Comboio das Nações Unidas foi atingido por tiros depois de deixar hotel em Damasco
Governo sírio culpou rebeldes por tiroteio
Agências internacionais
O Globo
DAMASCO - Inspetores da ONU chegaram a Muadamiya nesta segunda-feira,
um dos subúrbios nos arredores de Damasco que teria sido alvo de ataque
químico, após terem seu deslocamento atrasado por uma emboscada. De
acordo com informações das Nações Unidas, atiradores dispararam contra o
comboio de seis carros que levavam observadores à área atacada, onde
mais de 1.300 civis teriam sido mortos na última quarta-feira em um
bombardeio com substâncias proibidas perpetrado pelas tropas do
presidente Bashar al-Assad. Um dos carros danificado foi substituído.
Ninguém se feriu.
O médico Abu Karam, que trabalha na região, informou que a equipe já está na mesquita de Rawda.
- Estão entrevistando os feridos e recolhendo amostras - afirmou Karam, segundo a agência Reuters.
O governo sírio culpou os rebeldes pelo tiroteio. Citando uma fonte do Ministério da Informação, a TV estatal informou que especialistas internacionais foram alvejados por “terroristas”, termo normalmente utilizado para descrever combatentes que tentam derrubar o regime.
O comboio de especialistas em armas químicas estava sob escolta das forças de segurança e uma ambulância quando deixou o hotel Four Seasons, em Damasco. Vestidos com coletes à prova de bala da ONU, os inspetores foram surpreendidos por francoatiradores.
- O primeiro veículo da Equipe de Investigação de Armas Químicas foi atingido deliberadamente várias vezes por atiradores não identificados na zona de proteção - informou o porta-voz, acrescentando que o carro parou de funcionar e seria substituído por outro.
Pouco depois de a equipe ter deixado o hotel, dois morteiros caíram na região, segundo a Reuters, citando a agência de notícias estatal Sana. Os explosivos, de acordo com a imprensa oficial, também teriam sido lançados por rebeldes.
A pressão internacional, elevada pela confirmação dos Médicos Sem Fronteiras de que centenas de pessoas teriam sido asfixiadas pelo ataque de quarta-feira, levou o governo sírio a permitir o acesso da equipe a subúrbios nos arredores de Damasco para investigar o uso de armas químicas. Os observadores, no entanto, podem ter dificuldades de encontrar provas. O tempo e os impactos de outros bombardeios subsequentes ao ataque químico à região podem ter apagado grande parte dos restos de gases tóxicos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu nesta segunda-feira uma ação urgente caso o uso de substâncias proibidas na Síria seja comprovado.
- Não podemos permitir mais atrasos - disse.
O sinal verde do regime sírio para as Nações Unidas foi recebido com desconfiança pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, que já discutem uma intervenção militar. Os dois países afirmam que o governo de Assad pode ter apagado evidências. A Turquia afirmou nesta segunda-feira que iria participar de qualquer coligação internacional contra a Síria, mesmo sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, segundo a agência de notícias AFP.
Em uma entrevista a um jornal russo, o presidente sírio rejeitou as alegações de que suas forças usaram armas químicas e advertiu Washington de que qualquer intervenção militar dos EUA será um fracasso.
“O fracasso espera os Estados Unidos, como em todas as guerras anteriores, começando com o Vietnã e até os dias de hoje”, disse Assad ao diário “Izvestia” quando perguntado o que aconteceria se os Estados Unidos decidissem atacar ou invadir a Síria.
O médico Abu Karam, que trabalha na região, informou que a equipe já está na mesquita de Rawda.
- Estão entrevistando os feridos e recolhendo amostras - afirmou Karam, segundo a agência Reuters.
O governo sírio culpou os rebeldes pelo tiroteio. Citando uma fonte do Ministério da Informação, a TV estatal informou que especialistas internacionais foram alvejados por “terroristas”, termo normalmente utilizado para descrever combatentes que tentam derrubar o regime.
O comboio de especialistas em armas químicas estava sob escolta das forças de segurança e uma ambulância quando deixou o hotel Four Seasons, em Damasco. Vestidos com coletes à prova de bala da ONU, os inspetores foram surpreendidos por francoatiradores.
- O primeiro veículo da Equipe de Investigação de Armas Químicas foi atingido deliberadamente várias vezes por atiradores não identificados na zona de proteção - informou o porta-voz, acrescentando que o carro parou de funcionar e seria substituído por outro.
Pouco depois de a equipe ter deixado o hotel, dois morteiros caíram na região, segundo a Reuters, citando a agência de notícias estatal Sana. Os explosivos, de acordo com a imprensa oficial, também teriam sido lançados por rebeldes.
A pressão internacional, elevada pela confirmação dos Médicos Sem Fronteiras de que centenas de pessoas teriam sido asfixiadas pelo ataque de quarta-feira, levou o governo sírio a permitir o acesso da equipe a subúrbios nos arredores de Damasco para investigar o uso de armas químicas. Os observadores, no entanto, podem ter dificuldades de encontrar provas. O tempo e os impactos de outros bombardeios subsequentes ao ataque químico à região podem ter apagado grande parte dos restos de gases tóxicos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu nesta segunda-feira uma ação urgente caso o uso de substâncias proibidas na Síria seja comprovado.
- Não podemos permitir mais atrasos - disse.
O sinal verde do regime sírio para as Nações Unidas foi recebido com desconfiança pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, que já discutem uma intervenção militar. Os dois países afirmam que o governo de Assad pode ter apagado evidências. A Turquia afirmou nesta segunda-feira que iria participar de qualquer coligação internacional contra a Síria, mesmo sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, segundo a agência de notícias AFP.
Em uma entrevista a um jornal russo, o presidente sírio rejeitou as alegações de que suas forças usaram armas químicas e advertiu Washington de que qualquer intervenção militar dos EUA será um fracasso.
“O fracasso espera os Estados Unidos, como em todas as guerras anteriores, começando com o Vietnã e até os dias de hoje”, disse Assad ao diário “Izvestia” quando perguntado o que aconteceria se os Estados Unidos decidissem atacar ou invadir a Síria.
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