Quase 90% dos brasileiros não dão destino correto ao material
Rio - Cada vez mais medicamentos são
descartados de maneira errada no país: 86% da população admite jogar
remédios no lixo comum ou no vaso sanitário, segundo pesquisa da
Faculdade Oswaldo Cruz. O hábito ameaça o Meio Ambiente: as substâncias
contaminam com facilidade a água e o solo, causando prejuízos às
plantas, aos animais e ao ser humano.
Quando medicamentos vencidos vão parar em aterros sanitários, há risco para os catadores, que podem fazer uso irregular dos produtos. Há prejuízo, também, para a segurança pública, já que há quadrilhas de traficantes especializadas em vasculhar o chamado lixo químico, segundo o superintendente de Saúde da Secretaria de Estado do Ambiente, Luiz Tenório. Ao contaminar mares e rios, as drogas causam danos ao organismo de quem tem contato com a água. Também podem ‘matar’ bactérias benéficas e fragilizar árvores e plantas quando atingem o solo.
Rombo em cofres públicos
“O risco é ainda maior com remédios de tarja preta”, destaca o consultor de Meio Ambiente Alessandro Azzoni. Já Luiz Tenório ressalta que o hábito causa um ‘rombo’ aos cofres públicos por causa dos danos ao ecossistema. “Não há como dimensionar o prejuízo, mas o diagnóstico desse descarte irregular é maléfico”, diz.
Alternativas para o problema
Soluções existem, mas ainda não são disseminadas no país, como manipulação, fracionamento ou coleta seletiva. “Remédios manipulados não têm o problema do descarte porque são fabricados na quantidade exata para o usuário”, salienta a farmacêutica Cláudia Souza, da rede Officilab. O fracionamento — venda de quantidade certa para o tratamento, que evitando sobras — foi regulamentado pela Anvisa em 2005, mas enfrenta resistência do setor farmacêutico.
O projeto Descarte Consciente, da Droga Raia, é opção para quem quer limpar a gaveta e se desfazer de remédios vencidos. “Verificando a demanda dos clientes e iniciamos o projeto. A resposta foi muito boa, tem sempre grande procura”, afirma o farmacêutico Cleber Bernardes, responsável pela iniciativa. “Todos os medicamentos são escaneados pelo código de barras e, com isso, conseguimos relacioná-los e definir o destino”, diz.
A capital fluminense e Niterói foram as primeiras a contribuírem com o programa no Estado do Rio, a partir de maio de 2011. Hoje, há 20 pontos de descarte e arrecadação de mais de quatro toneladas de resíduos, desde o início da ação, incluindo a participação de Duque de Caxias e Volta Redonda.
Quando medicamentos vencidos vão parar em aterros sanitários, há risco para os catadores, que podem fazer uso irregular dos produtos. Há prejuízo, também, para a segurança pública, já que há quadrilhas de traficantes especializadas em vasculhar o chamado lixo químico, segundo o superintendente de Saúde da Secretaria de Estado do Ambiente, Luiz Tenório. Ao contaminar mares e rios, as drogas causam danos ao organismo de quem tem contato com a água. Também podem ‘matar’ bactérias benéficas e fragilizar árvores e plantas quando atingem o solo.
Rombo em cofres públicos
“O risco é ainda maior com remédios de tarja preta”, destaca o consultor de Meio Ambiente Alessandro Azzoni. Já Luiz Tenório ressalta que o hábito causa um ‘rombo’ aos cofres públicos por causa dos danos ao ecossistema. “Não há como dimensionar o prejuízo, mas o diagnóstico desse descarte irregular é maléfico”, diz.
Mês passado, o Ministério do Meio
Ambiente anunciou a aprovação da viabilidade técnica e econômica da
implantação do sistema de logística reversa de medicamentos (compromisso
dos fabricantes de receberem produtos descartados para destinação final
adequada). O documento está em elaboração e será debatido pela
indústria, governo e municípios.
No Rio de Janeiro, a questão deverá ser
discutida no início de 2014. “Estamos chamando estado e municípios para
que possamos fazer um fórum”, afirma Luiz Tenório. Ele conta que
autoridades no assunto estão sendo convocadas para fazer uma análise
crítica sobre o problema na região. A ideia é criar uma própria
legislação de logística reversa para o Estado do Rio.Alternativas para o problema
Soluções existem, mas ainda não são disseminadas no país, como manipulação, fracionamento ou coleta seletiva. “Remédios manipulados não têm o problema do descarte porque são fabricados na quantidade exata para o usuário”, salienta a farmacêutica Cláudia Souza, da rede Officilab. O fracionamento — venda de quantidade certa para o tratamento, que evitando sobras — foi regulamentado pela Anvisa em 2005, mas enfrenta resistência do setor farmacêutico.
O projeto Descarte Consciente, da Droga Raia, é opção para quem quer limpar a gaveta e se desfazer de remédios vencidos. “Verificando a demanda dos clientes e iniciamos o projeto. A resposta foi muito boa, tem sempre grande procura”, afirma o farmacêutico Cleber Bernardes, responsável pela iniciativa. “Todos os medicamentos são escaneados pelo código de barras e, com isso, conseguimos relacioná-los e definir o destino”, diz.
A capital fluminense e Niterói foram as primeiras a contribuírem com o programa no Estado do Rio, a partir de maio de 2011. Hoje, há 20 pontos de descarte e arrecadação de mais de quatro toneladas de resíduos, desde o início da ação, incluindo a participação de Duque de Caxias e Volta Redonda.
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