Análise feita pela Proteste mostra que há marcas nacionais tão boas quanto grifes estrangeiras
As outras marcas postas à prova foram Oakley, Lupa Lupa, Armani Exchange, Chilli Beans, Seen, Vogue, Calvin Klein e o Ray-Ban autêntico. A Proteste escolheu o modelo aviador, o mais procurado do mercado, segundo pesquisa interna. A partir daí, os produtos, comprados no Rio e em São Paulo, foram analisados à luz das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para óculos de sol.
A pesquisa, coordenada pela biomédica Livia Loiola Santos, avaliou rotulagem (se havia informações suficientes a respeito da proteção conferida contra raios UV), transmitância luminosa (quanto da radiação passa efetivamente pelas lentes), espalhamento de luz (se é uniforme), qualidade do material, resistência mecânica (robustez, fratura da lente e deformação) e o risco de as lentes entrarem em combustão.
O Ray-Ban falsificado custava R$ 20 à época do teste e pode ser facilmente encontrado em bancas de camelôs, que oferecem óculos de sol e de grau em diferentes cidades do país. No caso da imitação do Ray-Ban, além de não haver proteção contra raios UV, cada uma das lentes do óculos deixava passar uma quantidade diferente de luz. Combinação perfeita para prejudicar a visão do comprador.
— O problema de comprar óculos de sol no camelô é que você não sabe a procedência, fica difícil garantir se tem mesmo filtro UV — diz o oftalmologista André Cechinel, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
— Não se deve usar continuamente um óculos de grau comprado no camelô, porque a lente muitas vezes não está no grau certo, e, se o modelo for feito de plástico, não se sabe qual a sua toxicidade — completa o médico Leôncio Queiroz Neto.
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