Exame deve ser feito logo que a criança nasce e evita que ela fique manca
O procedimento é simples. O médico movimenta as pernas e o quadril do bebê, que deve ser deitado em uma maca, em ambiente aquecido. A ação serve para analisar as articulações e a estabilidade da região. De acordo com o ortopedista do Centro de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Pedro Henrique Mendes, o exame consegue detectar duas doenças: luxação congênita de quadril e instabilidade de quadril.
Ele explica que a luxação ocorre
quando o quadril fica ‘fora do lugar’ e ‘desencaixado’. Nesse caso, a
criança pode ficar com uma perna maior do que a outra, mancar e ter
maior risco de desenvolver lordose lombar. Os sintomas aparecem na
infância, quando os pequenos começam a andar.
“Na instabilidade de quadril, há o
risco de o local desencaixar quando a criança faz esforço, mas os
sintomas são os mesmos da luxação”, disse o especialista. Segundo ele,
não há causa definida para os problemas, mas alguns fatores podem estar
relacionados: posição uterina; sexo feminino; filho de mãe da primeira
viagem e jovem, além de história familiar das doenças.
Into oferece tratamento das doenças. “Por mês,
atendo, pelo menos, uma criança com o mal. A maioria vem com mais de um
ano”, diz Pedro Henrique Mendes.Boa resposta até os seis meses
Para que a resposta seja melhor, o tratamento deve ser feito até os seis meses de vida. Nesse caso, diz Pedro Henrique, o cuidado é feito com um dispositivo chamado suspensório de Pavlik, que mantém a estabilização. A criança fica com as tiras de tecido por cerca de dois meses. “Em 95% dos casos só o suspensório melhora o mal”.
Após os seis meses, o suspensório não tem efeito e o tratamento é feito com gesso. Depois de um ano, apenas cirurgia ajuda os pequenos, e somente em alguns casos. Segundo o ortopedista, após os 8 anos de idade, não há mais medidas a serem tomadas.
“O teste é uma medida barata que pode prevenir muitos problemas sérios. Por isso deve ser feito”.
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