A
jornalista de economia do jornal Folha de S. Paulo, Maria Cristina
Frias, publicou, na sexta-feira (21/9), uma matéria sobre o mercado de
genéricos no Brasil. Segundo a reportagem, este seguimento do setor
farmacêutico sobrevive de registros antigos. Ela disse que a indústria
se sustenta hoje por medicamentos que colocou no mercado no máximo até
2003. De todas as unidades de genéricos vendidas, 85% são aquelas que o
setor chama de “drogas maduras”, ou seja, medicamentos registrados entre
2000 e 2003. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de
Medicamentos Genéricos (Pro Genéricos), no faturamento, a participação é
79%.
Segundo
a presidente da entidade, Telma Salles, os medicamentos que tiveram
patentes expiradas desde então representam menos neste seguimento, mas
devem ganhar relevância com maior velocidade do que ocorreu com os
anteriores, quando o setor ainda era embrionário. “Quando se lança algo
no mercado, leva tempo para que seja conhecido. Mas o importante é que o
acesso aos produtos pela população vem ficando maior nesses anos”.
De
acordo com a reportagem, atualmente, os genéricos ocupam 27% do mercado
nacional. A previsão é de que esses produtos representem 45% do setor
até 2020. Ainda sobre o mercado farmacêutico nacional, entre 2003 e
2011, o crescimento do setor sem o genérico crescimento foi de 55,8%.
Com os genéricos, o avanço chegou a 91,3% no mesmo período. Os dez
medicamentos genéricos mais vendidos no Brasil são dipirona, lasortan,
sildenafila, atenolol, paracetamol, nimesulida, metformina,
hidroclorotiazida, enalapril e amoxicilina. Desses, somente um foi o
sildenafila (para disfunção erétil) foi lançado após 2003.
Alexandre Matos
Farmanguinhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário