Estilo de vida
Pessoas acima dos 45 anos que passam muitas horas sentadas todos os dias podem ter até o dobro de chance de morrer em um período de três anos do que aquelas que se sentam durante menos tempo
Sedentarismo: pessoas que ficam muitas horas sentadas podem ter mais riscos de morrerem dentro de alguns anos (Comstock Images)
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CONHEÇA A PESQUISAO trabalho foi publicado nesta segunda-feira no periódico Archives of Internal Medicine e é o primeiro dado divulgado do 45 and Up Study, do Instituto Sax, o maior levantamento contínuo sobre saúde e envelhecimento já feito no hemisfério sul e que ainda será publicado integralmente. Esse trabalho analisou mais de 250.000 pessoas acima de 45 anos e inclui várias outras pesquisas.
Título original: Sitting Time and All-Cause Mortality Risk in 222 497 Australian Adults
Onde foi divulgada: periódico Archives of Internal Medicine
Quem fez: Hidde van der Ploeg, Tien Chey, Rosemary J. Korda, Emily Banks e Adrian Bauman
Instituição: Universidade de Sydney, Austrália
Dados de amostragem: Mais de 200.000 adultos maiores de 45 anos
Resultado: Pessoas sedentárias que passam mais tempo sentadas têm o dobro de chance de morrerem dentro de três anos do que indivíduos ativos que permanecem menos tempo sentadas e 30% mais riscos do que sedentários que se sentam por menos tempo
Hábito perigoso — Os resultados dessa pesquisa, que se baseou nos questionários respondidos pelos participantes, mostraram que pessoas que permanecem sentadas durante 11 horas ou mais ao dia têm até 40% de chances de morrerem nos próximos três anos em comparação com aquelas que se sentam por menos de quatro horas diariamente. Esses riscos foram estabelecidos independentemente do peso e da quantidade de atividade física que um indivíduo faz quando não está sentado.
O estudo também mostrou que praticar exercícios físicos é benéfico nesse sentido. Pessoas sedentárias que passam mais tempo sentadas por dia podem chegar a ter o dobro do risco de morrerem dentro de três anos do que aquelas que permanecem sentadas por menos tempo e que são fisicamente ativas. Além disso, entre os indivíduos sedentários, esse risco foi cerca de 30% maior para os que ficavam sentados durante mais horas em comparação com os que permaneciam menos tempo sentados.
Para os autores do estudo, essas evidências, somadas à dimensão da pesquisa, já são suficientes para que os médicos prescrevam a seus pacientes a redução do tempo de sedentarismo. “Ser ativo fisicamente quando não está sentado é algo importante para um indivíduo e já beneficia sua saúde. Porém, também é importante diminuir o tempo sentado”, diz um dos autores da pesquisa Hidde van der Ploeg.
Lazer — De acordo com o levantamento, um adulto médio chega a passar 90% de seu tempo de lazer sentado, e essa situação é um fator de risco para diversos problemas, como doenças cardiovasculares. O estudo sugere que as pessoas procurem realizar atividades físicas nas horas vagas e evitem utilizar esses momentos para aumentar o tempo em que permanecem sentadas. “Fazer caminhadas no lugar de assistir televisão ou jogar videogames, por exemplo, pode melhorar a saúde de um indivíduo que gasta mais tempo sentando no trabalho e no trânsito”, diz Ploeg.
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