5.15.2014

Uso de pílula influencia prazer sexual, segundo estudo

Casais mais felizes são aqueles que não começaram ou interromperam contraceptivo hormonal durante relacionamento

O Globo

Há controvérsias sobre a possibilidade de contraceptivo diminuir a libido
Foto: Reprodução
Há controvérsias sobre a possibilidade de contraceptivo diminuir a libido Reprodução
RIO - A satisfação sexual das mulheres em um relacionamento heterossexual pode ser influenciada pela mudança no uso do contraceptivo hormonal, segundo estudo coordenado pela Universidade de Stirling, na Escócia.
Os pesquisadores avaliaram o nível de satisfação em diversos aspectos - sexuais ou não - de 365 casais, que mantêm relacionamento a longo prazo, e viram qual era a influência atual e histórica do uso de contraceptivo hormonal pelas mulheres.
- As mulheres que haviam conhecido seu parceiro enquanto tomavam a pílula e a usam até hoje, assim como aquelas que nunca recorreram à pílula, relataram maior satisfação sexual - conta o pesquisador Craig Roberts, da Divisão de Psicologia de Stirling.
Ou seja, interromper ou começar o uso de pílulas durante um relacionamento prejudica o sexo. Na pesquisa, os casais com menor satisfação sexual eram aqueles em que a mulher começou ou parou de usar a pílula durante o relacionamento.
Segundo os pesquisadores, a pílula não inflenciou os aspectos não-sexuais de satisfação dos relacionamentos.
- Pesquisas anteriores mostraram que os contraceptivos hormonais, como a pílula, alteravam sutilmente quem as mulheres julgam como parceiros ideais, e que muitas vezes as mulheres, ao deixarem a pílula, achavam seus parceiros menos atraentes - lembra Roberts. - Apoiamos estas conclusões, mas também apontamos que começar ou parar a usar o contraceptivo também influencia a satisfação sexual.
De acordo com Roberts, "a pílula tem uma força social extremamente positiva, dando às mulheres o direito de ter mais controle sobre suas vidas, mas há também muita controvérsia sobre a possibilidade de ela afetar a libido e a satisfação sexual".
O estudo foi publicado na revista "Psychological Science".

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