O Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf/2011-2012) revelou que 65% das pessoas com ensino médio completo não apresentam nível pleno de alfabetização e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita.
Para o economista e especialista do Imil Vitor Wilher,
a baixa qualificação da mão de obra é o principal gargalo da economia
brasileira. “A gente está em um nível considerável de pleno emprego. Mas
as empresas têm grandes dificuldades para contratar porque as pessoas
desempregadas são muito pouco qualificadas.”
A última edição da pesquisa, produzida pelo Instituto Paulo
Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa, aponta que
apenas 26% da população pode ser considerada plenamente alfabetizada. Os
chamados analfabetos funcionais representam 27%, e 47% da população
apresentam nível de alfabetização básico.
Wilher ressalta os prejuízos econômicos causados pelas deficiências
do setor de educação. “Isso afeta tanto o aumento da capacidade de
produção quanto a própria produtividade da economia”, explica.
Sobre a relação entre a queda da competitividade da economia
brasileira nos mercados internacionais e o déficit educacional, o
especialista afirma: “A questão da mão de obra é central para você
entender porque o Brasil não consegue competir em pé de igualdade com
outras economias, como a da Alemanha e a da China”.
O especialista criticou a simples associação entre o baixo
crescimento econômico e os indicadores macroeconômicos. “Não dá ficar
colocando a culpa somente na taxa de câmbio ou na taxa de juros. Hoje, a
questão da qualificação da mão de obra é o ponto central de qualquer
discussão sobre competitividade da economia brasileira”.
Nota boaspraticasfarmaceuticas: O Brasil está trabalhando forte para melhorar este quadro com as escolas técnicas e também com a participação do sistema "S" Senac, Senai e Sebrae , mas esta mudança não se faz da noite para o dia.
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