Como
é fácil apontar os erros daqueles que nos rodeiam, daqueles com quem
convivemos no trabalho, num aniversário, em família, num grupo. Num
grupo... Vivemos em grupos e o que os grupos têm de mais especial são as
diferenças que cada individualidade acrescenta, deixando-os mais
ricos.
Contudo,
quando tudo está bem, tudo está bem. Quando alguma coisa está mal, já
nada está bem. E quando achamos que alguma coisa não está bem, é porque
tendemos a culpar os outros, tendemos a encontrar supostos erros que os
outros possam ter cometido.
Mas
e eu? Não cometo erros? Serei perfeito? Não, não sou! É-me impossível,
já que, como ser humano, sou um ser emotivo, passional e sensível, o que
engloba um sem número de possibilidades sentimentais: ódios/ amores;
reconhecimento/ rancores; empatias/ desdém...e por aí fora.
Esquecemo-nos que não somos perfeitos, ninguém o é; Quem sabe um dia seremos...
Os
outros têm o direito de errar e de melhorar e se quiserem de continuar a
errar, é o crescimento pessoal que cada um tem , que cada um
desenvolve. E, se ao invés de criticar, ajudássemos ou apenas
perguntássemos porquê, quando nos sentimos injuriados. Perguntar nem
sempre é inconveniente. Perguntar esclarece dúvidas e acaba com rumores,
com picardias, com a raiva, com o ódio e com a vontade de vingança, que
só nos infeta a alma.
Quando APONTO um erro a alguém, será que tenho a capacidade de ver o erro que cometi, será que não foi o MEU erro que fez com que determinada pessoa agísse de determinada maneira?
Mas
afinal que utilidade tem o erro? A meu ver, o erro demonstra o interior
de cada um de nós. Somos capazes de assumir os nossos erros perante os
outros? Quando os assumimos, fazêmo-lo com arrogância ou com humildade e
compreensão; fazêmo-lo por palavras ou com ações? Às vezes é mais fácil
culpar do que admitir.
Que
aquele que admite nunca se envergonhe, nem se pavoneie. A justiça e os
valores que defendemos denotam-se nas nossas ações. O "olho por olho,
dente por dente" não é assim tão linear, nem sequer vai de encontro ao
seu verdadeiro significado.
Todos
temos o direito de errar, todos temos o direito de melhorar e todos
temos o dever de repensar se o erro foi realmente do outro, se foi nosso
ou se sequer foi erro, se não foi apenas um ponto de partida para
melhorar.
Mas, e se realmente parássemos de agir como a sociedade quer e fóssemos realmente o que somos?
Publicado por Anabela Freitas
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