Presidente americano diz que colega uruguaio é defensor dos direitos humanos
CLÁUDIA TREVISAN / CORRESPONDENTE
WASHINGTON - Em sua primeira visita oficial a
Washington, o presidente do Uruguai, José Mujica, foi chamado de líder
da defesa dos direitos humanos nas Américas por seu colega Barack Obama,
durante encontro na Casa Branca. O dirigente dos EUA se disse
impressionado pelo progresso do Uruguai em anos recentes e ressaltou que
os dois países podem trocar experiências sobre como lidar com
sociedades diversas.
AP
Obama recebe Mujica na Casa Branca
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Mujica afirmou que está nos Estados Unidos em busca de "conhecimento" e pesquisa na área de ciências biológicas, principalmente relacionados à agricultura. "Nós temos que lutar para dar às crianças das novas gerações novas capacitações, novos conhecimento. E essa vai ser a melhor maneira de espalhar liberdade, independência e direitos."
Obama declarou que os dois países têm interesse em expandir o comércio bilateral e promover intercâmbio de alunos e professores. "Eu quero escutar do presidente Mujica ideias adicionais sobre como podemos fortalecer a tendência de democratização e direitos humanos no hemisfério", observou Obama.
A imprensa acompanhou apenas os 17 minutos iniciais do encontro, previsto para durar uma hora. Depois da defesa do acesso ao conhecimento, Mujica se dedicou a falar dos danos do tabaco. "No mundo, 8 milhões de pessoas morrem em razão do fumo" a cada ano. "Isso é homicídio", ressaltou, acrescentando que há um "luta árdua" contra interesses de grandes corporações.
No período da reunião acompanhada por jornalistas, não houve menção à descriminalização do uso da maconha no Uruguai. Também não houve referencia à oferta de Mujica de receber cinco detentos da prisão de Guantánamo, mas havia a expectativa de que o assunto fosse discutido na parte fechada do encontro.
Fiel a seu apego à informalidade e simplicidade, Mujica estava sem gravata. Além de Obama, participaram do encontro o vice-presidente, Joe Biden, o secretário de Estado, John Kerry, e a chefe do Conselho de Segurança Nacional, Susan Rice.
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