A receita da longevidade: sete atitudes para viver mais e melhor
Comer peixe e nozes, beber café e se casar são alguma das medidas que, comprovadamente, aumentam a expectativa de vida
Longevidade: Estudos recentes dão pistas sobre hábitos que acrescentam anos à expectativa de vida de uma pessoa
(Thinkstock)
A receita de longevidade
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Case-se
Casar-se, ou simplesmente ter um companheiro ao longo da vida, pode acrescentar anos à vida de uma pessoa. Um estudo
feito na Universidade Duke, nos Estados Unidos, com 4 800 pessoas
descobriu que adultos solteiros correm um maior risco de morte prematura
e, portanto, são menos propensos a chegar à terceira idade do que
aqueles que vivem com um companheiro. Na pesquisa, as pessoas que nunca
haviam se casado tiveram mais do que o dobro do risco de morrer
precocemente do que as que viviam com um parceiro. Essa chance foi 60%
maior entre aquelas que já tinham sido casadas alguma vez na vida.
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Beba café, mas com moderação
Ingerir três xícaras de café todos os dias é suficiente para prolongar a vida de pessoas com mais de 50 anos. Um estudo
do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos descobriu que essa
quantidade da bebida é capaz de reduzir em 10% o risco de mortalidade em
um período de doze anos nesse público. Além disso, outras pesquisas já
associaram o café à proteção contra doenças como câncer de pele e derrame. Isso
não quer dizer, porém, que as pessoas devam exagerar no café: a mesma
pesquisa americana encontrou uma relação entre o excesso de cafeína e um
maior risco de câncer entre homens.
Muitas pesquisas já comprovaram que exercitar-se é um dos caminhos para viver mais. Um estudo dinamarquês de 2012, por exemplo, concluiu que a corrida leve pode aumentar a longevidade em até seis anos. Já uma pesquisa
americana publicada no mesmo ano mostrou que atividades físicas de
lazer, como caminhar ou pedalar no parque, é capaz de acrescentar até
4,5 anos na expectativa de vida de alguém. Os prejuízos do sedentarismo,
no entanto, não são evitados apenas com os exercícios, mas também com a
redução do tempo em que uma passa sentada em frente à televisão ou ao
computador. Um estudo
feito na Austrália e publicado em 2012 provou que o sedentarismo não só
provoca doenças, como encurta a vida. A pesquisa avaliou 200 000
pessoas acima de 45 anos e descobriu que as que permaneciam sentadas por
mais tempo tinham duas vezes mais chance de morrer em um período de
três anos do que aquelas que ficavam sentadas por menos tempo ao longo
do dia.
Um estudo
da Universidade Harvard descobriu que pessoas com mais de 65 anos que
desejam ter uma vida mais longa podem começar por incluir peixe no
cardápio com maior frequência. O alimento, especialmente tipos como a
sardinha, o salmão e o atum, é rico ômega-3, nutriente que já foi
associado a benefícios à saúde cardiovascular. A pesquisa americana
acompanhou 2 700 pessoas com 65 anos ou mais ao longo de 12 anos e
concluiu que aquelas que apresentavam os maiores níveis de ômega-3 no
organismo viviam, em média, 2,2 anos a mais do que quem nunca consumia o
nutriente. A recomendação dos pesquisadores é o consumo de no mínimo
duas porções por semana de peixes ricos em ômega-3.
Mesmo na velhice, adote um estilo de vida saudável
Muitas pessoas podem pensar que uma
maior longevidade se conquista com hábitos saudáveis seguidos ao longo
da vida toda, mas uma pesquisa feita na Suécia concluiu que adotar um
estilo de vida saudável já na velhice também contribui nesse sentido. O
estudo analisou, ao longo de 18 anos, a sobrevivência de 1 800 idosos
com mais de 75 anos e descobriu que não fumar, não beber em excesso e
praticar exercícios pode aumentar em até cinco anos a longevidade, mesmo
entre aqueles que têm alguma doença crônica.
Consuma nozes todos os dias
Pesquisadores da Universidade Harvard chegaram à conclusão
de que pessoas que comem nozes, amêndoas, castanhas, avelãs e outras
oleaginosas todos os dias desfrutam de uma melhor qualidade de vida e
tendem a viver por mais tempo. Em um estudo publicado em 2013, eles
acompanharam cerca de 120 000 indivíduos ao longo de trinta anos e
descobriram que, durante esse tempo, o risco de morrer foi 20% menor
entre quem comia mais oleaginosas do que aqueles que nunca as consumiam.
As oleaginosas contêm gorduras saudáveis e são ricas em fibras e
proteínas, o que retarda a absorção do alimento e diminui o apetite. Por
isso, seu consumo está associado a uma melhor alimentação e controle do
peso, fatores benéficos à saúde em geral.
Coma mais vegetais e menos carne vermelha
Um dos segredos da longevidade pode
estar em seguir uma conhecida recomendação dos médicos: comer pelo menos
cinco porções de frutas e vegetais todos os dias. Um estudo
sueco publicado em 2013 acompanhou mais de 70 000 adultos durante 13
anos e descobriu que quem segue essa recomendação vive, em média, três
anos a mais do que quem nunca consome frutas e vegetais. Além disso,
segundo uma pesquisa
da universidade americana Loma Linda, o risco de morte dentro de um
período de seis anos chega a ser 12% menor entre vegetarianos em
comparação com quem come carne. O consumo de carne vermelha por si só já
foi associado a uma chance até 20% mais elevada de mortalidade. A
conclusão faz parte de trabalho da Universidade Harvard publicado em 2012.
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