Filhas do apresentador executam funções bem definidas, e complementares, nas empresas do grupo do Homem do Baú
São Paulo - Não é todo dia que nasce
um Silvio Santos. O apresentador mais carismático e popular do Brasil,
com 50 anos de televisão no currículo, também tem tino para os negócios,
e se tornou um empresário muitíssimo bem sucedido. Quem seria capaz de
sucedê-lo? Em vez de tirar o seu sono, essa pergunta já tem resposta.
Se no comando dos programas do SBT
Silvio está cada vez mais à vontade, brincalhão e desinibido, fora da
televisão o apresentador de 82 anos também já pode relaxar. Desde 1962
na televisão e há 32 anos à frente da emissora, Silvio prepara as seis
filhas, cada uma na área de maior identidade, para ser suas sucessoras.
Silvia e Cintia (filhas de Cidinha,
primeira mulher de Silvio), e Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata (do
casamento com Íris Abravanel) já assumiram funções bem definidas nas
empresas do grupo do pai. "Dizemos que o Silvio soube espalhar muito bem
as características do DNA dele nas filhas. Tem um pedacinho dele em
cada uma delas", brinca Maísa Alves , responsável pelo departamento de
comunicação do SBT.
Daniela Beyruti, de 35 anos, é diretora
artística e de programação do SBT. Patrícia, de 33, é apresentadora e
parece ter herdado a veia artística do pai. Rebeca, de 30, é diretora de
comunicação da Jequiti Cosméticos e Renata, de 27 anos, é diretora da
holding do Grupo Silvio Santos, com cerca de 30 empresas. A caçula tem
perfil corporativo e é apontada como a herdeira do empreendedorismo de
Silvio. Como todas as irmãs, Renata começou de baixo: foi estagiária no
SBT e passou por diversas áreas antes de se destacar, em 2007, ao criar o
departamento de novas mídias e desenvolver a modernização do portal da
emissora na internet. Cintia, de 50 anos, é proprietária da Abrava
Produções, responsável pelos shows de "Carrossel" e "Chiquititas".
Silvia, de 43 anos, dirige o núcleo infantil da emissora.
Na noite deste sábado, Patricia
estreia o "Máquina da Fama", segunda atração que comanda na emissora. Em
2012 ela apresentou o "Cante Se Puder", ao lado do humorista Marcio
Ballas , , e segue dividindo com o pai a apresentação do "Roda a Roda
Jequiti", além do sorteio televisionado da Tele Sena. E ainda faz parte
do elenco fixo do "Jogo dos Pontinhos" no Programa Silvio Santos, um dos
quadros de maior audiência aos domingos.
Conversa em família
Em março deste ano, o apresentador entrou para o
ranking mundial de bilionários da revista Forbes, com fortuna estimada
em 1,3 bilhão de dólares. Recentemente, reuniu as filhas para uma
conversa difícil sobre herança e o que fazer quando ele faltar. "A nossa
morte vai envolver coisas grandes no Grupo Silvio Santos, afetar
milhares de famílias dos que trabalham lá - elas precisam se ver
seguras. Não gostávamos de tocar no assunto. Silvio, com habilidade, foi
falando. As meninas choravam, demoraram a aceitar a realidade",
confessou Iris, em entrevista à edição de outubro de 2013 da revista
"Claudia". "Apesar da clareza das leis, seria inconsequência.
A conversa fez as meninas chorar, mas
ninguém duvida de que elas terão estrutura suficiente para assumir os
negócios quando o pai não estiver mais aqui, ou simplesmente quando
decidir se aposentar e passar mais tempo em sua casa em Miami, destino
favorito para as férias de janeiro. Em entrevista para a revista "Veja"
em 2010, Silvio disse que estava começando a planejar para o ano
seguinte a sua aposentadoria, e brincou: "Só faltava eu apresentar o
programa já velhinho, de bengala." Mas a falência naquele ano do Banco
Panamericano o fez adiar os planos. "O problema com o banco me fez
buscar energias para entender o que está acontecendo e negociar",
declarou ele. Ele nunca mais voltou a falar no assunto, ao menos
publicamente.
Há cinco anos, Íris também resolveu
dar mais atenção ao patrimônio do marido. Dona de casa até os 60 anos,
ela se viu obrigada a fazer alguma coisa após presenciar a aflição de
Silvio com o término do contrato com a Televisa (empresa que produz
novelas no México). Em 2008, estreou como autora de novelas em
"Revelação" e, em seguida, foi responsável pelo remake das tramas
infantis "Corrossel" e "Chiquititas".
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