem. Com isso, estamos cientes de que não há riscos”.
BRT terá serviço parador, da Barra ao Tanque, e expresso, até o Galeão, integrado com o metrô
Antes mesmo do início da Copa do
Mundo, a população do Rio terá à disposição 23 das 45 estações
projetadas para o corredor exclusivo de ônibus, o BRT Transcarioca, que
será inaugurado no dia 1º de junho, ligando a Barra da Tijuca ao
Aeroporto Internacional. O trecho entre as estações Alvorada e Tanque,
que compreende 20 estações, estará disponível ao público um dia após a
inauguração oficial como um serviço parador. Já a partir de 4 de junho,
uma linha expressa fará o transporte entre o terminal Alvorada e as duas
estações do Galeão, com uma parada em Vicente de Carvalho, onde haverá a
integração com a Linha 2 do metrô.
De acordo com o prefeito Eduardo
Paes, que ontem se reuniu com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo,
representantes de órgãos municipais, estaduais, federais, do Comitê
Organizador Local (COL) da Copa e da Fifa para uma reunião de ajustes
finais antes do início da competição, a obra não será um benefício
apenas dos torcedores. “Isso é para servir aos nossos visitantes que
venham pelo Galeão, mas também para servir à população. Por isso, estará
funcionando já com a metade das estações a partir do dia 2”, disse
Paes.
O corredor TransCarioca tem 39 quilômetros de
extensão e será o primeiro a cortar a cidade no sentido transversal. De
acordo com a prefeitura, o BRT vai reduzir em 60% o tempo de viagem do
Bairro da Barra da Tijuca até o Aeroporto Internacional, na Ilha do
Governador.
A expectativa é de que o novo BRT atenda a 400 mil passageiros por dia, beneficiando também os bairros de Curicica, Taquara, Tanque, Praça Seca, Campinho, Madureira, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha, Penha, Olaria e Ramos. O terminal Alvorada, reformado recentemente, servirá de ponto de integração para o BRT Transoeste, que já está em operação até SantaCruz e Campo Grande.
Ontem, O DIA visitou três das estações que serão inauguradas. Na estação Makro, na Barra, 12 operários ainda trabalham na instalação da passarela. Na estação Via Parque, a colocação de passarela também estava sendo feita. A estação Lourenço Jorge, em frente ao hospital de mesmo nome, parecia ser a mais adiantada. As obras estão praticamente prontas e as catracas no local para serem instaladas.
Nomes que podem confundir
Informar ou homenagear? A escolha foi
pela segunda opção e já foram batizadas com nomes de figuras conhecidas
do subúrbio carioca as estações e os viadutos do Transcarioca. Viraram
referência do corredor de ônibus os sambistas Manacéia, Renatinho
Partideiro, Silas de Oliveira, Bandeira Brasil e Paulo da Portela, o
pastor da Assembleia de Deus José Santos e até o bloco Cacique Ramos.
“Acho inquestionável a homenagem, mas para quem não conhece a região
será um complicador. Os nomes das localidades facilitariam”, opinou a
administradora Roberta Santos, 32 anos.
Madureira, um dos bairros mais
conhecidos da Zona Norte, ficou fora da lista do Transcarioca. Quem
quiser conhecer o parque da região, que tem uma concha acústica com
shows toda semana, terá que descer em Manacéia.
A prefeitura afirmou que os nomes vieram por
sugestão de associações de moradores, mas que ainda está definindo se as
placas vão ter também nomes dos bairros para facilitar a localização.Lula diz que é 'babaquice' querer metrô até dentro dos estádios da Copa
Em palestra para blogueiros em São Paulo, ex-presidente diz que importante é dar garantia de que público assistirá os jogos
"Nós nunca tivemos problemas em andar a pé. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa, mas o que a gente está preocupado é que tem que ter metrô, tem que ir até dentro do estádio? Que babaquice é essa? Tem que dar garantia para essa gente assistir ao jogo, tem que ter o melhor da comida brasileira, tem que tratar bem as pessoas nos hotéis...", disse o ex-presidente.
Lula afirmou que a Copa será o momento de o Brasil "mostrar sua cara", que "esconder pobre está fora de cogitação" e que tem "muto orgulho" de ter um sido um dos responsáveis por trazer a Copa e as Olimpíadas para o Brasil. Lula ainda explicou que não fez isso pensando em dinheiro mas em ter eventos desse porte no país.
Sobre as manifestações que acontecem em todo o Brasil contra a Copa do Mundo, Lula ressaltou que "não há dinheiro público" para construção de estádios — que são financiados pelo BNDES — e disse que as obras que não ficarem prontas para o Mundial servirão de legado para "depois da Copa".
Brasileiros estão "um pouco decontentes", diz Blatter
Nesta sexta-feira, quem também falou sobre Copa do Mundo no Brasil foi o presidente da Fifa Joseph Blatter. Ele admitiu que os brasilieros estão um "pouco descontentes" com o evento que se aproxima mas acredita que isso irá mudar assim que a competição começar, no dia 12 de junho, com o jogo Brasil x Croácia.
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