Segundo a PM, cerca de 15 bandidos já foram presos e o Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, chegou a ser fechado
Rio - O tiroteio segue intenso no Morro da
Serrinha, em Madureira, na Zona Norte, por conta de uma operação de
policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), com apoio do 2°Comando de
Policiamento de Área (CPA), Batalhão de Operações Policiais Especiais
(Bope), Batalhão de Ações com cães (BAC) e Grupamento Aéreo e marítimo
(GAM). De acordo com a PM, até o momento 15 pessoas foram detidas, das
quais quatro ficaram feridas durante confronto com os policiais e
encaminhadas para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
Com auxílio de um helicóptero,
agentes do Bope estão na mata atrás de traficantes que estão
encurralados no local. O objetivo é prender o traficante Walace de Brito
Trindade, de 27 anos, conhecido como Lacosta. Ele é foragido do sistema
penitenciário e apontado como o chefe do tráfico de drogas do morro.
Também foram apreendidos um fuzil,
sete pistolas, quatro granadas e drogas, que ainda estão sendo
contabilizadas. O material será levado para a 29ªDP (Madureira). O
Viaduto Prefeito Negrão de Lima chegou a ficar interditado por cerca de
uma hora e os moradores seguem assustados com a ação.
Disque-Denúncia oferece R$ 20 mil por informações sobre chefe da Vila Aliança
Rafael Alves, o Peixe, está foragido desde 2009 e seria o 'presidente' do time de futebol local que joga com o uniforme da seleção brasileira
Rio - O Disque-Denúncia (2253-1177)
está oferecendo R$ 20 mil para quem oferecer informações sobre o
traficante Rafael Alves, de 31 anos. Conhecido como Peixe, ele é o chefe
do tráfico da Vila Aliança, na Zona Oeste, e está foragido desde 2009.
Ele seria o "proprietário" do time de futebol que disputou o campeonato
amador de futebol da comunidade, em março, com o uniforme da seleção
brasileira.
Na última terça-feira, O DIA
mostrou reportagem do site internacional "Aljazeera America"
denunciando o domínio de traficantes no campeonato de futebol. Na
matéria é relatado como o torneio era realizado antes de ser suspenso,
em março deste ano, devido a frequente troca de tiros entre policiais e
bandidos e, posteriormente pela implantação da Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP) da Vila Kennedy, comunidade vizinha, e como é essa
paixão pelo futebol.
Uma das principais equipes, segundo a
reportagem, é a VA Clube, onde o proprietário seria o Peixe, chefe do
tráfico da Vila Aliança, identificado na matéria apenas como Padrinho ou
Poderoso Chefão, um dos homens mais procurados do Rio. Também é
destacado o poderio bélico dessas organizações.
Durante os jogos, moradores e
crianças andavam normalmente em meio aos homens armados. Em uma das
imagens, os integrantes do VA Clube aparecem vestidos com a blusa da
seleção brasileira e um deles segurava um fuzil AK-47.
"Se você perguntar a qualquer
adolescente na favela qual o seu sonho, ele vai te dar três respostas:
jogador de futebol, ser um cantor famoso de samba ou o dono da favela",
disse Anderson Nascimento, um dos jogadores do VA Clube e que de acordo
com a reportagem nunca trabalhou para o tráfico. E complementou: "Eles
têm as suas vidas. Eu tenho a minha. Se me convidar para tomar uma
cerveja, eu vou. Eu não o vejo [Padrinho] como esse cara ruim. Para mim,
ele é apenas um cara normal".
'UPP da Vila Kennedy será instalada no próximo dia 23', diz Pezão
O governador Luiz Fernando Pezão
confirmou, nesta quarta-feira, que a instalação da UPP da Vila Kennedy e
Metral, em Bangu, na Zona Oeste, será realizada no dia 23. De acordo
com ele, a implantação definitiva de uma base da polícia no local vai
permitir também a melhoria na segurança em comunidades vizinhas, como a
Vila Aliança.
"Estamos na Vila Kennedy e, se for
preciso, vamos ocupar, sim, a Vila Aliança. Nós já estivemos lá. Vamos
inaugurar sexta-feira, dia 23, a UPP da Vila Kennedy e fica mais fácil
de ter uma base permanente e avançar ali (Vila Aliança)", disse o
governador. O secretário José Mariano Beltrame decidirá quando a área
será ocupada.
"Nós vamos contratar mais de 600 policiais do
último concurso e estamos abrindo mais seis mil vagas. Mas quem decide o
cronograma são o secretário Beltrame, o coronel (José Luís) Castro e o
delegado Fernando Veloso. O que fazemos no nosso governo é dar meios
para que a polícia possa ocupar cada vez mais comunidades para que não
haja nenhuma demonstração do poder paralelo. Infelizmente, essa é uma
chaga no Rio", finalizou Pezão.
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