Nota oficial das empresas de ônibus foi divulgada nesta sexta-feira (16).
Na próxima terça-feira (20), medida será votada em assembleia da categoria.
88 comentários
Paralisação por 48 horas causou transtornos
(Foto: Cacau Fernandes/ Estadão Conteúdo)
O Rio Ônibus — sindicato que representa as empresas de ônibus da cidade
— ameaçou demitir rodoviários dissidentes do Sintraturb-Rio — sindicato
que representa a categoria — caso seja adotado o movimento "catraca livre" em substituição às paralisações, que causaram transtornos aos cariocas esta semana.(Foto: Cacau Fernandes/ Estadão Conteúdo)
Com a ideia dos grevistas, os passageiros entrariam pela porta de trás dos coletivos sem pagar passagem. Essa seria uma forma de manter o movimento reivindicatório sem afetar a população que depende do transporte público. A medida será votada em assembleia da categoria na próxima terça-feira (20).
O Rio Ônibus informou, por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (16), que "o expediente, se utilizado, constituiria falta gravíssima, passível de ser punida com demissões por justa causa, de acordo com o que estabelece o artigo 482 da CLT, sem prejuízo do ressarcimento dos valores das passagens não pagas por usuários".
Ainda de acordo com o comunicado, para o Rio Ônibus, "a estratégia nada mais é do que a continuação do mesmo e ilegal movimento de greve, com a utilização de técnicas de sabotagem, de modo a atingir diretamente a atividade econômica".
Advogados avaliam possibilidade
A ideia da "catraca livre"— que poderia conquistar apoio dos cariocas à causa — partiu de motoristas de ônibus, segundo Hélio Teodoro, um dos líderes do movimento grevista. "É uma das hipóteses que vão ser levadas e os companheiros vão dizer sim ou não. Se vamos continuar a greve, se haverá o fim da greve ou se haverá uma trégua, tudo isso será levantado", afirmou ao G1 na quinta-feira (15).
Preocupados com a legalidade da eventual decisão, advogados ligados ao grupo foram consultados e estão analisando a possibilidade de colocar a ideia em prática. "Se o pessoal aceitar, vamos colocar [a catraca livre] em prática mas só teremos esta posição mais tarde", disse.
Pedidos da categoria
Os rodoviários dissidentes rejeitam o acordo firmado entre o Sintraturb-Rio e o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus da cidade, que estabeleceu reajuste salarial de 10%. Os grevistas querem 40% de aumento, R$ 400 de cesta básica e o fim da dupla função — quando motoristas também trabalham como cobradores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário