7.17.2010

"SEM SAIR DO SALTO"

Salto alto "derruba" corpo e prejudica mais as adolescentes
Eles deixam as pernas com aparência de malhadas, aumentam a altura e ainda dão aquela levantada na retaguarda.
Mas cuidado: sapatos de salto alto sobrecarregam o joelho, pioram a postura e ainda podem render um belo joanete.
Em resumo: não use por mais de seis horas por semana os saltos que excederem 3 cm.


Salto alto "encolhe" fibras musculares da panturrilha

Pesquisadores britânicos afirmam ter descoberto por que as mulheres que têm o hábito de usar salto alto podem achar doloroso caminhar sem salto, segundo uma reportagem do site da "BBC News". O estudo foi publicado The Journal of Experimental Biology.
SXC
Pesquisadores britânicos afirmam que usar sapato de salto alto "encolhe" fibras musculares da panturrilha
O mapeamento dos músculos da panturrilha de um grupo de usuárias frequentes de salto alto mostrou que as fibras musculares eram, em média, 13% menores do que naquelas que evitam o salto.
O estudo também descobriu que o salto alto deixa os tendões da panturrilha mais rígidos.
Passar algum tempo com calçados sem salto e fazer alongamento ajuda a combater o efeito, segundo especialistas.
O professor que liderou o estudo, Marco Narici, da Manchester Metropolitan University, disse que na década de 1950, secretárias que usavam salto alto reclamavam que era difícil andar com os pés no chão quando tiravam seus sapatos.
Mas ninguém notou o que estava realmente acontecendo no músculo.
De um grupo de 80 mulheres, a equipe selecionou 11 voluntárias que haviam usado regularmente saltos de 5 cm por dois anos ou mais, e que se sentiam desconfortáveis ao andar descalças.
A ressonância magnética mostrou que não houve diferença no tamanho dos músculos da panturrilha entre as mulheres que usavam salto e as que não usavam.
Mas uma ultrassonografia revelou que as fibras musculares eram realmente menores naquelas que usavam salto.
Na parte final do estudo, os pesquisadores descobriram que os tendões das usuárias de salto alto "eram muito mais grossos e rígidos".
"Isso causa desconforto ao andar sem salto, porque o tendão não pode esticar o suficiente", disse Narici.
No entanto, ele não acha que as mulheres devem desistir do salto alto.
"A moda é destinada a ser desconfortável e nenhuma das mulheres do estudo planeja abandonar o salto", disse o professor.
"Queremos dar conselhos práticos e eu recomendaria apenas fazer exercícios de alongamento para neutralizar algumas dessas mudanças."
Uma dica útil para usuárias de salto alto é ficar na ponta dos pés sobre um degrau e, usando um corrimão para equilíbrio, abaixar o salto o máximo que puder antes de elevá-lo novamente, ensinou Narici.
Salto alto e sapato apertado na juventude levam a dor na velhice, mostra estudo
New York Times
Algumas mulheres amam tanto seus sapatos que chega a doer.
Essa é a conclusão de um novo estudo que examina a ligação entre sapatos e dores no pé. Ele foi baseado em perguntas feitas a 3.378 homens e mulheres de Framingham, Massachusetts (EUA), sobre seus sapatos no passado e no presente. A média de idade era de 66 anos.
Os pesquisadores descobriram que as mulheres que usaram principalmente calçados confortáveis, como tênis ou sapatos esportivos, em sua juventude, reduziram seu risco de dores nos pés posteriormente em mais da metade, em comparação com as mulheres que usaram sapatos medianamente confortáveis, como os de sola dura ou sola de borracha.
Esses dois grupos, entretanto, estavam na minoria. Mais de 60% disseram ter usado, no passado, saltos altos, sandálias e chinelos, todos os que foram avaliados como de alto risco pelos pesquisadores. As mulheres que usaram essas variações estavam entre aqueles com os maiores riscos de dores na parte de trás do pé, no tornozelo e no tendão de aquiles.
O estudo, patrocinado pelo Institute for Aging Research of Hebrew SeniorLife, em Boston, será divulgado na edição de outubro do jornal "Arthritis Care & Research".
"Acho que as mulheres realmente precisam prestar atenção em como um sapato veste, e perceber que aquele produto comprado pode ter potenciais efeitos em seus pés para o resto de sua vida", disse a principal autora do artigo, Alyssa B. Dufour, estudante de doutorado em bioestatística da Universidade de Boston. "É importante prestar atenção no tamanho e na largura, e não simplesmente comprá-lo porque é bonitinho".
Os homens fazem escolhas muito melhores, segundo o estudo; menos de 2% usavam sapatos ruins para seus pés. Salto alto e sapato apertado na juventude levam a dor na velhice, mostra estudo.
Folha de São Paulo

Nenhum comentário: