Fogo começou no sábado (12) e destruiu ao menos 2 mil casas.
Presidente decretou zona de catástrofe e mobilizou as Forças Armadas.
A polícia militar do Chile havia informado no fim da tarde de domingo 11 mortes no incêndio. Fontes oficiais não descartam a possibilidade de aumento deste número, devido aos desaparecidos.
Neste domingo, surgiram novos focos de incêndio na região.
No início da noite, o site de notícias chileno Emol afirmou que, segundo o governador de Valparaíso, Omar Jara, mais 24 casas haviam sido destruídas na tarde deste domingo pelo fogo. O Cerro Ramaditas seria o local com maior perigo de destruição, de acordo com o site.
O governo chileno anunciou que, na manhã desta segunda-feira, a presidente Michelle Bachelet fará uma reunião interministerial de emergência para discutir ações de mitigação dos danos. O governo chileno estima que mais de 2 mil residências foram destruídas por causa do fogo. A cidade portuária chilena foi declarada zona de catástrofe por Michelle Bachelet, que visitou o local neste domingo.
Para conter as chamas, autoridades do governo anunciaram cortes de água potável de municípios vizinhos para destiná-la ao combate ao fogo, e pediram à população que evitem tirar os carros da garagem para facilidade a mobilidade dos caminhões de água. O governo regional decretou ainda a suspensão das aulas escolares na segunda-feira (14).
Valparaíso é a terceira cidade mais populosa do Chile, com cerca de 300 mil habitantes. Ela está localizada na costa chilena e, além do porto, é rodeada por dezenas de morros, conhecidos como cerros. Segundo o governo chileno, o incêndio que teve início no sábado se espalhou por diversos cerros, entre eles o Cerro Mariposa, El Vergel, La Cruz, Cerro El Litre, Cerro Las Cañas, Cerro Miguel Ángel e Mercedes.
"É uma tremenda tragédia, talvez o pior incêndio da história de Valparaíso. E todos sabemos muito bem o impacto que isso está tendo na vida de tanto, e claro, em toda a cidade", afirmou a presidente Bachelet, segundo comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do governo.
O governo anunciou "bonos" à população atingida pelas chamas, tem mobilizado a população local para arrecadar dinheiro para as vítimas e mobilizou as Forças Armadas para auxiliar na contenção do fogo e na recuperação dos escombros.
Em seu site oficial, o Corpo de Bombeiros do Chile afirmou que 3.500 profissionais –entre bombeiros, policiais, militares e outros órgãos de segurança– trabalham para extinguir o incêndio.
Cidade de morros
A cidade recebeu o título de patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2003.
O turismo é a principal fonte de renda da cidade, que fica a 120 km de Santiago, capital chilena. Eles seguem até lá para ver os vestígios de seu glorioso passado, como os elevadores externos, que facilitam a locomoção dos moradores pelos cerros, o porto mais importante do Pacífico sul e a casa do escritor Pablo Neruda, prêmio Nobel de Literatura, morto em 1973. Chamado de "La Sebastiana", o imóvel foi transformado em museu que homenageia o autor.
Apesar disto, o município tem índices de pobreza maiores do que a média nacional e precisa de investimentos.
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