Dados pertencem ao estudo Vozes da Nova Classe Média, divulgado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Agência Brasil
Em 95 páginas, o estudo traz no prefácio um artigo do ministro do
Trabalho e Emprego, Manoel Dias, no qual ele destaca que, só no período
de 2004 a 2011, foram gerados no país 2,095 milhões de empregos,
indicando taxa média de crescimento de 5,8% ao ano. Os dados citados
pelo ministro são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged).
O Vozes da Nova Classe Média salienta que o aumento da renda per
capita se deve em parte às novas oportunidades de trabalho e também à
“crescente generosidade das transferências públicas”. Em 2011, a renda
per capita alcançava R$ 591 por mês, valor que subiu para R$ 783, em
2011.
De acordo com o estudo, o número de postos de trabalho cresceu 20%
no período com ampliação de 16 milhões de vagas, passando de 76 milhões
em 2001 para 92 milhões em 2011, o que consequentemente levou a uma
queda na taxa de desemprego. Como a população em idade ativa também
aumentou em velocidade semelhante à de ofertas de emprego, em 19%, a
taxa de ocupação ficou estável em 60%.
A maioria das novas oportunidades no mercado de trabalho foi para
assalariados, tanto em empresas públicas quanto no setor privado. Neste
último, o número de assalariados aumentou 38%. Paralelamente, houve uma
melhoria das condições de contratação com a expansão do emprego formal.
Dos 16 milhões de empregos abertos na década analisada, 13 milhões foram
com carteira assinada. A quantidade dos assalariados sem carteira
diminuiu em quase um milhão.
Houve alta de 24% na remuneração média dos trabalhadores, o
equivalente a aumento anual de 2%. Para a classe média, o valor subiu
31% ou quase 3% ao ano. Essa ascensão é atribuída à melhoria na
capacitação e mudanças na qualidade dos postos de trabalho. Houve
crescimento de 27% no nível de escolaridade, com o número de anos de
estudo saltando de 6,7 para 8,5 anos.
Apesar dessas melhorias, o levantamento mostra que ainda é alta a
rotatividade no mercado de trabalho brasileiro. Em média 40% dos
trabalhadores mudam de emprego a cada ano e essa troca ocorre,
principalmente, entre os que têm baixa qualificação e recebem até dois
salários mínimos.
O levantamento indica que 54% da força de trabalho são formadas por
pessoas com renda de classe média, o que totaliza 47 milhões de
pessoas. Mais da metade desse contingente ou 55% atuam no setor privado.
Dos novos trabalhadores que ingressaram na classe média, 19 milhões
(67%) também estão no setor privado.
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