Policiais federais fazem protesto no Rio de Janeiro
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Policiais federais protestaram na praia de Copacabana para melhores condições de trabalho
Foto: Agência Brasil
Há exatos 60 dias para o início da Copa do Mundo,
policiais federais fizeram um protesto na Praia de Copacabana, Rio de
Janeiro, na manhã deste domingo e prometem fazer greve durante o evento
esportivo. Cerca de 300 policiais e familiares marcharam pela Avenida
Atlântica com cinco elefantes brancos infláveis, para reivindicar
melhores condições de trabalho, reajuste salarial e reestruturação da
carreira.
O presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento
de Polícia Federal do Estado do Rio de Janeiro, André Vaz de Mello,
explica que a Marcha dos Elefantes, junto com uma paralisação de um dia,
é para mostrar para a sociedade as condições precárias de trabalho dos
policias e a ineficiência do atual modelo de segurança pública.
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"A
gente pede a reestruturação das carreiras, com as atribuições dos
cargos de papiloscopista, agente e escrivão definidas por lei, porque
não tem isto até agora, e no mínimo uma reposição inflacionária para a
gente poder sentar e conversar. O elefante branco é a ineficiência do
nosso modelo de segurança pública, no qual 96% dos inquéritos não dão em
nada, só 2% apontam realmente e punem os culpados. Em nenhum lugar do
mundo isso existe",disse.
De acordo com ele, a categoria está há sete anos sem
aumento. "Toda vez que a gente tem sentado com o governo, por meio da
Federação Nacional dos Policiais Federais que está negociando lá (em
Brasília), é sempre um passo para trás, o governo vem sempre com um
desrespeito total. A gente aguarda até a Copa do Mundo, mas estamos com a
mesma proposta de Brasília e dos outros estados: é parar na Copa do
Mundo, principalmente os aeroportos".
Mello diz que os serviços essenciais serão mantidos em
uma eventual greve, como foi mantido na paralisação de hoje. Mas,
segundo ele, uma greve da Polícia Federal representa risco para a
segurança do País.
"O governo federal tem dito que consegue nos substituir
com outros servidores, como Exército, Força Nacional e outros policiais,
só que dentro do aeroporto não tem como, é uma função muito específica,
a imigração requer que o cara tenha experiência naquilo ali. Pode
substituir, mas o governo vai ter que abrir a porteira e deixar entrar
procurados de fora (do País), terroristas, que são um risco para a
sociedade e para o Brasil nesse evento grande, que é a Copa do
Mundo",observou.
Este foi o sétimo protesto organizado neste ano pela
categoria. Os sindicatos denunciam gestão ineficiente, segregação
funcional, evasão de servidores qualificados, falta de atribuições por
lei, sucateamento funcional e material, congelamento salarial e gestão
precária dos recursos humanos dentro do órgão.
Agência Brasil
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