Com prevalência de 1 a 2% da população brasileira, a
Epilepsia é caracterizada por um “descompasso” elétrico nos circuitos cerebrais.
Quando queremos mexer uma parte do corpo, como a mão, por exemplo, enviamos uma
ordem para o nosso cérebro, que dispara um impulso nervoso. Até chegar na mão,
esse impulso viaja pelas ramificações dos neurônios e passará também por
estações em que os impulsos dependem de transporte químico (sinapses) para que a
informação chegue enfim aos músculos da mão.
Tudo isso acontece quando resolvemos mexer a mão
voluntariamente. Imagine agora um grupo de neurônios que resolve disparar esses
mesmos impulsos “sem a nossa autorização”, provocando movimentos involuntários
das mãos. É isso que acontece com os epilépticos.
“Podemos dizer que uma pessoa sobre de epilepsia quando
já apresentou mais de uma crise epiléptica não provocada por períodos
indeterminados, ou seja, pode ser uma vez ao mês, uma vez ao ano, todo
dia. Ouvir o histórico do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a
crise também ajuda a determinar o diagnóstico. Além disso, é preciso
certificar-se de que não existe nenhum fator precipitante da crise, seja tóxico,
seja provocado por alguma outra doença”, explica o neurologista dr.
Adriano Campos Vieira, da Santa Casa de Juiz de Fora.
“A
Epilepsia pode levar a repercussões sociais dificultando nas relações
interpessoais, na inclusão escolar, na conquista e manutenção de um emprego.
Estas dificuldades podem acarretar problemas psicológicos como a estigmatização,
além de desajustes emocionais como: transtorno de humor, depressivo, entre
outros”, completa o especialista.
Com tratamento medicamentoso adequado a necessidade do
paciente, 90% deles conseguem se livrar dos acessos epiléticos. Isso significa
poder desenvolver suas atividades cotidianas normalmente com a redução ou
controle das crises.
O
tratamento para epilepsia é fornecido pelo Ministério da Saúde ou pela Unidade
Básica de Saúde. As indústrias de genéricos, também, oferecem opções mais
acessíveis para este tipo de tratamento, como é o caso da Sandoz que possui seis
das 15 principais moléculas para o tratamento de doenças do Sistema Nervoso
Central do mercado. “Além disso, é importante manter o acompanhamento médico
regular para controle”, conclui o especialista.
Fonte: Sandoz / InPress
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