Após anos de péssimas notícias sobre a Aids na África, a prevalência do vírus finalmente começou a declinar no continente. Estudo divulgado ontem pela Unaids, agência da ONU que trata da epidemia, constatou que, entre os jovens, o índice de contaminados caiu nos últimos dez anos. O fenômeno foi verificado em 16 de 25 países pesquisados pela agência. No Quênia, o total de infectados com 15 a 24 anos nas áreas urbanas despencou de 14% para 5,4%, em dez anos. Algo similar aconteceu em Botsuana, Costa do Marfim, Etiópia, Maláui, Namíbia e Zimbábue. Jovens são o ponto de partida para o combate à Aids. Eles reúnem os principais fatores de disseminação do vírus, por estarem em intensa atividade sexual e por serem mais propensos a terem filhos a transmissão do HIV da mãe para o feto ainda no útero ou depois, por meio da amamentação, é comum. A África é onde a Aids assume a sua dimensão mais dramática. Cerca de 80% dos jovens de 15 a 24 anos contaminados no mundo vivem no continente. O país com maior número absoluto de infectados pelo vírus HIV é a África do Sul, com cerca de 5 milhões de pessoas. O recuo da contaminação pela Aids é consequência de mudanças de comportamento. Pessoas abaixo dos 25 anos esperam cada vez mais para ter a primeira relação sexual; os parceiros têm diminuído; e o uso de preservativos aumentou.
Folha online
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