Rio
Depois de uma reunião infrutífera entre ex-ocupantes da Favela da Telerj, que foi desocupada na última sexta-feira (11), manifestantes que estão em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro prometem realizar uma passeata pacífica na próxima segunda-feira (13). Eles pretendem fechar a Av. Presidente Vargas, no trecho em frente à Prefeitura, por volta das 8h.
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Ex-moradores da favela dizem que, durante a reunião entre o secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, "nada foi resolvido". Segundo Washington Luís de Souza, que está acampado desde sexta-feira, eles não pretendem sair do local. A prefeitura ofereceu o quartel da Guarda Municipal, em São Cristóvão, na zona norte, como centro para o cadastramento das famílias, mas eles recusaram a oferta.
"Vamos continuar aqui, isso é o que sabemos. Por que eles querem que a gente saia daqui para fazer cadastramento? Aí quando sairmos e quisermos voltar vai estar tudo cercado", desconfia Washington.
Maria José Silva, que faz parte do grupo Dez Mulheres Organizadas, mesmo não morando na ocupação, ajudou na organização no prédio da Oi. Conforme declarou à Agência Brasil, o simples cadastro não resolve o problema de moradia das pessoas e muitas delas já são cadastradas em programas sociais da prefeitura.
“Eles a princípio ofereceram para as pessoas irem para São Cristóvão, para se alimentarem, tomar um refresquinho, usar o banheiro e fazer um cadastro. Só que as pessoas não aceitaram, porque estão desenganadas com esse cadastro. Faz o cadastro e continua no descaso, são esquecidas”, observou.
Outra reunião teria sido anunciada pelo secretário para a próxima quinta-feira (17). Ele ainda informou que as pessoas querem uma solução imediata, mas que não há casas para elas. A Secretaria de Desenvolvimento Social oferece abrigo para as pessoas em frente à prefeitura, mas elas já declararam que não querem ir para os abrigos.
A reintegração de posse da Favela da Telerj, como ficou conhecida a ocupação no prédio da Oi, em Engenho Novo terminou em cenas de violência. Moradores acusam a Polícia Militar de truculência. Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas durante a desapropriação. De acordo com a polícia, 21 pessoas foram presas. Não houve confirmação de mortes pelas autoridades, mas os ocupantes alegam que pelo menos três crianças morreram.
Polícia vai investigar lideranças de ocupação de terreno
A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar a ocupação do terreno da Oi, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro, alvo de ação de reintegração de posse na última sexta-feira, de acordo com informações do Portal Terra. Um inquérito foi instaurado na 25ª DP com o objetivo de identificar as lideranças do movimento.
*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil
Prefeitura e desalojados não chegam a acordo e acampamento cresce
Representantes de famílias que estão em frente à Prefeitura recusam proposta de ir à São Cristóvão para cadastramento
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Na manhã deste domingo, cinco representantes dos invasores do prédio da Oi foram recebidos pelo secretário municipal de Assistência Social Adilson Pires, entre outros representantes de órgãos municipais.
A Prefeitura propôs levá-los até a sede da Guarda Municipal, na Avenida Avenida Pedro II, em São Cristóvão, onde seria feito um cadastro das famílias. Os representantes dos desalojados recusaram a proposta. Em uma nova reunião, no início da tarde, a Prefeitura insistiu na proposta e o grupo de representantes tornou a recusar. Por conta do impasse, uma nova reunião foi marcada para terça-feira.
De acordo com os ex-ocupantes, o Conselho Tutelar passou, neste sábado, em frente à Prefeitura para recolher as crianças e levá-las para abrigos , mas advogados voluntários entraram com um pedido de habeas corpus coletivo no plantão do Judiciário para evitar que as crianças fossem levadas. O pedido foi concedido.
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