3.29.2012

Quem passou em concurso público vai ter que esperar



Governo vai segurar nomeações para esperar criação do Funpresp

Prazo para nomeação pode chegar a 180 dias, para sanção da lei e criação de fundos



O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, afirmou que o governo vai segurar a posse dos novos servidores para permitir quer eles já entrem no regime de previdência novo,
Foto: Givaldo Barbosa / Arquivo O Globo

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, afirmou que o governo vai segurar a posse dos novos servidores para permitir quer eles já entrem no regime de previdência novo, Givaldo Barbosa / Arquivo O Globo
BRASÍLIA – Os aprovados em concursos públicos que ainda não foram nomeados terão de esperar mais para começarem a trabalhar. Segundo o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o governo vai segurar a posse dos novos servidores para permitir quer eles já entrem no regime de previdência novo, criado com a aprovação nesta quarta-feira do Regime de Previdência Complementar do Servidor Público da União (Funpresp) e fundos de pensão.

A decisão de pisar no freio das nomeações já é consenso no governo, afirmou o ministro nesta quinta-feira. Garibaldi afirma que tem um prazo de 15 dias para sanção da lei pela Presidência, e que o período máximo para poder criar os fundos é de 180 dias.
Segundo o secretário de previdência complementar, Jaime Mariz, após a sanção, os ministérios da Fazenda, Previdência e a Casa Civil vão trabalhar para criar o grupo o mais rápido possível e encurtar esse prazo.
Ele disse que a previsão do governo é que em 2060 o déficit do regime da previdência dos servidores públicos, que está cerca de R$ 60 bilhões em valores correntes, caia para R$ 24 bilhões. Embora no curto prazo tenha um aumento da despesa nominal, isso já sinaliza para o mercado um a melhora nas contas públicas, analisou Mariz, que afirma que isso pode permitir uma uma redução na taxa básicas de juros.
Garibaldi disse que a presidente Dilma Rousseff deverá vetar, no projeto do Funpresp, a exigência de que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprove novos planos de previdência dentro do Poder Judiciário, e deixe essa tarefa por conta do Supremo Tribunal Federal.

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