4.10.2015

Dependência Química . Como as drogas afetam o organismo?


                                                                        
Álcool - o álcool é um elemento químico tóxico que circula no sangue durante várias horas após ser bebido e permanece no organismo durante pelo menos 7 horas. Provoca lesões do coração e das artérias, do tubo digestivo (gastrites crônicas com feridas e hemorragia), do fígado e do sistema nervoso. Os testículos param de funcionar e podem aparecer o câncer de boca e do esôfago. O número de mortes por alcoolismo e cirrose do fígado não param de aumentar. Existem vários fatores que levam ao alcoolismo: orgânicos, psicológicos, existenciais, compulsivos e sociais. O alcoolismo é causa de 40% dos acidentes de trabalho e 60% dos acidentes de trânsito. Pesquisas recentes do IBGE indicam que 11% dos brasileiros têm problemas de alcoolismo. O vício é maior entre os homens mas, o número de mulheres que se tornam dependentes de álcool tem aumentado muito nos últimos anos. Adolescentes têm sofrido dessa doença, também, de forma crescente. Mas, o problema de maior proporção está entre as crianças: 20% dos meninos de rua consomem bebidas alcoólicas.

Maconha, Haxixe e Skank - a maconha conhecida também como marijuana, é obtida das folhas e flores secas da planta Cannabis sativa. Consumida na forma de cigarro, é a droga ilegal mais usada no mundo. Das extremidades da Cannabis sativa é obtido o haxixe, também consumido como cigarro. A substância psicoativa da maconha e do haxixe é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). A maconha e o haxixe têm um teor de até 8% de THC, mas alguns tipos mais potentes de maconha, como o skank, possuem até 33% de THC. Os efeitos podem ser: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarréia, alterações sensoriais, lentidão do raciocínio, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, idéias paranóides. Está provado que a droga não aumenta a sensibilidade do tato, ouvidos e vista, como se pensava. Ela não deve ser usada na medicina, pois para um benefício proposto, ela apresenta dez efeitos nocivos. O uso constante pode levar à perda da memória, distúrbios hormonais, dificuldades de concentração e aprendizado, perda de motivação, diminuição da libido e esterilidade temporária.

Cocaína - substância natural obtida a partir do tratamento químico, em laboratório, das folhas da Erytroxylum coca. Chega ao consumidor em forma de sal (cloridrato de cocaína), pedra (crack) ou pasta. Geralmente é vendida como um pó branco que pode ser aspirado ou dissolvido em água para uso endovenoso. Eleva a pressão arterial, provoca taquicardia e leva à parada cardíaca, o que em geral acontece nos casos de overdose. O uso crônico lesa o septo nasal e causa degeneração dos músculos esqueléticos.

Crack - derivado da cocaína, é comercializado na forma de pequenas pedras, que se volatizam quando aquecidas. Inalado ou fumado em cachimbos, é absorvido imediatamente pelos vasos sangüíneos. Estimula o cérebro e provoca euforia e sensação de onipotência. Há dilatação da pupila, aumento da percepção, do ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos. Os efeitos trazem irritabilidade, delírios, alucinações, aumento de temperatura e pressão arterial, convulsões, problemas respiratórios e cardíacos. Também ocasiona perda de peso, problemas com a visão e dificuldade para dormir. Com o aumento das doses, começam a aparecer sinais de irritabilidade, agressividade, "visões"(alucinações) e delírios, levando à toxicomania. Pode ainda produzir dilatação das pupilas, taquicardia, degeneração muscular, ansiedade, pânico, pensamentos paranóicos, agressividade, irritabilidade, crises convulsivas podendo ocorrer morte por overdose. A cocaína é uma droga reforçadora dos seus próprios efeitos. Isto quer dizer que o usuário, desaparecido o seu efeito inicial, é fortemente tentado a continuar o seu uso, empregando nova dose.

Ópio - é um látex obtido a partir da papoula somniferum. A droga teve seu consumo muito difundido no Oriente, principalmente na China, onde há locais próprios para o consumo. Esta droga é consumida depois de ser aquecida e inalada, provocando euforia, seguida de sono. Tem como principais derivados a morfina e a heroína. Tem efeito analgésico. Os viciados nesta droga precisam de doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos das vezes anteriores. O excesso pode causar parada respiratória, colapso circulatório e levar à morte.

Heroína - é a mais devastadora e escravizadora droga que existe, criada em laboratório a partir do ópio. A substância básica é a diacetilmorfina que é três vezes mais potente que a morfina e induz mais à dependência. Geralmente injetada, também pode ser aspirada ou fumada. Modera as emoções, altera o humor e provoca sensação temporária de bem-estar e sonolência. É um depressivo cerebral, espinhal e respiratório que pode tornar o usuário dependente após uma segunda ou terceira dose. A falta da droga causa diarréias, náuseas, vômitos fortes e pode levar à morte por desidratação.

Solventes e inalantes - lança-perfume, cola de sapateiro, loló, gasolina, benzina, acetona, removedor de tinta, Thinner, água-raz, éter e esmalte são drogas inalantes que possuem substâncias classificadas como solventes. O tolueno é o ingrediente ativo da cola. Tem efeito similar ao do álcool: provoca euforia, perda da coordenação motora e, no extremo, vômito e coma. Já o principal ingrediente do lança perfume é o éter. A substância deprime o sistema nervoso central, podendo provocar desmaio, enfarte e gastrite.

Esteróides e Anabolizantes - drogas relacionadas ao hormônio masculino testosterona produzido nos testículos. Possuem uso clínico, com a função da reposição da testosterona nos casos em que por algum motivo patológico tenha ocorrido um déficit na produção natural. Além deste uso médico eles são usados para aumentar os músculos e por esse motivo são muito procurados pelos atletas e pessoas que querem melhorar a performance nos esportes e a aparência física. Com a utilização inadequada dos esteróides anabolizantes surgem os seguintes sintomas: tremores, acne severa, retenção de líquidos, mau hálito, esterilidade e impotência, queda de cabelo irreversível, dores nas juntas, aumento da pressão sangüínea, icterícia e tumores no fígado e muitos outros efeitos graves no homem, na mulher e no adolescente. Por serem muito utilizados por atletas e treinadores físicos, o Comitê Olímpico colocou 20 esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles, como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso deles sujeito a duras penas. Os principais esteróides anabolizantes são: oximetolona, metandriol, donazol, fluoximetil testosterona, mesterolona, metil testosterona, sendo os mais utilizados no Brasil a testosterona e nandrolona.

Cogumelos e Plantas Alucinógenas - grande número de drogas alucinógenas vem da natureza, principalmente das plantas. Estas foram descobertas pelos seres humanos do passado que, ao sentirem os efeitos mentais das mesmas, passaram a considerá-las como plantas divinas, isto é, faziam com que quem as ingerisse recebesse mensagens divinas, dos deuses. Com o progresso da ciência várias substâncias foram sintetizadas em laboratório e desta maneira, além dos alucinógenos naturais, hoje em dia temos também os alucinógenos sintéticos, dos quais o LSD-25 é o mais representativo. O Brasil, por ser um país rico em sua flora, tem várias plantas alucinógenas. As mais conhecidas são:

  Cogumelo - ele é ainda muito usado por alguns pajés com o nome de "cogumelo sagrado"(nome científico Psicocybe mexicana) e dele é extraído uma substância de poderosa força alucinógena: a psicocibina. Ainda temos o Psilocybe cubensis e o do gênero Paneoulus.
  Vinho da Jurema - é preparado com a planta Mimosa hostilis e ainda usado pelos remanescentes índios e caboclos do Brasil. A jurema sintetiza uma potente substância alucinógena, a dimetilptamina ou DMT, responsável pelos efeitos.

  Mescal ou Peyote - é um cacto utilizado remotamente em rituais religiosos. Produz a substância alucinógena mescalina. Índios Yaqui, Tarahumara e Huichol, oriundos dos EUA e norte do México usam os botões do cacto Peyote em cerimônias religiosas próprias, ricos em mesalina, um potente alucinógeno. Principalmente nos anos 60 e 70 muitos escritores e artistas experimentaram a mescalina como fonte de "inspiração".

No Brasil, temos o Santo Daime, oriundo da região amazônica. Os índios da região tomavam um chá que chamavam huasca ou ayahuasca obtido da raiz do Caapi e Chacrona, duas plantas alucinógenas que são utilizadas juntas em forma de bebida ingerida no ritual Santo Daime ou Culto da União Vegetal e várias outras seitas, em todas as regiões do Brasil.
Os efeitos dos cogumelos e das plantas citadas são alucinógenos, isto é, produzem alucinações e delírios (viagens). Os sintomas físicos são bastante desagradáveis. Pode aparecer dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náuseas, vômitos, diarréias, estes últimos mais comuns com a bebida do Santo Daime. A repetição do uso destas bebidas traz a possibilidade, da pessoa ser tomada de um delírio persecutório, delírio de grandeza ou acesso de pânico e assim tomar atitudes prejudiciais a si mesma e aos outros.

Alucinógenos Sintéticos - existe nova safra dos alucinógenos sintéticos, elaborada nestes últimos 10 anos e que aparece quase todos os dias, com características novas e que desafiam qualquer classificação. Têm nomes químicos mas ganham, nas ruas, apelidos que mudam de local para local a ponto de haver confusão entre estas novas drogas.

LSD (Ácido Lisérgico) - substância sintética que produz efeitos semelhantes aos das plantas alucinógenas. Provoca distorções sensoriais e pode causar angústia e pânico. Seus efeitos são aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da transpiração e dilatação da pupila. O risco maior não está na toxidade da substância mas na sensação de onipotência que provoca e que faz o usuário perder o senso de perigo. Muito utilizada nos anos 70.

Êxtase / Ecstasy (MDMA) - a Metileno-Dioxo-Meta-Anfetamina mais conhecida pelo nome de Ecstasy. Alucinógeno sintético, costuma ser apresentado sob forma de tablete, cápsula ou em papel impregnado com a substância. As anfetaminas são estimulantes que causam euforia e desinibição. O MDMA, uma anfetamina modificada, combina a ação estimulante a efeitos alucinógenos. Pode provocar uma sensação de intensa euforia e causar ansiedade, delírios, alucinações visuais e auditivas. Altera também o senso de percepção e avaliação da realidade. O aumento dos batimentos cardíacos pode levar à parada cardíaca. Há intensa desidratação. O metabolismo acelerado eleva a temperatura do corpo (hipertemia) para até 42o. C. O uso prolongado pode danificar o fígado, coração e o cérebro.

Ice - (gelo em português) passou a ser conhecido como a droga dos anos 90. É uma forma muito pura de metosianfetamina, uma metanfetamina que pode ser tanto inalada como injetada intravenosamente. É derivado de um entorpecente sintético. É branco, inodoro e transparente. Os efeitos psicológicos duram por horas após a aplicação intravenosa e são extremamente potentes. Provoca rápida perda de peso, dificuldade na respiração e facilmente leva ao óbito. É mais devastador que o crack e 60 % de seus usuários são mulheres. O ice pode ser fabricado em fundo de quintal com substâncias não específicas adquiríveis em qualquer loja de produtos químicos, o que potencializa seus efeitos.

Xaropes e Gotas para Tosse (com codeína ou ziprepol) - os xaropes são formulações farmacêuticas contendo açúcares e uma substância medicamentosa ativa geralmente a codeína ou o zipeprol.

Estes remédios também podem ser preparados numa solução aquosa, às vezes com um pouco de álcool chamando-se então gotas para tosse. Estes remédios usados para combater a tosse são os chamados Antitussígenos. Existe um grande números de produtos comerciais a base de codeína e zipeprol. A codeína é uma substância que vem do ópio, portanto um opiáceo natural e, o zipeprol, uma substância sintética, fabricado em laboratório mas, por sua grande toxidade, ele foi recentemente proibido de fabricar ou vender remédios com esta substância.
Os efeitos da codeína e do zipeprol agem em algumas regiões do cérebro. Com a codeína a pessoa sente-se fraca, sonolenta, a pressão do sangue cai muito assim como os batimentos cardíacos e a respiração. Podendo chegar até a ficar em estado de coma, inconsciente e, se não for tratada pode morrer. O zipeprol além de possibilitar convulsões, pode produzir náuseas. Ele atua no cérebro fazendo a pessoa sentir-se aérea, flutuando, sonolenta, vendo ou sentindo coisas diferentes. Leva muitas vezes a pessoa a ter acessos de convulsão.

Anfetaminas - são drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso central, isto é, fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas mais "ligadas", "acesas" com menos sono, elétricas etc. É chamada também de rebite, usada principalmente por motoristas que precisam dirigir várias horas seguidas sem descanso. É conhecida pelos estudantes por bolinha.
Nos EUA, a metanfetamina (uma anfetamina) tem sido muito consumida pelos jovens, usada em cachimbo, quando recebe o nome de ice.
As anfetaminas são drogas sintéticas, produzidas em laboratórios, utilizadas muitas delas em remédios, por muitos laboratórios e com nomes diferentes.
As anfetaminas agem afetando sobretudo o comportamento humano. A pessoa tem insônia, perde o apetite, sente-se cheia de energia e fala mais rápido. As anfetaminas fazem com que o organismo reaja acima de sua capacidade, com esforços excessivos, o que, logicamente, vai prejudicar a saúde. Elas causam também dilatação das pupilas, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão sangüínea. Uma dose exagerada torna a pessoa agressiva, irritadiça e pode ter delírios persecutórios. Dependendo da dose excessiva ingerida ou da sensibilidade da pessoa, pode levar a um verdadeiro estado de paranóia e até alucinações. Essas intoxicações são graves e geralmente levam a pessoa a uma internação para desintoxicar. O uso continuado das anfetaminas pode levar à degeneração de determinadas células do cérebro, produzir lesões irreversíveis em pessoas que abusam destas drogas.

Tranquilizantes ou Ansiolíticos - medicamentos que atuam quase que exclusivamente sobre a ansiedade e tensão. Estas drogas são chamadas de tranqüilizantes, por tranqüilizar a pessoa estressada, tensa ou ansiosa. Atualmente, estas medicações são simplesmente denominadas de ansiolíticas que pertencem ao grupo dos benzodiazepínicos. Hoje em dia, existem mais de 100 remédios, somente no Brasil, à base destes benzodiazepínicos, os nomes de suas substâncias ativas geralmente terminam pelo sufixo pam. Todos os medicamentos do grupo dos benzodiazepínicos são capazes de estimular os mecanismos no nosso cérebro que normalmente combatem estados de ansiedade e tensão. É importante notar que estes efeitos dos ansiolíticos benzodiazepínicos são grandemente alimentados pelo álcool e a mistura, álcool mais estas drogas, pode levar uma pessoa ao estado de coma. Os ansiolíticos também podem levar à dificuldades de aprendizagem e memória. É importante lembrar, ainda, que estas drogas dificultam em parte nossas funções psicomotoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis e consequentemente aumentando a probabilidade de acidentes. Em doses excessivas a pessoa fica com hipotonia muscular (mole), dificuldade grande para ficar de pé e andar, a pressão cai bastante e pode desmaiar. Esta situação agrava-se muito quando a pessoa ingere bebida alcoólica. Suspeita-se também que estas drogas ingeridas pelas mulheres grávidas possam produzir lesões ou deformações físicas na criança por nascer.

Anticolinérgicos - plantas: datura, lírio, trombeta, trombeteira, cartucho, saia-branca, zabumba. Medicamentos: Artane®, Akinetonâ, Bentylâ - tanto de origem vegetal ou produzidos em laboratório atuam produzindo delírios e alucinações. Pessoas intoxicadas por estas plantas sentem-se perseguidas vendo objetos e fantasmas, visões de santos etc. Os efeitos são bastante intensos podendo demorar, de acordo com a sensibilidade de cada um, até 2 ou 3 dias. Os medicamentos anticolinérgicos com controle médico é muito útil no tratamento de algumas doenças como, por exemplo, a Doença de Parkinson.
O abuso destas substâncias é relativamente comum no Brasil. O Artane® chega a ser a terceira droga mais abusada entre meninos em situação de rua de algumas capitais do Nordeste (após os inalantes e a maconha). Nas demais regiões o uso de anticolinérgicos é bem menos freqüente.

GHB - ácido gama-hidróxido-butílico usado como sedativo, mas em doses maiores, causa euforia. Seus efeitos colaterais podem ser de sonolência, tontura e, de perda temporária da memória, à um estado de coma.

Fenciclidina, PCP, 1 - (1- fenilciclo-hexi) piperidina, foi desenvolvida como analgésico e anestésico, e é apenas usada na área da veterinária. A fenciclidina produz efeito sedativo, imobilismo, amnésia e analgesia. Como anestésico, foi substituído pela Quetamina ou Ketamina. O PCP e a ketamina afetam o córtex e o sistema límbico. A perda de consciência pode durar de 10 a 15 minutos após administração intravenosa. A analgesia dura 40 minutos e a amnésia pode durar 1 ou 2 horas. Quando injetado em seres humanos, 50% dos indivíduos com mais de 30 anos sentiram excitação ou delírio, ou tiveram alucinações visuais. Aparece aumento da pressão intracerebral e intra-ocular. Existem também efeitos secundários como comportamento violento e estranhos, alucinações, agitação, rigidez catatônica, desorientação, falta de coordenação, vômitos, convulsões, hipertensão, dormência, taquicardia.

O PCP apareceu entre a população de rua nos anos setenta sendo conhecido por uma série de nomes como pó de anjo, cabelo de anjo, cristal, ciclone, tranquilizador de cavalos, poeira, erva da morte, briga, erva da paz, comprimidos da paz. Nunca foi popular na Europa. A ketamina é encontrada à venda pelo tráfico com o nome de XTC.

Rohypinol - hipnótico, indutor do sono, sedativo ativo. Tem efeito ansiolítico, mio-relaxante e anticonvulsivante. Medicamentos que só devem ser usados com prescrição e orientação médicas.

Nota:  As dicas deste portal não dispensam a consulta a um especialista ou acompanhamento de um médico.  Queremos apenas ser fonte de orientação e estudo.



 

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