7.31.2014

Dilma: "A verdade vai vencer o pessimismo"





BRASÍLIA  -  A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou durante entrevista na manhã desta quinta-feira a rádios da Bahia que o mote de sua campanha eleitoral será “a verdade vai vencer o pessimismo”. Antes de apresentar a sua marca, Dilma fez questão de lembrar o slogan “a esperança venceu o medo” da campanha que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O que vence o pessimismo é a verdade dos fatos”, disse Dilma logo depois de ser questionada sobre previsões pessimistas propagadas durante o período eleitoral e criticar o que chamou de “pessimismo sistemático instilado por aqueles que querem voltar atrás”.
Na avaliação da presidenta, há de forma deliberada um “processo de criação de expectativas negativas nocivo ao país”, afirmando  que as expectativas pessimistas vão se acumulando. “Agora inventaram que vai ter tarifaço”, ao afirmar que não houve crise cambial no país, diferentemente do que previa a chamada “tempestade perfeita”, com a retirada de estímulos da economia dos Estados Unidos, e assegurar que não ocorreu nem ocorrerá racionamento energético, porque o governo fez “o dever de casa na área de energia”.

“A inflação está caindo e vai fechar direitinho na meta, dentro da banda”, destacou ainda a presidente. A presidenta chegou a fazer uma comparação entre os investimentos na área de energia nos governos do PSDB e do PT no âmbito federal e aproveitou para criticar a falta de investimentos em São Paulo em segurança hídrica, diferentemente do que o o governador Jaques Wagner (PT) fez na Bahia. “Lá em São Paulo não investiram”, disse a presidente em referência ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição.
Dilma: campanha "contra pessimismo" -
Ela reclamou que houve expectativas pessimistas na economia e que tais previsões, como crise cambial e "tempestade perfeita" não se confirmaram.
- Não teve crise cambial no Brasil. Vão se acumulando expectativas pessimistas. Agora inventaram que vai ter tarifaço. Há hoje de forma deliberada um processo de criação de expectativas negativas nocivo ao país ..
Dilma também aproveitou para alfinetar o governo do tucano Geraldo Alckmin, que enfrenta em São Paulo gravíssima crise de abastecimento de água. Para Dilma, não foram feitos investimentos no Estado.
- Lá em São Paulo não investiram.
A presidente, por outro lado, disse que sob sua gestão que não ocorreu nem ocorrerá racionamento energético, porque o governo fez “o dever de casa na área de energia”.
Perguntada sobre a reforma política que prometeu fazer depois da grande onda de manifestações que se espalhou pelo Brasil em junho do ano passado, Dilma disse que seu governo tentou várias vezes levar a cabo esse projeto, mas que é necessária mobilização popular para que o Congresso aprove as mudanças.
- Tentamos várias vezes aprovar reforma política. Acredito que uma grande mobilização popular pode criar legitimidade e força para reforma política - pontuou.
Sobre inflação, Dilma foi categórica em afirmar que encerrará 2014 dentro da meta, cujo teto da banda é 6,5% ao ano.
- A inflação está caindo e vai fechar direitinho na meta, dentro da banda.
 MAIS MÉDICOS
Do Palácio da Alvorada, Dilma concedeu duas entrevistas ao vivo a rádios baianas, uma após a outra. A primeira foi à rádio Sociedade.
Na primeira entrevista, Dilma anunciou que, se for reeleita, irá incluir médicos especialistas no programa Mais Médicos, que atualmente só conta com profissionais clínicos gerais.
- Queremos partir para a criação do serviço que garanta agilidade no atendimento do médico especialista, aquele que vai cuidar de um problema de coração, aquele ortopedista, e ao mesmo tempo garantir acesso a exames laboratoriais - prometeu.
REFORMA TRIBUTÁRIA
A presidenta Dilma Rousseff voltou a falar na manhã desta quinta-feira que pretende fazer uma reforma tributária. Em entrevista à rádio sociedade, da Bahia, ela disse que depois de tentar muitas vezes fazer uma ampla reforma, resolveu iniciar o processo por partes, dando início primeiramente à desoneração da folha de pagamento de setores específicos da indústria.
- A reforma tributária diz respeito a quem ganha e quem perde numa distribuição e redistribuição de tributos. Ela tem muitas dificuldades de ser feita no todo. Depois de tentar muitas vezes, começamos a fazer por partes (com) a desoneração da folha de pagamento. Queremos que as pessoas tenham a oportunidade de trabalhar. Se o empresário tem menos tributo na folha, se sente mais confiante em ampliar o número de trabalhadores - disse a presidente, acrescentando em seguida que “é muito complicado” fazer uma reforma política sem discutir amplamente quem ganha e quem perde com as mudanças.
Na sabatina da qual participou ontem, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Dilma já havia dito que se for reeleita vai levar em frente uma reforma tributária, e que se não houver clima no Congresso para fazê-la integralmente, a fará de forma fatiada.
INFLAÇÃO SOB CONTROLE
Em resposta a uma pergunta sobre a dívida pública, Dilma disse que atualmente o Brasil tem a menor relação dívida/PIB da história. Ela citou que quando o PT assumiu o poder, em 2003, a dívida pública em relação ao PIB era 60% e hoje está em 34,2%. Sobre a inflação,ela disse  que está “completamente sob controle”.
- A inflação no Brasil é muito interessante: no primeiro semestre do ano ela sobe e no segundo ela cai. Todo ano é assim. Ela esta completamente sob controle. Temos o regime de meta e uma banda de flutuação, (a inflação) tem que estar dentro da banda. a meta é 4,5%. há 15 anos é medida por esse método. Nesses 15 anos em três anos esteve acima de 4,5%- afirmava Dilma.
A presidenta também respondeu perguntas sobre o andamento do programa Minha Casa Minha Vida, de moradias populares, na Bahia e disse que na próxima etapa, prevista para começar no ano que vem, 3 milhões de unidades habitacionais deverão ser construídas. Ela concedeu a entrevista ao vivo de sua residência oficial, o Palácio da Alvorada.

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