O esperado encontro entre o líder da Revolução Cubana e ditador aposentado, Fidel Castro, e o papa Bento XVI se concretizou nesta quarta-feira (28), em Havana. O encontro reservado entre Fidel e Bento XVI, de 30 minutos, teve como temas “assuntos mundiais, a nova liturgia da Igreja Católica e problemas da humanidade”, segundo afirmou um porta-voz do Vaticano ao jornal americano Miami Herald. O encontro foi o segundo de Fidel com um papa. O primeiro se deu em 1998, com João Paulo II, com o qual Fidel desenvolveu uma relação próxima que serviu para aliviar as perseguições ideológicas contra os católicos cubanos.
Antes de encontrar Fidel, Bento XVI rezou uma missa na Praça da Revolução de Havana, local emblemático da capital cubana. Segundo o Miami Herald, ele usou diversas vezes a palavra “liberdade”, que tem uma conotação política significativa em Cuba, e afirmou que é preciso realizar mudanças na ilha. Ao contrário do que fez antes de chegar a Cuba, quando afirmou abertamente que o comunismo era um regime ultrapassado, Bento XVI adotou um tom mais ameno, e pareceu mais preocupado em ver Cuba fazer uma transição pacífica do comunismo para um regime mais “livre” do que ver o país afundado em uma guerra civil.
“Cuba e o mundo precisam de mudanças”, disse o papa ao fechar sua homilia, “mas isso só vai ocorrer se cada um de nós estiver em uma posição de buscar a verdade e escolher o caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade”. (…) Ele pediu aos fiéis para rejeitarem o ódio, transcenderem as diferenças na política e na religião, e lutar pela verdade. Ele pediu mais liberdades religiosas e a oportunidade para a Igreja fazer mais pela sociedade cubana. |
O Papa profetizou o óbvio quando disse que o mundo precisa de mudanças. A mudanças passam por novas idéias, sem radicalismos, com equilibrio e ai não só Cuba, mas a igreja, as intituições, a imprensa que reverte ou omite as noticias. As mudanças não devem ficar restritas somente à Cuba
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