Presidenta Dilma Rousself defende nova ordem mundial e reformas na ONU
Em artigo de jornal, presidenta ressalta que Índia e Brasil compartilham semelhanças como multiculturalismo e diversidade étnica
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Foto: AP
Presidenta brasileira Dilma Rousseff faz discurso na sessão da reunião dos Brics, em Nova Délhi
"Brasil e Índia convergem fortemente para a reforma das organizações internacionais, seja a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a criação de um novo modelo de responsabilidade do FMI ou o estabelecimento de novos fóruns de alto nível, como o G20, IBAS, BASIC e Brics", afirma Dilma.
A presidenta participa em Nova Délhi na 4ª Reunião de Cúpula dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e na sexta-feira fará uma visita de Estado ao país anfitrião. A visita, segundo a presidenta brasileira, pretende "consolidar uma agenda bilateral substantiva e reforçar princípios similares de política externa, incluindo a defesa dos interesses de nossas populações pobres, promoção de crescimento econômico sustentável e uma posição internacional independente coerente com a nova ordem internacional".
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Na primeira viagem à Índia como chefe de Estado, Dilma ressalta que as duas democracias compartilham muitas semelhanças, apesar da situação geográfica, como o multiculturalismo e a diversidade étnica e religiosa. "Brasil e Índia se destacam como modelos de crescimento, que conseguiram tirar da pobreza milhões de pessoas", afirma no texto.
O comércio entre os dois países, que assinaram mais de 30 acordos bilaterais, passou de US$ 500 milhões em 1999 a US$ 9,3 bilhões em 2011. A Índia é o 12º maior sócio comercial do Brasil.
Durante essa visita, os dois países assinarão o acordo Ciência Sem Fronteiras para permitir que professores e estudantes brasileiros possam estudar em universidades indianas e vice-versa. Os países também pretendem ampliar a área de cooperação, centrada principalmente na tecnologia, medicina e defesa, além de estimular o turismo.
A visita de Dilma Rousseff à Índia também pode ser importante para decisão de Brasília sobre a compra de 36 caças. Analistas e fontes do governo brasileiro afirmam que a decisão da Índia de negociar exclusivamente com a França para a compra de 126 Rafale - uma licitação avaliada em US$ 12 bilhões - pode ajudar a convencer o Brasil a optar pelo mesmo avião.
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