8.16.2012

Uma aspirina por dia pode diminuir o risco de mortes por câncer


 

Prevenção

Um extenso estudo mostrou que efeito protetor ocorre principalmente em relação a doenças do trato gastrointestinal

Aspirina: nova fórmula reduz o tempo de absorção do medicamento pelo organismo
Aspirina: mortalidade por câncer pode ser evitada com um comprimido por dia (Thinkstock)
Mais um estudo identificou os benefícios da aspirina em relação ao câncer. Dessa vez, pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer concluíram que o remédio, além de reduzir o risco dessa doença e também de problemas cardiovasculares, como outros trabalhos anteriores sugeriram, pode diminuir o número de mortes provocadas pelo câncer. A pesquisa, feita com mais de 100.000 pessoas, foi publicada na edição deste mês do periódico Journal of the National Cancer Institute.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Daily Aspirin Use and Cancer Mortality in a Large US Cohort

Onde foi divulgada:  periódico Journal of the National Cancer Institute

Quem fez: Eric Jacobs, Christina Newton, Susan Gapstur e Michael Thun

Instituição: Sociedade Americana do Câncer 

Dados de amostragem: 100.139 pessoas com mais de 60 anos

Resultado: Em comparação com pessoas que nunca tomam aspirina, ingerir um remédio por dia reduz o risco de mortes por câncer em 16%, especialmente entre o sexo masculino e em relação a canceres como o de intestino e o de cólon.
Participaram desse estudo homens e mulheres com mais de 60 anos que não eram fumantes. Segundo os resultados, aqueles que disseram tomar uma aspirina ao dia apresentaram um risco 16% menor de morrerem em decorrência de algum câncer em comparação aos participantes que nunca faziam uso do medicamento. O benefício foi maior entre os homens e em relação a cânceres associados ao trato gastrointestinal, como o de cólon e o de estômago.
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Os pesquisadores explicam que como os resultados não se baseiam em um ensaio clínico, mas sim em questionários feitos entre os participantes, é possível que, além da aspirina, outros fatores tenham contribuído para esses dados. Mesmo assim, o coordenador do estudo, Michael Tun, acredita que os achados podem favorecer as diretrizes em relação ao uso da aspirina. “As conclusões sobre os efeitos da aspirina em relação à doença são muito encorajadoras, mas, embora os estudos estejam avançados, é preciso ressaltar que ainda estão em andamento”, diz o pesquisador.

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