O planejamento das finanças ainda é um grande desafio para as famílias
brasileiras. Entre as famílias que cuidam de seu dinheiro, muitas vezes a
aparente ordem financeira pode esconder uma ameaça à estabilidade do
relacionamento.
Não me refiro a riscos na condição econômica da família, mas sim sobre o bem-estar – ou a falta dele. É comum que, a partir do início da vida a dois, um casal comece a priorizar decisões que garantam a segurança financeira familiar. Entre elas o custeio da casa própria, do plano de saúde, da aposentadoria, dos seguros e da educação dos filhos.
Não raro, essa variedade de decisões relevantes esgota o orçamento familiar, impondo limitações excessivas a gastos com lazer e bem-estar. Também ficam limitados os gastos com o investimento na carreira, viagens, cuidados com o corpo e poupança para objetivos individuais. Quando isso ocorre, está caracterizada a situação em que o casamento anula os indivíduos
Não me refiro a riscos na condição econômica da família, mas sim sobre o bem-estar – ou a falta dele. É comum que, a partir do início da vida a dois, um casal comece a priorizar decisões que garantam a segurança financeira familiar. Entre elas o custeio da casa própria, do plano de saúde, da aposentadoria, dos seguros e da educação dos filhos.
Não raro, essa variedade de decisões relevantes esgota o orçamento familiar, impondo limitações excessivas a gastos com lazer e bem-estar. Também ficam limitados os gastos com o investimento na carreira, viagens, cuidados com o corpo e poupança para objetivos individuais. Quando isso ocorre, está caracterizada a situação em que o casamento anula os indivíduos
O excesso de individualismo é tão ou mais comum quanto os casos de
famílias que esquecem as necessidades dos indivíduos. O casal não pode
exagerar nas escolhas individuais, sob risco de fazer do casamento uma
competição por conquistas. Os indivíduos também não devem anular o
casamento.
Equilíbrio nas escolhas é a chave para que elas sejam sustentáveis. Na
prática, o bom planejamento familiar começa pela moderação no custo de
vida, para que as boas experiências que o casal teve no namoro e no
noivado continuem ao longo da vida. Isso gera mais satisfação. Esse
bem-estar motiva a vida profissional, que tende a proporcionar
crescimento na carreira.
O orçamento deve contar com previsão para os gastos da família e também
com verbas específicas para que cada um cuide de seus objetivos
pessoais. O casal deve conversar sobre os dois tipos de objetivo, para
que façam escolhas melhores. Um bom planejamento envolve mãos dadas para
fortalecer as conquistas de todos. Essa é a melhor forma de consolidar e
fortalecer uma união ao longo do tempo.Gustavo Cerbasi
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