Após a desoneração da folha de pagamento de 11
setores da economia, o presidente da farmacêutica EMS, Carlos Sanchez,
afirmou nesta terça-feira - após se reunir com o ministro da Fazenda,
Guido Mantega - que o governo também irá desonerar o setor de
medicamentos - que ainda não havia sido contemplado com a redução nos
impostos."O setor de medicamentos pediu para o
Mantega a desoneração e o ministro respondeu que as chances são grandes e
que a expectativa é editar uma MP (Media Provisória) em setembro
desonerando a folha de medicamento e outros setores, para que o
incentivo comece a valer a partir de janeiro", afirmou Sanchez. O
presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson
Andrade, confirmou que o governo estuda desonerar a folha para o setor
de medicamentos. "Estão avaliando outros setores. Existe a
possibilidade, mas isso depende do Congresso", disse Andrade. Segundo
Carlos Sanchez, o setor farmacêutico está sendo prejudicado com a greve
dos servidores públicos. A paralisação de funcionários da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impede a liberação de
medicamentos para venda nas farmácias e, de acordo com o presidente da
EMS, já faltam medicamentos para venda. "Nosso sindicato conseguiu um
mandado de segurança para suspender a greve por se tratar de produtos
prioritários. Recorremos ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque os
grevistas estão irredutíveis", afirmou. Dentre
os setores, indústria têxtil, de plásticos, de material elétrico,
fabricantes de ônibus, de auto-peças, naval, aérea, fabricantes de
móveis, setor de bens de capital, hotéis e fabricantes de chips foram
desonerados. Já as empresas de couro e calçados, confecções, call center
e de tecnologia da informação foram contempladas no fim do ano passado e
voltaram a ter reduções de alíquotas a partir do dia 1º de agosto.Na
reunião, Guido Mantega pediu aos cerca de 40 empresários de todos os
setores da economia maiores investimentos na tentativa de garantir o
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 4% e 4,5% no segundo
semestre do ano.Entre os empresários presentes na
reunião, estavam representantes da Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea), das empresas EBX, Ambev, Friboi,
Camargo Corrêa, Vale, Pão de Açúcar, Oderbrecht, entre outros.
- Terra
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