EUA podem suspender algumas sanções em troca de congelamento do programa nuclear.
08/11/2013
O chanceler iraniano, Mohammad
Zarif, disse nesta quinta-feira, 7, que é possível se chegar a um acordo
que abriria as portas para resolver o impasse nuclear de uma década
entre o Irã e as potências ocidentais nesta semana. Para isso, na
avaliação do diplomata, negociadores de ambos os lados precisarão fazer o
máximo de esforço.
Representantes do
Irã e do grupo composto por EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Rússia
e China estão reunidos em Genebra, na Suíça, desde o começo da manhã. O
governo americano está disposto a suspensão parcial das sanções
econômicas impostas ao país em troca de um congelamento imediato do
programa nuclear iraniano, verificável de maneira independente.
"Se
todo mundo tentar o seu melhor, podemos ter um (acordo)", disse Zarif a
jornalistas após um café da manhã com a chefe de política externa da
União Europeia, Catherine Ashton.
Usinas nucleares iranianas.
Zarif
foi questionado se seria concebível um acordo a partir das negociações
de quinta e sexta-feira em Genebra entre o Irã e os cinco membros
permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos,
Grã-Bretanha, França, Rússia e China) mais a Alemanha. "Nós esperamos
negociações sérias. É possível", afirmou o chanceler.
Fontes
de alto escalão do governo americano indicaram que a medida seria uma
forma de "criar um espaço para que um acordo definitivo" possa ser
negociado. Mas a Casa Branca deixa claro: se o Irã não der demonstrações
de que pode frear seu programa nuclear ou sinalizar que apenas está
ganhando tempo, as sanções voltariam e novas medidas poderiam ser
impostas.
EUA e Irã entraram em uma
nova fase de negociações depois da saída de Mahmoud Ahmadinejad da
presidência em Teerã. Os dois governos retomaram as conversas e os
iranianos deixaram claro que querem um acordo. Mas insistem que, ao
final das negociações, querem também um reconhecimento de que o Irã pode
manter sua tecnologia nuclear para fins pacíficos.
Zarif
disse em uma publicação no Facebook: "Após a abertura da assembleia,
meus colegas e representantes dos (seis) países vão começar negociações
muito difíceis que agora alcançaram o estágio de entrar em detalhes, o
que é sempre difícil e minucioso."
Fonte: Estadão
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