Confira dicas para dormir melhor
As primeiras horas de sono são as mais importantes para a saúde do cérebro, afirmam pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.
É nesta fase que os níveis de energia cerebral voltam ao normal e os neurônios se preparam para entrar em um estado mais profundo de restauração.
Todos sabem que o descanso noturno traz importantes benefícios para o cérebro, mas cientistas tinham dificuldade de identificar como e em que momentos do sono ocorriam as principais mudanças positivas.
Neste estudo, a equipe de Harvard mediu os níveis de trifosfato de adenosina (ATP), um tipo de energia química presente nas células, em ratos.
Assim, descobriram que os níveis de ATP em quatro áreas do cérebro normalmente ativas na vigília aumentavam nos roedores durante as horas de sono não-REM, indicando que a energia cerebral é restaurada logo no início da noite.
Na pesquisa, os cientistas perceberam que o sono é essencial para que a energia ATP se estabeleça.
Quando não dormimos, não há uma produção desta energia e, por consequência, não acontece o processo de restauração cerebral que acompanha o descanso.Durma melhorbr>Nem sempre é fácil cair no sono.
Doenças crônicas ou agudas, bebidas estimulantes, o excesso de tecnologia, o estresse, problemas psicológicos e vários outros fatores influenciam diretamente na qualidade do descanso.Praticar a higiene do sono, uma série de hábitos que favorecem uma noite bem dormida, pode ser último para quem sofre com o problema rotineiramente.
Confira algumas dicas do livro "Durma bem, viva melhor", da MG Editores:
- Procure dormir o necessário para se sentir bem;- Deite-se quando estiver com sono, não vá para a cama para "tentar dormir";
- Evite o uso de substâncias estimulantes à noite, como café, chá, chocolate, refrigerantes à base de cola, nicotina, anti-inflamatórios e medicamentos com cafeína;
- Procure não tomar bebidas alcoólicas no mínimo seis horas antes de dormir;
- Evite fumar no mínimo seis horas antes de dormir;- Tente não comer, fumar e tomar álcool no meio da noite;
- Evite refeições pesadas antes de dormir;- Procure não tirar cochilos durante o dia;- Faça exercícios físicos quatro a seis horas antes de deitar (de preferência ao ar livre);
- Procure expor-se à luz do sol logo após se levantar;
- Reserve vinte a trinta minutos do seu tempo à noite, quatro horas antes de dormir, para "resolver" seus problemas;
- Escreva em um pedaço de papel as suas preocupações e tensões quatro horas antes de dormir;
- Tome um banho morno, de quinze a vinte minutos, duas horas antes de dormir;
- Não use relógio de pulso ou despertador no seu quarto;
- Reserve seu quarto para o ato de dormir, não para ler, trabalhar ou assistir televisão;
- Se não conseguir dormir, levante-se depois de vinte a trinta minutos, não fique tentando dormir.
-Procure se distrair, leia ou assista à televisão fora do seu quarto;
- Mantenha horários constantes para dormir e acordar mesmo nos finais de semana.
O Globo
Poucas horas de sono não recuperam 15 noites mal dormidas
Fonte: Estadão
Noite de sono -
Fonte: Estadão
Noite de sono -
Poucas horas de sono não recuperam 15 noites mal dormidas
Um fim de semana com horas generosas de sono não recupera 15 noites mal dormidas.
Um fim de semana com horas generosas de sono não recupera 15 noites mal dormidas.
Seriam necessárias várias noites de repouso completo para compensar o impacto na atenção e nos reflexos.
Essas são algumas das conclusões de um estudo divulgado ontem pela revista Science Translational Medicine que avalia os efeitos da privação do sono.
As pessoas costumam se sentir dispostas e atentas nas primeiras horas do dia, o que produz a falsa sensação de que o déficit de sono foi compensado.
Mas, com o tempo, o cansaço crônico se impõe.
De uma hora para outra, o desempenho piora muito. O estudo conseguiu medir o impacto: à noite, a resposta a um estímulo pode ficar até dez vezes mais lenta.
A pesquisa menciona profissões como a de motorista, vigia ou residente médico, cujas atividades requerem atenção contínua, mas há o costume de dormir pouco ou trabalhar à noite.
"Essas pessoas precisam entender que menos de seis horas diárias de sono, por mais de duas semanas, causam um impacto muito maior no desempenho do que uma noite passada em claro", afirma Daniel Cohen, principal autor do estudo e pesquisador do Brigham and Women"s Hospital, em Boston.Cohen pretende descobrir agora quantas noites são necessárias para recuperar o déficit de sono.
Experimento - Quatro mulheres e cinco homens voluntários aceitaram substituir o ciclo natural de sono e vigília - 8 horas dormindo e 16 horas desperto - por um ciclo estendido: 10 horas de sono seguidas por 33 horas de vigília.
O experimento foi realizado durante três semanas.
Em cada ciclo de 43 horas, os voluntários viviam um episódio agudo de privação do sono: ficavam acordados mais de 24 horas.
Também eram submetidos a um déficit crônico de sono: para cada hora na cama, permaneciam três horas despertos.
Em condições normais, há uma hora de sono para cada duas horas em vigília.
A cada quatro horas, eles eram submetidos a um jogo para testar seu desempenho: ao ver um sinal na tela do computador, deveriam apertar um botão.
Um programa registrava o tempo decorrido entre o alerta e a tecla pressionada.Ao comparar o desempenho, ficou claro o impacto da privação crônica de sono. Entre a primeira e a última semana, não houve diferenças significativas de desempenho nos testes realizados nas primeiras horas da vigília.
Contudo, ao analisar o desempenho nas horas próximas aos períodos de sono, observou-se uma sensível piora a partir da segunda semana: reflexos de 667 milisegundos na primeira semana demoravam mais de dois segundos na última
.Atraso - "Muitas pessoas nas grandes cidades dormem menos do que o necessário", aponta Francisco Godoi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
"E, no fim de semana, tiram o atraso.
" Ele acredita que o estudo revela um problema grave.
"Uma diferença de dois segundos na capacidade de resposta pode ser crucial quando um sujeito está passando por um semáforo", exemplifica.
Pesquisas anteriores já mostraram que dormir seis horas por duas semanas poderia deteriorar o desempenho de modo semelhante ao consumo de álcool acima dos limites permitidos para dirigir.
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