11.05.2013

Riscos e como funcionam os medicamentos para emagrecer

Como os medicamentos  agem no organismo.
Endocrinologistas alertam que não há fórmula mágica para perder peso.

Muita gente acredita que os remédios para emagrecer são fórmulas mágicas para perder alguns quilinhos.
Os endocrinologistas Alfredo Halpern e Walmir Coutinho explicam, porém, que não é bem assim - esses medicamentos  funcionam para pessoas obesas como um complemento a uma mudança de hábitos. Em alguns casos, inclusive, o paciente pode precisar desses medicamentos ao longo de toda a vida, mas  eles não chegam a causar dependência.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia Pedro Menegasso, os medicamentos auxiliam no emagrecimento porque diminuem o apetite ou aumentam a sensação de saciedade. Porém, eles só podem ser usados com indicação médica, mesmo porque podem agir de maneira diferente em cada pessoa.
No caso da advogada Liliane Hellmeister Mendes, por exemplo, os medicamentos deram certo e ela perdeu mais de 30 kg.
No entanto, a perda de peso não foi mágica - ela mudou também o estilo de vida, trocou farinha branca por integral, cortou gordura e açúcar da alimentação e acrescentou mais legumes e verduras no dia a dia, como mostrou a reportagem da Natália Ariede .
De acordo com o endocrinologista Walmir Coutinho, o caso da Liliane é um exemplo que mostra que o medicamento isolado não faz milagre e não adianta se o paciente não começar uma mudança na rotina. No Brasil, apenas dois desses medicamentos são aprovados pelo Ministério da Saúde - o orlistat e a sibutramina, utilizados para combater a obesidade.
A sibutramina inibe a recaptura da serotonina e aumenta a sensação de saciedade, mas pode ainda aumentar a pressão e os batimentos do coração. Por isso, pessoas com IMC menor de 30, com mais de 65 anos, crianças, adolescentes e com histórico de diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol alto, doenças no coração ou transtornos psiquiátricos devem evitar esse medicamento.
Os efeitos colaterais da sibutramina foram os grandes vilões na perda de peso da advogada Tônia Werste, de Porto Alegre. Aos 22 anos, ela recebeu a indicação médica para tomar o medicamento, sabendo das contraindicações.
Depois de 18 kg a menos, Tônia começou a notar algumas mudanças em seu comportamento, como irritação, tristeza sem motivo e impaciência. De acordo com o psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo, a sibutramina pode causar essas alterações de humor e até alterar a percepção da realidade do paciente. A advogada decidiu, então, parar de tomar o remédio e acabou engordando 20 kg. Depois ela fez um tratamento psicológico e agora divide suas experiências em um blog na internet, como mostrou a reportagem do André Azeredo.
Existem casos em que a sibutramina pode ser eficiente na perda de peso. Além dela, há ainda outro medicamento aprovado pelo Ministério da Saúde, que é o orlistat, que impede a gordura de ser absorvida pelo corpo.
Há ainda os medicamentos  manipulados, que parecem ser um pouco menos nocivos, mas é preciso tomar cuidado com essas fórmulas manipuladas que podem conter substâncias que a pessoa pode nem saber que está tomando.
Por exemplo, em alguns casos, esses medicamentos podem ter colágeno e extrato de planta, substâncias que não têm comprovação que funcionam na perda de peso - por isso, é importante sempre prestar atenção na composição desses produtos.
 Existem ainda alguns medicamentos usados para tratar alguma doença, mas que podem também emagrecer. Nesse caso, o médico deve conversar com o paciente e explicar que o efeito principal do remédio não é o emagrecimento e deve assumir a responsabilidade da prescrição médica.
Os shakes, que podem ser tomados porque têm nutrientes importantes e são uma maneira fácil de substituir uma refeição, já que são menos calóricos.
Além disso, eles podem ser uma boa opção de café da manhã para aquelas pessoas que costumam pular essa refeição, além de ajudar nos primeiros dias de mudança de alimentação.
 

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