4.06.2015

Pacotes de viagens podem estar ligado ao câncer de pele


Especialistas alertam para importância de passar um tempo na sombra, 
usar uma camisa e um chapéu para proteger a pele e aplicar regularmente 
filtro solar de fator 15 pelo menos - Reprodução/Pixabay
RIO - Um boom de pacotes baratos de viagens na década
 de 1960 pode estar parcialmente por trás da “ascensão 
preocupante” de câncer de pele nos indivíduos acima de 
65 anos, conforme sugeriu o instituto de Pesquisa de
 Câncer do Reino Unido (Cruk, na sigla em inglês).
“Como as pessoas estão vivendo mais, estão chegando 
a uma idade de maior risco. Interesse em pacotes de
 viagens e no bronzeado da moda estão entre as razões
pelas quais mais pessoas estão desenvolvendo câncer 
de pele”, disse Johnathon Major, da Associação Britânica
 de Dermatologistas, à "BBC".
A entidade afirmou que, apesar de pessoas de todas 
as idades estarem em risco, muitos idosos não teriam
 tido conhecimento de como se proteger há quatro 
décadas. Um total de 5.700 indivíduos dessa faixa 
etária são diagnosticados com a doença todo ano, 
em comparação a apenas 600 pessoas em meados 
de 1970. A organização informou que a população 
está recebendo mensagens de saúde pública, explicando 
os perigos do sol.
Cerca de 13.300 pessoas são diagnosticadas com melanoma 
maligno - a forma mais grave de câncer de pele - a cada ano, 
no Reino Unido, e 2.100 vidas são perdidas para a doença anualmente.
No Brasil, o câncer de pele é o mais incidente. Segundo dados
 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o carcinoma 
basocelular e epidermoide são os mais comuns e 
correspondem a 70% e 25%, respectivamente, dos casos
 totais de câncer de pele. O câncer de pele não melanoma
é mais frequente em adultos, com picos de incidência por 
volta dos 40 anos. Já o melanoma tem incidência menor 
(cerca de 4% dos casos). No entanto, corresponde à maioria 
dos casos de morte por câncer de pele.
“É preocupante ver as taxas de melanoma aumentando 
a um ritmo tão rápido, e em todos os grupos etários”, 
colocou o diretor do instituto do Cruk, Richard Marais. 
“É importante que as pessoas tenham atenção com sua
 pele e peçam a opinião de um médico se virem quaisquer 
alterações nos sinais, pintas ou até mesmo nas áreas 
normais da pele. O melanoma é frequentemente 
detectado nas costas dos homens e nas pernas das
 mulheres, mas pode aparecer em qualquer parte do corpo.”
Segundo o estudo, queimar-se no sol apenas uma vez 
a cada dois anos pode aumentar as chances de desenvolver
 melanoma maligno. Nesse sentido, Julie Sharp, chefe de 
informação da saúde no CRUK, alertou que é possível ter
 queimaduras em casa da mesma forma que temos quando
 de férias, então é necessário sempre passar um tempo na 
sombra, usar uma camisa e um chapéu para proteger a pele 
e aplicar regularmente filtro solar de fator 15 pelo menos.


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