Rio -  A presidenta Dilma Rousseff mandou duro recado para quem pretendia perpetuar a covardia contra o Rio de Janeiro, exigindo a distribuição dos royalties de petróleo entre todos os municípios e estadosdo País. Diante de 3.500 prefeitos presentes na abertura da 15ª Marcha dos Prefeitos, Dilma não se intimidou com cobranças e vaias e garantiu que os atuais contratos não serão alterados.
Foto: ABr
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“Petróleo, vocês não vão gostar do que eu vou dizer. Não acreditem que vocês conseguirão resolver a distribuição de hoje para trás. Lutem pela distribuição de hoje para frente”, respondeu Dilma.
Nesse momento, a presidenta foi vaiada e encerrou o discurso. A redistribuição dos royalties pode tirar do Rio R$ 50 bilhões até 2020.

PRESSÃO MUNICIPALISTA
Antes da fala de Dilma, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), responsável pela Marcha dos Prefeitos, Paulo Ziulkosky, já havia defendido a distribuição igualitária das receitas do petróleo.
“A imprensa diz que os municípios produtores têm direito. Não tem município produtor, nem estado, o que tem é confrontante. O que aquele município fez para ter aquele petróleo? Ninguém está mexendo em contrato. Queremos honrar todos os contratos, o que estamos discutindo é a apropriação do produto do contrato”, disse Ziulkosky .

ATO CONTRA A COVARDIA E EM DEFESA DO RIO
No final de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto que distribuía os royalties entre todos os estados produtores ou não de petróleo. Quando assumiu a Presidência, Dilma Rousseff defendeu a manutenção dos recursos aos estados produtores e disse que o Congresso deveria chegar a um acordo sobre o tema.
No segundo semestre de 2011, parlamentares de estados não produtores tentaram colocar o veto em votação no Senado e aprovaram uma proposta, alterando a partilha dos royalties e que prejudicou o Rio e o Espírito Santo.
Em novembro, o governo do Rio promoveu um ato em defesa dos royalties e O DIA produziu a ‘Carta Aberta’, pedindo à Dilma que impedisse a covardia contra o estado. O movimento teve adesão de políticos, artistas e representantes da sociedade civil. Agora, o projeto está na Câmara. “Dai a César o que é de César. É patrimônio nosso”, disse o coreógrafo Carlinhos de Jesus, aprovando a firmeza de Dilma.