Um
comportamento em psicologia que gera muitas confusões é o da mania.
Conforme
o Dicionarista Aurélio mania é "uma excentricidade, extravagância,
esquisitice. gosto exagerado ou imoderado por alguma coisa; obcecação
resultante de desejo imoderado, mau costume; hábito prejudicial; vício
à síndrome mental caracterizada por exaltação eufórica do humor,
excitação psíquica, hiperatividade, insônia, etc., e, em certos casos,
agitação motora em grau variável, transformando-se em quadro psiquiátrico
como uma das duas fases alternativas da psicose maníaco-depressiva que é
uma psicopatia que se manifesta por acessos, que se alternam, de excitação
psíquica e de depressão psíquica.
O
dicionarista Houaiss apresenta os seguintes conceitos de mania:
"'hábito extravagante; prática repetitiva; costume esquisito,
peculiar; excentricidade como por exemplo deitar-se sempre do lado direito
ou
gosto ou preocupação excessiva (por ou
com algo) exemplo mania. de
esportes como termo do regionalismo do:
Brasil. Uso informal: fixação repetida exemplo: "tenho mania. de
chamá-lo pelo nome do irmão" , mania. de segurança, alvo desse
gosto ou fixação como por exemplo. colecionar figurinhas deixou de ser
mania. entre adolescentes, costume nocivo, prejudicial; vício. exemplo.
:"pegou a mania. de mentir". Como rubrica: de psicopatologia, é
um quadro mórbido caracterizado por um
humor alegre e otimista desmotivado, acompanhado de sentimentos de
bem-estar físico ilimitado, de uma superestima e uma necessidade de
atividade globalmente aumentadas, freqüentemente. gerando comportamentos
incontrolados e desinibidos, aumento de excitabilidade e de
irritabilidade, agitação psicomotora. É
termo geral usado. para a alienação mental (por exemplo, monomania)
devido à excitação, impulso incontrolável para executar determinada ação;
tendência a aferrar-se a uma idéia; monomania, todo e qualquer estado de
excitação psíquica.
O
adágio popular diz " de médico e de louco todos têm um pouco"
e nos acrescentamos e de maníaco também. Qual é o ser humano que pode
dizer "eu não tenho nenhuma mania". È evidente que quando se
trata- de mania inofensiva que não atinge a morbidez como é o caso do
aficionado pela musica que tenha a mania de ter o melhor aparelho
reprodutor de som, ou de possuir o mais novo lançamento da área da
informática, ou ter mania de ir aos domingos passear em feiras de antigüidades,
mas sem a obrigação obsessiva- compulsiva então a mania e saudável,
porque o obsessivo compulsivo, ao contrário, sofre quando não consegue o
seu intento e a e sua doença pode chegar a um nível tal que o incapacita
para o trabalho.
O
hábito de dizer "eu gosto de colecionar tal ou qual objeto"
significa dizer que o ato é prazeroso, porém quando a pessoa se torna
obsidiada pela idéia, e os que estão próximos começam a perceber então
a mania já assume proporções patológicas.
Portadores
de manias patológicas escondem na maioria das vezes, angústias,
ansiedades, frustrações, vazios vivênciais, (experiências da vida)
falta de motivações mais amplas etc.
Voltando
aos colecionadores como por exemplo o de relógio que se compraz
também em presentear seus amigos, geralmente o fundo da mania pode
estar escondido no perfeccionismo de querer ter tudo em cima da hora ou são
muito fixados aos horários ( pontualidade).
Enquanto
a mania não é obsessiva-compulsiva tudo bem!. Entretanto quando a idéia
passa a perseguir amiúde o portador da mania então tudo mal! Mesmo os que dizem que têm "fissura" termo da gíria
que indica ânsia ou sofreguidão já apresentam na sua mania uma
patologia.
Em
suma as manias consideradas normais são aquelas que as pessoas as
praticam e sentem prazer.
INTERNET.
Uma
das manias do momento, pode se transformar em transtorno ou lazer. Quem
fica de dez a doze horas navegando na Internet. só pelo simples fato de
navegar, vive uma obsessão compulsiva que atinge hoje muitas pessoas daí
ser um TOC ou DOC.
Navegar
cerca de uma hora por dia na Internet pode ser considerado normal. Mais do
que isso, só é aceitável se o uso da Internet fizer parte do trabalho
da pessoa.
O
CONSUMISMO E OUTRAS MANIAS.
Os
que têm mania por consumo justificam a sua volúpia em comprar dizendo
que gostam de dar presentes e não esquecem nenhuma data de aniversario
incluindo também o seu gato ou cachorro
A
numerologia, estudo da significação oculta dos números e da influência
deles no caráter e no destino das pessoas ocupa um lugar de destaque
entre as manias. Nos USA o numero 13 é considerado aziago, de mau agouro;
infausto e em muitos edifícios passa-se do 12º para o 14º andar.
Conta-se
um fato de uma pessoa que detestava o número 13 e ao subir os degraus de
uma escada os contava . No caso de chegar ao 13º degrau saltava um degrau
isto é do 12º pulava para o 14º.Mas um certo dia ao efetuar a manobra
errou o cálculo do impulso e levou uma homérica queda tendo sofrido sérias
fraturas.
Também
os meses são discriminados assim como os anos .O mês de agosto dizem os
supersticiosos, traz desgosto e o mesmo acontece com o ano bissexto.(o que
tem 366 dias, sendo que a introdução de um dia extra no mês de
fevereiro compensa a incomensurabilidade entre os períodos de translação
e rotação da Terra acontecendo o ano bissêxtil. Há um de quatro em
quatro anos) Tudo não passa de fantasias supersticiosas pois que muitas
pessoas que nasceram em agosto são bem sucedidas e felizes assim como nos
anos bissextos também acontecem eventos importantes e venturosos.
Portanto
a mania deixa de ser inofensiva é quando a pessoa tem de rever a lição
de casa centenas de vezes para ver se está certa ou lavar as mãos a toda
hora não são simples manias ou esquisitices, mas sintomas de um distúrbio
grave denominado TOC- Transtorno Obsessivo Compulsivo, também conhecido
por DOC Transtorno Obsessivo Compulsivo, que é o distúrbio que exige
tratamento.
MANIA
PATOLÓGICA- TOC OU DOC.
O
TOC (TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO) ou também DOC( DISTÚRBIO OBSESSIVO
COMPULSIVO), é uma doença crônica, que atinge em média 2,5% da população
em geral e tem seu pico de incidência na infância, principalmente entre
os meninos, por volta dos 9, 10 anos.
Entre
as meninas, a incidência maior é no final da adolescência e início da
vida adulta, mas o distúrbio pode aparecer em ambos os sexos antes ou
muito depois desses limites de idade.
O
TOC ou DOC é o quarto transtorno psíquico mais freqüente, seguindo as
dependências químicas, depressão e fobias. Seu maior problema é o
desconhecimento da doença que faz com que o tempo passado entre os
primeiros sintomas até a procura de ajuda médica seja, em média, de 14
anos.
Pelo
desconhecimento dos adultos atitudes obsessivas ou ações repetitivas
(compulsões) costumam ser encaradas como simples manias, o que impede o
diagnóstico precoce da doença.
O
que acontece á criança portadora de TOC ou DOC é que a torna escrava dos próprios pensamentos (obsessões) e
repetições de gestos (compulsões).
Os
pensamentos continuados geram angústia e ansiedade, e as ações
compulsivas são uma tentativa de aliviá-las. No caso do menino que lava
as mãos incontáveis vezes tem por exemplo, por objetivo aliviar o incômodo
trazido pelo pensamento obsessivo de se sentir sempre sujo. Só que o alívio
é temporário, pois o pensamento ressurge, desencadeando novamente as
compulsões A ignorância pelo assunto permite a expansão da doença
quando uma pessoa mal acaba de lavar as mãos, lá esta ela ensaboando-as
novamente. Os leigos no assunto acham que ela apenas gosta de estar
limpo", e só desconfiam de que algo está errado quando a pessoa
passa a demorar horas intermináveis no chuveiro. e chega a gastar até
dois sabonetes por banho, e não fazem outra coisa senão cuidar da própria
limpeza. Esse é um caso típico de TOC ou DOC.
Nas
crianças, os sintomas mais comuns da doença são: qualquer ritual diário
de higiene, repetitivo e exagerado como já foi dito ou as repetições de
ações, como escrita, leitura, checagens compulsivas, como, por exemplo,
da tarefa escolar. Ela é lida e relida inúmeras vezes para verificar se
não há erros e se foi feita realmente com exatidão.
A
mania de contar atinge muitas pessoas como por exemplo, as lâminas de uma persiana, assim como a
simetria que pode se expressar na escrita ou na arrumação das roupas no
armário, dobradas exatamente com a mesma medida, assim como livros,
papeis etc.
O
filme "Melhor é impossível" mostra as estranhas manias do
personagem Melvin, interpretado por Jack Nicholson, entre outras,
as de lavar as mãos após tocar pessoas e objetos ou abrir e
fechar as trancas repetidamente.
Essas
manias obsessivas consomem muito tempo das pessoas, prejudicando a realização
de suas atividades no dia-a-dia, o que pode ser visto pelos pais como
preguiça e má vontade, comprometendo as relações familiares. Sem
entender o mecanismo da doença, a própria criança se sente culpada
pelos problemas que provoca tais como irritação naqueles que convivem
com as suas "esquisitices" e "manias".
Quando
uma pessoa guarda bugigangas imprestáveis como por exemplo revistas
velhas e não permite que ninguém as jogue fora, mesmo quando não cabem
mais no espaço que possui, começa a invadir as outras localidades das
casa; quando guarda dentro de uma caixa moscas como peças de coleção;
quando precisa voltar mais de dez vezes para verificar se fechou bem as
torneiras de água ou de gás, e se as luzes foram todas apagadas antes de
sair de casa etc., o problema já deixa de ser classificado de simples
mania porque o indivíduo não consegue se dominar e sofre com isso.
Esses
comportamentos são transtornos obsessivos compulsivos (TOC ou DOC) um
distúrbio apresentado por 2% a 3,5% das pessoas, de acordo com pesquisas
desenvolvidas nos EUA.Com base neste percentual, mais de 100 milhões de
pessoas no mundo inteiro sofrem de TOC ou DOC.
O
que caracteriza os TOC ou DOC, é a repetição, a falta de finalidade e o
fato de a pessoa não controlar o pensamento ou a ato.
O
próprio indivíduo sofre muito porque faz determinadas coisa para aliviar
a ansiedade, e ao mesmo tempo que
aquele problema aumenta sua ansiedade. Podemos dizer que a ansiedade é a
mola propulsora da obsessão e da compulsão.
O
TOC ou DOC tem como característica pensamentos persistentes, que geram
ansiedade e desconforto (obsessões), e levam a pessoa a comportamentos
indesejados e repetitivos (compulsões ou rituais).
Os
quatro padrões sintomáticos do TOC ou DOC.
1-
Obsessão
de contaminação, seguida de banhos ou da higiene das mãos. O objeto
temido é difícil de evitar, como o pensamento sobre urina, fezes,
contaminação microbiana, feridas, doenças, sujeira em geral e a compulsão
envolve banhos e limpeza. Tais pacientes podem auto-produzir escoriações
pela forma exagerada com que se lavam e escravizam-se pelo ritual
absolutamente rígido do ato de limpeza. Este é o padrão sintomático
mais comum.
2-
A obsessão da dúvida ,seguida da compulsão para verificação é
o segundo tipo mais comum A obsessão de ter negligenciado a prevenção
do perigo, como por exemplo, ter deixado o gás aberto, o ferro de passar
ligado, a porta da frente destrancada, a torneira aberta, as gavetas e
portas semi-abertas, etc., determina complicados mecanismos de verificação
e reverificação obrigando o paciente a voltar várias vezes ao mesmo
local. Várias são as situações onde o indivíduo obsessivo é
incomodado por sentimentos de culpa por ter negligenciado alguma coisa, daí
a falsa impressão do perfeccionismo e meticulosidade.
3-
A
obsessão meramente invasiva e de temática extremamente variável;
são pensamentos libidinosos e obscenos dirigidos à objetos de veneração
e respeito (santos, mãe, crianças, filhos), agressões que o indivíduo
considera condenável. Por ter consciência destes maus pensamentos
habitando o seu psiquismo a ansiedade experimentada chega a ser insuportável.
4-
A obsessão de pensamento persistente, as vitimas são de
criteriosa meticulosidade na execução das atividades corriqueiras
transformando cada atividade quotidiana numa verdadeira liturgia de perfeição
e ordem. As coisas têm que ser feitas assim ou assado e, na dúvida de terem saído
imperfeitas são meticulosamente desfeitas e repetidas. As tarefas do dia-a-dia tornam-se
demasiadamente morosas e de realização extremamente complexa e cansativa.
Em
psiquiatria existe uma distinção entre OBSESSÃO
que se manifesta nos pensamentos do indivíduo, num espaço subjetivo e a COMPULSÃO. Que se manifesta nos seus atos.
CAUSAS
DO TOC
O
fato de que alguns pacientes com TOC responderem bem a medicamentos específicos
sugere que o transtorno tenha uma base neurobiológica. Por essa razão, não
se atribui mais o TOC, a comportamentos aprendidos na infância
como por exemplo, excessiva ênfase em limpeza ou a crença de que
certos pensamentos sejam perigosos ou inaceitáveis. Ao contrário, a
pesquisa das causas atualmente se concentra na interação entre fatores
neurobiológicos e influências ambientais.
Acredita-se
que pessoas que desenvolvem TOC tenham uma predisposição biológica a
reagir de forma acentuada ao estresse. Tal reação se manifesta sob a
forma de pensamentos intrusos e desagradáveis, que geram mais ansiedade e
estresse, criando, por fim, um círculo vicioso do qual a pessoa não
consegue sair sem ajuda.
Com
o propósito de identificar fatores biológicos específicos que possam
ser importantes para o início ou a persistência do TOC, pesquisadores têm
utilizado uma técnica denominada tomografia por emissão de pósitrons (PET
"positron emission tomography") para estudar o cérebro de
pacientes com TOC. Vários grupos de pesquisadores obtiveram informações,
com o uso do PET, que sugerem que pacientes com TOC apresentam um padrão
de atividade cerebral diferente de outras pessoas sem doença mental ou
com alguma outra doença mental.
Estudos
com imagens cerebrais de pacientes com TOC demonstram atividade neuroquímica
anormal em áreas do cérebro com participação reconhecida em certos
distúrbios neurológicos sugerindo que tais áreas podem ser cruciais no
desenvolvimento do TOC. Sintomas de TOC, embora não a síndrome completa,
são observados em associação com outros distúrbios neurológicos.
Entre eles incluem-se a "Síndrome de Tourette", uma condição
que se desenvolve em determinadas famílias, caracterizada por movimentos
(tiques motores) e vocalizações (tiques vocais) abruptos, involuntários
e repetitivos.
Estudos
genéticos de TOC e de outras condições relacionadas poderão algum dia
possibilitar, aos especialistas, definir com precisão a base molecular
desses transtornos.
A
investigação em andamento sobre as causas, aliada à pesquisa sobre o
tratamento, promete proporcionar ainda mais esperança para as pessoas com
TOC e suas famílias.
O
Congresso Americano designou a década de 90 como a Década do Cérebro,
para transformar em prioridade nacional em termos de pesquisa a melhora da
prevenção, diagnósticos, tratamento e reabilitação dos transtornos
mentais e neurológicos.
.Sintomas
de TOC ou DOC, embora não a síndrome completa, são observados em
associação com outros distúrbios neurológicos. Entre eles incluem-se a
"Síndrome de Tourette", uma condição que se desenvolve em
determinadas famílias, caracterizada por movimentos (tiques motores) e
vocalizações (tiques vocais) abruptos, involuntários e repetitivos.
Estudos genéticos de TOC ou DOC e de outras condições relacionadas
poderão algum dia possibilitar, aos especialistas, definir com precisão
a base molecular desses transtornos.
A
investigação em andamento sobre as causas, aliada à pesquisa sobre o
tratamento, promete proporcionar ainda mais esperança para as pessoas com
TOC ou DOC e suas famílias.
Os
transtornos obsessivos-compulsivos têm como origem fatores genéticos,
neurológicos, psicológicos e anatômicos
O
TOC ou DOC como se costuma dizer maltrata como é o caso de um marceneiro
pode ser atormentado pela idéia de que pode ferir outras pessoas por
negligência. Ou a mãe que várias vezes ao dia é dominada pelo terrível
pensamento de que vai agredir seu filho. Embora se esforce muito, não
consegue se livrar dessa idéia dolorosa e preocupante. Ela se recusa até
a tocar em facas de cozinha e outros utensílios pontiagudos, por ter medo
de que possa utilizá-los como armas.
Como
já dissemos quando o TOC se torna grave, pode comprometer seriamente as
atividades de uma pessoa em casa, no trabalho ou na escola. Por isso é
importante conhecer mais sobre esse transtorno e os tratamentos que são
disponíveis no momento.
O
TOC É COMUM?
Por
muitos anos o TOC foi considerado uma doença rara por profissionais
especializados em saúde mental, porque apenas pequena minoria de seus
pacientes queixava-se de sintomas compatíveis com essa condição. Porém,
acredita-se que muitas pessoas atormentadas pelo TOC, tentando esconder
seus pensamentos e comportamentos repetitivos, não procurem ajuda, o que
leva os profissionais de saúde mental a subestimar o número de pessoas
com essa doença. Entretanto, uma pesquisa recente realizada pelo
Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH - National
Institute of Mental Health) - o departamento oficial que financia
pesquisas sobre o cérebro, doenças mentais e saúde mental, em nível
nacional naquele país - propiciou um melhor conhecimento sobre a prevalência
(número de casos da doença em uma população, num determinado período
de tempo) do TOC. A pesquisa do NIMH demonstra que esse transtorno afeta
cerca de 2% da população, o que significa que o TOC é mais comum do que
a esquizofrenia e outras doenças mentais graves.
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS DO TOC
Obsessões
São
pensamentos ou impulsos não desejados que retornam repetidamente à mente
da pessoa com TOC. O indivíduo é perturbado continuamente por um
pensamento aflitivo como: "Minhas mãos podem estar contaminadas -
preciso lavá-las"; "devo ter deixado o bico do gás
aberto"; ou "vou machucar meu filho". Esses pensamentos são
considerados intrusos ou parasitas e desagradáveis pela pessoa que os
apresenta.
Eles
produzem ansiedade.
Compulsões.
Para
avaliar sua ansiedade, a maioria das pessoas com TOC recorre a
comportamentos repetitivos denominados compulsões. As mais comuns são a
de lavar as mãos e a verificação repetitiva, como nos dois exemplos
mencionados anteriormente. Outros comportamentos compulsivos incluem a
contagem (geralmente enquanto a pessoa está realizando outra ação
compulsiva, como lavar as mãos), e a arrumação interminável de
objetos, com o intuito de manter perfeito alinhamento ou simetria entre
eles. Esses comportamentos em geral têm a intenção de proteger a própria
pessoa com TOC ou outras pessoas. Normalmente são claramente
estereotipados, com pequenas variações de uma ocasião para outra, sendo
freqüentemente referidos como rituais. A realização desses rituais traz
algum alívio da ansiedade à pessoa com TOC, mas esse alívio é apenas
temporário.
Reconhecimento.
As
pessoas com TOC geralmente têm considerável consciência do seu
problema. Na maioria das vezes, elas sabem que seus pensamentos obsessivos
são sem sentido ou exagerados, e que seus comportamentos compulsivos não
são realmente necessários. Entretanto, tal conhecimento não é
suficiente para libertá-las de sua doença.
Controle.
A
maioria das pessoas com TOC esforça-se para se livrar dos indesejáveis
pensamentos obsessivos e para evitar comportamentos compulsivos. Muitos são
capazes de controlar seus sintomas obsessivo-compulsivos quando estão no
trabalho ou na escola. Porém, com o passar do tempo, a resistência pode
enfraquecer e, quando isso acontece, o TOC pode se tornar tão grave que
os longos rituais passam a dominar a vida da pessoa, impossibilitando-a de
continuar suas atividades fora de casa.
Vergonha
e Segredo.
As
pessoas com TOC geralmente tentam esconder seu problema ao invés de
procurar ajuda. Freqüentemente conseguem esconder muito bem seus sintomas
obsessivo-compulsivos dos amigos e colegas de trabalho. Uma infeliz conseqüência
disso é que as pessoas com TOC só recebem ajuda profissional muitos anos
após o início de sua doença. Nessa ocasião, os hábitos
obsessivo-compulsivos podem estar profundamente arraigados e muito difíceis
de mudar.
Interferência.
Só
se considera que uma pessoa tenha TOC quando seus comportamentos
obsessivos e compulsivos atinjam gravidade suficiente para interferir em
sua vida cotidiana. Pessoas com TOC não devem ser confundidas com um
grupo muito maior de indivíduos que, às vezes, são chamados de
"compulsivos", por se ater a um elevado padrão de desempenho em
seu trabalho e até mesmo em atividades de lazer. Esse tipo de
"compulsão" freqüentemente serve a propósitos valiosos,
contribuindo para a auto-estima do indivíduo e seu sucesso no trabalho.
Nesse sentido, difere das obsessões e rituais que trazem limitação e
sofrimento para a vida da pessoa com TOC.
Sintomas
Prolongados.
O
TOC tende a persistir por muitos anos, até mesmo décadas. Os sintomas
podem tornar-se menos graves de tempos em tempos, podendo haver longos
intervalos com sintomas discretos. Em geral, o TOC é uma doença crônica.
QUEM
DESENVOLVE O TOC?
O
TOC atinge pessoas de todos os grupos étnicos. Tanto homens como mulheres
são afetados. Os sintomas se iniciam caracteristicamente durante a
adolescência ou no início da idade adulta.
ALGUNS
PENSAMENTOS PERSECUTÓRIOS DOS PORTADORES DE TOC OU DOC.
1
- Subir degraus sem se segurar no corrimão porque pode ser contaminado;
2-
Repetir os passos no mesmo diapasão e se alguém atravessar
cortando o caminho deve voltar novamente mesmo se as portas por exemplo de
um cinema já estão fechadas A pessoa sabe que tudo é deprimente e ridículo,
mas tudo é inutil porque enquanto não completa. os rituais sofre pelo
obsessão e compulsão de que é vitima.
Pessoas
religiosas são acometidas de TOC ou DOC com pensamentos terríveis,
perseguidos por idéias como blasfêmias e pensamentos mórbidos.
TRATAMENTO
DO TOC
A
pesquisa clínica e em animais,está revelando tratamentos que podem
ajudar a pessoa com TOC. A seguir são descritos dois desses tratamentos:
1)
Tratamento com Medicamentos:
O medicamento denominado clomipramina pode aliviar os sintomas de TOC em
muitas pessoas. A climipramina pertence a um grupo de medicamentos
antidepressivos. Porém, muitos estudos demonstraram que a clomipramina
pode ser benéfica também em pacientes com TOC, quer apresentem ou não
depressão concomitante. Dois outros medicamentos: fluvoxamina e
fluoxetina também podem ser eficazes no tratamento do TOC.
Esses
medicamentos, como a clomipramina, aumentam a capacidade do cérebro
utilizar a serotonina, substância cristalina, derivada da triptamina,
encontrada em pequena quantidade no cérebro, que é um neurotransmissor e
tem ação vasoconstritora. É um composto químico que ocorre
naturalmente no cérebro.
2)
Terapia Comportamental:
A psicoterapia tradicional, cujo objetivo é o de ajudar o paciente a
reconhecer e elaborar seus próprios problemas, geralmente não é eficaz
no tratamento dos sintomas obsessivo-compulsivos. Entretanto, uma
abordagem terapêutica comportamental, denominada "exposição e
prevenção da resposta", demonstrou ser eficaz em muitas pessoas com
TOC. Nessa abordagem, o paciente é deliberadamente exposto ao objeto ou
à idéia temidos, tanto diretamente como pela imaginação, sendo então
desencorajado ou impedido de utilizar a resposta compulsiva usual. Por
exemplo, uma pessoa que lave as mãos compulsivamente pode ser estimulada
a tocar um objeto supostamente contaminado e depois faz-se com que não
lave as mãos durante horas. Quando o tratamento surte efeito, o paciente
gradualmente sente menos ansiedade em decorrência de seus pensamentos
obsessivos e consegue permanecer sem atitudes compulsivas por períodos
mais prolongados
3)Técnicas como o uso do Biofeedback: São utilizadas em áreas
distintas tanto somáticas como psicológicas; e assim como pode tratar
problemas neuromusculares como a hemiplegia, paralisia cerebral, tics
faciais, distonías, etc.; assim como problemas mentais tais como
ansiedade, fobias, obsessões, histerias, depressão, etc.
4) Métodos de relaxação : Considerando que a tensão e o
nervosismo induzem ou agravam os tics, pelo que é conveniente aprender a
relaxar-se quando se está agitado
5) Método das "Pílulas Mentais" : Para irem dirimindo as
manias e suas manifestações:
-
Cuide de seus pensamentos, pois eles se transformarão em atos.
-
Preste atenção quantas vezes a mania se repete durante o dia e se
existem pensamentos estereotipados do tipo "se eu não praticar o
ritual vai me acontecer uma desgraça". Então com um ato corajoso
como se você fosse um domador enjaule mentalmente o pensamento
estereotipado, e mentalmente domine-o e depois não o pratique , e verá
como a idéia parasita passará e o acontecimento nefasto não acontecerá.
O treinamento consiste em fazer com que a pessoa se exponha, gradualmente,
aos próprios temores ou diminua a freqüência dos rituais, para reduzir
o medo e a compulsão.
-
Abandone após as vitórias as idéias maníacas.
-
Lembre-se sempre: As ações formam os hábitos, os hábitos formam o caráter
e o caráter molda a qualidade de vida de uma pessoa".
-
Lembre-se que normalmente os pensamentos parasitas transformam o imaginário
em "Grandes Problemas" que quando são facilmente localizados, são
tratados e até abolidos.
-
Lembre-se que no transcorrer de nossa vida as emoções mais simples e
freqüentes, condicionam nosso caráter a conceber e desdobrá-las em emoções
que podem deformar plenamente nosso equilíbrio psíquico e
consequentemente nosso equilíbrio físico . A raiva, a ansiedade, a
angustia, a depressão são as protagonistas no palco de nossas "emoções
degenerativas", que ampliam as manias, e que devemos expulsa-las
incontinente assim que aparecerem em nossas mentes.
-
Lembre-se que a prática das "pílulas mentais" devem ser
adicionadas com a presença de amigos sinceros para assim formarem um
grupo coeso de luta contra esta insidiosa obsessão e compulsão.
6) Terapia em trabalhos
de grupo : Incentivam e estimulam a
busca e o reconhecimento das pequenas emoções que não são registradas
por falta de intensidade. Quando são somadas
a agrupadas levam o ser humano ao total desequilíbrio, propiciando
tomadas de decisões precipitadas e desordenadas, e o grupo ajuda na
tomada de decisões, sustenta e dá apoio e o paciente é convencido a
rever sua vida num âmbito mais íntimo e pessoal, encarando suas manias,
para que passo a passo, consiga
retomar a caminhada rumo ao equilíbrio e a conseqüente cura.
DISTINÇÃO
ENTRE UMA PESSOA NORMAL COMPULSIVA E O INDIVÍDUO OBSESSIVO COMPULSIVO
A
pessoa normal compulsiva, se
caracteriza pelo perfeccionismo, apego a cumprimento de rituais, pelo alto
nível de exigência. Essa pessoa não sofre com seu nível de exigência
porém os seus rituais costumam ser impertinentes
em relação ao mundo e às pessoas,. são pessimistas, apesar de
recusarem esse rótulo por se dizerem apenas realistas.
Em
última análise são lúcidas e conscientes de seu papel.
O
indivíduo obsessivo compulsivo
sofre porque tem plena lucidez, percebe que seus impulsos incontroláveis,
A pessoa sabe que seus rituais não têm sentido, mas não pode deixar de
cumpri-los embora com muito desconforto.
O
ritual é a compulsão que, ao contrário da obsessão, que se dá num
espaço subjetivo, e não dá
para esconder".
Na
doença mental denominada Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC), uma
pessoa, é aprisionada por um padrão de pensamentos e comportamentos
repetitivos que não têm sentido, são desagradáveis, e extremamente difíceis
de evitar.
Daí
a importância do diagnóstico precoce do DOC que, quanto mais tarde for
tratado, mais estragos pode causar na vítima e nas pessoas com quem
convive.
TIQUES
Pesquisas
não conseguiram descobrir ainda até que ponto os Tiques e o TOC ou DOC são
parentes entre si. Mas pelo menos uma característica é essencial na
diferenciação: no TOC ou DOC, as ações repetitivas são sempre
motivadas por um pensamento obsessivo.
Os
tiques são movimentos involuntários, súbitos e repetitivos, com as mãos,
os dedos, os ombros, a cabeça e qualquer outra parte do corpo, ou com a
voz, como tossir, assobiar, pigarrear.
Por
sua vez o DSM-IV (1995), classifica transtornos de tics motores os vocais crônicos, transtorno de tics transitórios, transtorno de la
Tourette e transtorno de tics não especificado.
Nos
tiques crônicos ou temporários se destacam três classes de transtornos
por tics: transitórios, motores ou verbais crônicos, e a Síndrome de
Tourette (ST), que é a mais grave (Bados, 1995; Micheli e col., 1992).
Nas
crianças, os mais comuns são piscar os olhos, encolher os ombros, passar
o dedo entre os lábios e o nariz, franzir o nariz, sacudir a cabeça e
contrair algum músculo. Se associados a um tique vocal, esses distúrbios
caracterizam a síndrome de La Tourette, cujos portadores também podem
apresentar as compulsões e os rituais do TOC ou DOC
Com
o tempo, os tiques tendem a diminuir e até desaparecer. Mas os
especialistas aconselham aos pais relatar aos pediatras da criança mesmo
os eventos mais passageiros, que costumam resultar de alguma tensão, como
a proximidade de uma prova na escola.
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