Governo acena com reajuste parcelado para 500 mil servidores federais
| POR |
Alessandra Horto Pablo Vallejos |
Rio -
O governo federal anunciou ontem que concederá aumento de até 15,76%,
parcelado em três vezes, para 500 mil servidores integrantes do Plano
Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e das carreiras da
Previdência, Saúde e Trabalho. Segundo o Ministério do Planejamento, é o
limite orçamentário que os sindicatos terão que trabalhar para
apresentar contraproposta à equipe econômica ainda hoje.
A pasta explicou que cada carreira terá um índice específico e um tratamento diferenciado e completou que não há hipótese de o governo ampliar a margem de negociação. O único consenso é de que o reajuste será aplicado no vencimento básico e não em gratificações.
A sinalização do governo não agradou às entidades, que defendiam a
extensão do aumento concedido em 2010, de até 78%, para os servidores
federais de Nível Superior, como geólogos, economistas, estatísticos,
engenheiros e arquitetos.
Rio permanece em greve
A rodada de negociação continua hoje com representantes do Ciclo de Gestão (carreiras típicas de Estado), Fórum de Advocacia, Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), entre outras categorias que seriam convocadas no início da noite de ontem.
Para o governo, a decisão pelo fim da greve dos docentes da UnB, UFRGS, Unifesp e outras três universidades evidencia o recuo das classes e o enfraquecimento da paralisação. No Rio, no entanto, as associações representativas dos docentes de todas as universidades federais decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado.
Em Alagoas, magistrado parte para o confronto
A falta de proposta de reajuste salarial do governo acirrou ainda mais os ânimos dos servidores em protestos pelo País. Um desembargador de Alagoas entrou em confronto, ontem, com grevistas e manifestantes do Movimento dos Sem Terra (MST) que fecharam a BR-314 por quase uma hora.
O tumulto começou quando os dois grupos foram barrados ao tentar entrar em cerimônia da presidenta Dilma Rousseff, que inaugurava fábrica da Braskem, em Marechal Deodoro (AL). A multidão danificou o carro do presidente do Tribunal de Justiça do Alagoas, desembargador Sebastião Costa Filho, que entrou no confronto com um porrete em mãos.
As manifestações se prolongaram em Marechal Deodoro. Outros três carros foram danificados, sendo dois particulares e um do governo do estado.
Projetos de aposentados em espera
Aposentados do INSS continuam aguardando um retorno do governo em relação ao reajuste de 7,38% e o fim do fator previdenciário. “Os projetos já estão prontos para votação”, confirma Moacir Meirelles, secretário geral da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap).
Segundo Meirelles, terça-feira será determinante para a categoria: a Cobap se reúne para definir agenda de novas mobilizações. “Em reunião no dia 15, o assessor do ministro Dias Toffoli (do STF) prometeu que vai repassar e agilizar nossas propostas”, afirma. Estão no Supremo ações contra o fator previdenciário e da desaposentação.
Na quarta-feira, a presidenta Dilma teve que sair pela porta dos fundos do Palácio do Planalto devido aos protestos de diversas categorias de grevistas e representantes de aposentados do INSS.
A pasta explicou que cada carreira terá um índice específico e um tratamento diferenciado e completou que não há hipótese de o governo ampliar a margem de negociação. O único consenso é de que o reajuste será aplicado no vencimento básico e não em gratificações.
Em reunião com representantes da Condsef, o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, informou que a proposta é o limite do governo | Foto: Divulgação
Rio permanece em greve
A rodada de negociação continua hoje com representantes do Ciclo de Gestão (carreiras típicas de Estado), Fórum de Advocacia, Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), entre outras categorias que seriam convocadas no início da noite de ontem.
Para o governo, a decisão pelo fim da greve dos docentes da UnB, UFRGS, Unifesp e outras três universidades evidencia o recuo das classes e o enfraquecimento da paralisação. No Rio, no entanto, as associações representativas dos docentes de todas as universidades federais decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado.
Em Alagoas, magistrado parte para o confronto
A falta de proposta de reajuste salarial do governo acirrou ainda mais os ânimos dos servidores em protestos pelo País. Um desembargador de Alagoas entrou em confronto, ontem, com grevistas e manifestantes do Movimento dos Sem Terra (MST) que fecharam a BR-314 por quase uma hora.
O tumulto começou quando os dois grupos foram barrados ao tentar entrar em cerimônia da presidenta Dilma Rousseff, que inaugurava fábrica da Braskem, em Marechal Deodoro (AL). A multidão danificou o carro do presidente do Tribunal de Justiça do Alagoas, desembargador Sebastião Costa Filho, que entrou no confronto com um porrete em mãos.
As manifestações se prolongaram em Marechal Deodoro. Outros três carros foram danificados, sendo dois particulares e um do governo do estado.
Projetos de aposentados em espera
Aposentados do INSS continuam aguardando um retorno do governo em relação ao reajuste de 7,38% e o fim do fator previdenciário. “Os projetos já estão prontos para votação”, confirma Moacir Meirelles, secretário geral da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap).
Segundo Meirelles, terça-feira será determinante para a categoria: a Cobap se reúne para definir agenda de novas mobilizações. “Em reunião no dia 15, o assessor do ministro Dias Toffoli (do STF) prometeu que vai repassar e agilizar nossas propostas”, afirma. Estão no Supremo ações contra o fator previdenciário e da desaposentação.
Na quarta-feira, a presidenta Dilma teve que sair pela porta dos fundos do Palácio do Planalto devido aos protestos de diversas categorias de grevistas e representantes de aposentados do INSS.
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