Rio -
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu nesta quarta-feira novos modelos de gestão na saúde pública em alguns serviços
nos quais os governos pagam pelo produto final do atendimento médico,
em vez de comprar equipamentos e pagar médicos pela hora de trabalho.
“[Em] algumas formas de trabalho
médico, é melhor pagar pelo produto entregue do que pelas horas do
profissional. Se o equipamento estiver quebrado, o profissional recebe a
mesma coisa. Temos que ter essa ousadia no SUS [Sistema Único de Saúde]
de aprender com outras experiências, porque nossa meta é oferecer o que
de melhor exista pelo menor tempo de espera do paciente”, disse o
ministro. Segundo ele, às vezes, é melhor pagar pelo número de consultas
e exames feitos, e não por hora de trabalho, porque, em algumas
situações, não há de fato hora de trabalhado, pois o equipamento não
está funcionando.
Padilha falou sobre o assunto no Centro de Diagnóstico por Imagem, durante a inauguração de um equipamento de ressonância magnética inédito no SUS. “O estado não comprou a ressonância, mas está pagando por um certo número de exames. Pagar pelo equipamento parado é um desperdício de recursos da saúde. Se o equipamento quebrar, a empresa que recebe terá interesse de consertá-lo rapidamente, porque, se não fizer isso, não vai receber [pelo serviço].”
De acordo com o ministro, o modelo anunciado hoje foi mais barato e respondeu melhor às demandas do SUS do que se a Secretaria da Saúde do estado tivesse comprado os equipamentos e pagasse pela hora dos profissionais.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, no entanto, considera um grande equívoco um modelo de gestão em saúde pública com terceirização de serviços e parcerias com a iniciativa privada. “Privatizar mão de obra e gestão da saúde pública fere as regras do Sistema Único de Saúde e a Constituição federal. O que mobiliza o privado é o lucro e o que motiva a administração pública é o interesse público, projetos diametralmente opostos”, disse Darze.
As informações são da Agência Brasil
Alexandre Padilha, ministro da Saúde | Foto: Divulgação
Padilha falou sobre o assunto no Centro de Diagnóstico por Imagem, durante a inauguração de um equipamento de ressonância magnética inédito no SUS. “O estado não comprou a ressonância, mas está pagando por um certo número de exames. Pagar pelo equipamento parado é um desperdício de recursos da saúde. Se o equipamento quebrar, a empresa que recebe terá interesse de consertá-lo rapidamente, porque, se não fizer isso, não vai receber [pelo serviço].”
De acordo com o ministro, o modelo anunciado hoje foi mais barato e respondeu melhor às demandas do SUS do que se a Secretaria da Saúde do estado tivesse comprado os equipamentos e pagasse pela hora dos profissionais.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, no entanto, considera um grande equívoco um modelo de gestão em saúde pública com terceirização de serviços e parcerias com a iniciativa privada. “Privatizar mão de obra e gestão da saúde pública fere as regras do Sistema Único de Saúde e a Constituição federal. O que mobiliza o privado é o lucro e o que motiva a administração pública é o interesse público, projetos diametralmente opostos”, disse Darze.
As informações são da Agência Brasil
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