12.13.2012

Reunião debate diretrizes para Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia


 
Comitê Interministerial de Nanotecnologias vai elaborar documento que servirá de linha mestra para as ações do governo na área.

Integrantes do Comitê Interministerial de Nanotecnologias (CIN) discutiram nesta quinta-feira (11), em Brasília, os próximos passos para a finalização do documento da Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), que servirá de orientação para ações, programas e investimentos do governo brasileiro na área. Essa foi a segunda reunião do comitê, que deu partida, ainda, para a elaboração de um levantamento detalhado dos investimentos realizados.

Segundo o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz, ao longo do próximo mês os integrantes do comitê vão trabalhar nos últimos detalhes do documento que vai definir a linha mestra das ações governamentais.  "É uma iniciativa do governo brasileiro e, por isso, vai partir do comitê", acrescentou Plentz.

A ideia, com o levantamento, é sistematizar as informações - atualmente dispersas - tanto das diversas áreas de governo como do setor empresarial e de outros segmentos. "A partir desse mapeamento de investimentos, vamos procurar saber onde o financiamento precisa ser reforçado e, ainda, os instrumentos que precisam ser criados ou modificados", frisou.

Durante a reunião, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec/MCTI), Alvaro Prata, ressaltou a importância do comitê e da necessidade de mobilização de diferentes parceiros em torno desse movimento para impulsionar a nanotecnologia no Brasil.

Segundo ele, a área é considerada prioritária e estruturante para o ministério, o que reforça a relevância de ter linhas cada vez mais detalhadas. "A ideia é que possamos utilizar todos os instrumentos e estruturas para fortalecer esses programas estruturantes", disse.

Na pauta do encontro, foram apresentados os resultados de grandes eventos promovidos no último mês na área e, também, foi levantada a questão da regulação da nanotecnologia no Brasil, assunto considerado de grande importância pelos membros. "A nanotecnologia tem que ser regulada e tratada dentro das melhores práticas e dos princípios que regem a segurança", ressaltou Plentz.

Investimento - Integrantes do MCTI informaram, no encontro, que o ministério está em fase conclusiva do orçamento para a nanotecnologia em 2013, que deve ganhar um reforço em relação aos anos anteriores, quando o investimento girou em torno de R$ 5 milhões. "Esse valor deve ser multiplicado por dez", informou o coordenador da área.

Após dois meses de análises, a coordenação-geral divulgou ao comitê o resultado da seleção do primeiro grupo a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano) - rede recentemente criada para estruturar e ampliar o acesso de cientistas e empresas à infraestrutura de pesquisa básica e avançada com matérias de tamanho atômico.

Do total de 50 propostas apresentadas no edital, 22 foram selecionadas, tendo como critérios o grau de maturidade do laboratório e a disponibilidade de recursos humanos para dar suporte ao público empresarial e a projetos de pesquisa desenvolvimento e inovação. Feita a seleção, serão discutidas condições e recomendações, caso a caso, para os candidatos integrarem o sistema.

"Esses laboratórios vão receber recursos e investimentos para se adequarem ao modo de operação para realmente dar suporte científica e tecnológico para quem quer trabalhar e fazer pesquisa em nanotecnologia", informou Flávio Plentz.

Comitê interministerial - O CIN foi criado pela Portaria 510, de 10 de julho, com a finalidade de  assessorar os ministérios na integração da gestão, na coordenação e no aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no Brasil. É integrado por um representante e um suplente de dez ministérios, sendo o MCTI responsável pela sua coordenação.

Cabe ao comitê, entre outras atribuições, propor mecanismos de acompanhamento e avaliação de atividades na área, bem como formular recomendações de planos, programas, metas, ações e projetos integrados para a consolidação e a evolução das nanotecnologias no país, indicando potenciais fontes de financiamento e os recursos necessários para apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Os integrantes se reuniram pela primeira vez em 31 de outubro.
(Ascom do MCTI)

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