Especialistas explicam quais as diferenças entre os tipos de medicamentos.
Ingerir medicamentos com leite ou bebidas alcoólicas não é indicado; entenda.
Existem diversos tipos de apresentações dos medicamentos, cada uma com um efeito e objetivo. Por exemplo, existem os medicamentos de efeito rápido, que são os injetáveis, inaláveis ou comprimidos que dissolvem debaixo da língua. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, essas pílulas que ficam debaixo da língua podem ter o efeito praticamente igual ao de uma injeção e, por isso, são indicadas para tratar problemas agudos, que precisam de solução imediata. É o caso da insulina injetável, usada por diabéticos, ou dos comprimidos que dilatam as veias e resolvem problemas cardíacos.
Já os blindados são aqueles remédios em pó ou em gel que vêm dentro de cápsulas. Essa "proteção" é especialmente projetada para que esses medicamentos não se desfaçam antes de chegar ao órgão alvo - geralmente, o estômago ou intestino. No entanto, alguns são feitos assim porque seu conteúdo pode prejudicar a boca e as mucosas da garganta. Segundo o cirurgião Fábio Atui, os remédios para digestão, gripe ou até mesmo laxantes são desse grupo porque só se dissolvem no intestino.
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Por último, existem os remédios de efeito local, como pomadas, cremes,
emplastos e sprays. Geralmente indicados para problemas de ordem
muscular ou de pele, eles são usados quando não há necessidade de
espalhar a substância para todo o corpo. É o caso, por exemplo, dos
emplastos de dor muscular, pomadas para herpes ou sprays antissépticos,
usados em machucados.Como tomar?
Os médicos explicaram também o jeito certo e seguro de ingerir os medicamentos. Por exemplo, tomar comprimidos com leite não é recomendável porque o pH relativamente alto da bebida pode diluir prematuramente o medicamento e até diminuir a absorção desses pelo organismo.
Em relação aos alimentos, o farmacêutico Tarcísio Palhano explicou que é importante ler a bula e prestar atenção na orientação do médico porque cada caso é um caso.
Em algumas situações, por exemplo, se ingerido junto com a comida, o medicamento pode ter sua absorção reduzida de 30% a 40% ou até mesmo ser inativado. Por isso, é fundamental seguir as recomendações de uso, especialmente em relação ao período indicado - não é recomendável suspender o remédio caso os sintomas comecem a desaparecer, o ideal é que ele seja tomado até o fim da prescrição médica.
Nota (bpf): Erradamente muitas pessoas, incluindo aí muitos especialistas, chamam os medicamentos de remédio, mas atenção todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento. Por ex. Vacina não é um medicamento, um fitoterápico ainda não transformado em medicamento pode ser considerado um remédio, mas não um medicamento (folha de babosa).
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