Novo governo ameaça ação militar contra separatistas pró-Russia no leste.
'Não vamos permitir que Rússia repita cenário da Crimeia', disse presidente.
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Homem armado em uma das barricadas montadas pelos separatistas em Slaviansk, na Ucrânia
(Foto: Gleb Garanich/Reuters)
A Ucrânia deu até a manhã de segunda-feira (14) para separatistas
pró-Rússia abaixarem as armas. Caso contrário, o governo diz que eles
vão enfrentar uma "operação antiterrorista de grande escala" das Forças
Armadas, aumentando o risco de um confronto militar com Moscou. O
presidente interino Oleksander Turchinov afirmou que os rebeldes que
ocupam prédios públicos têm até as 6h (3h no Brasil) para depor as
armas, após a morte de um oficial de segurança do governo e do ferimento
de dois companheiros ao leste da cidade de Slaviansk.(Foto: Gleb Garanich/Reuters)
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"O Conselho de Segurança Nacional e Defesa decidiu lançar um ofensiva
de grande escala antiterrorista envolvendo as Forças Armadas da
Ucrânia", disse Turchinov em um comunicado à nação.Ele culpou a Rússia de estar por trás dos rebeldes em cidades que falam russo no leste da Ucrânia. O governo de Vladimir Putin anexou a região ucraniana da Crimeia quando o ex-presidente Viktor Yanukovich, apoiado por Moscou, fugiu do país depois de meses de protestos pró-ocidente.
"Não vamos permitir que a Rússia repita o cenário da Crimeia em regiões orientais da Ucrânia", disse Turchinov.
Resposta da Rússia
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia chamou a planejada operação militar de "ordem criminal" e disse que o Ocidente precisa controlar o aliado governo ucraniano. "Agora é responsabilidade do Ocidente prevenir uma guerra civil na Ucrânia", disse o ministério, em um comunicado.
Um diplomata que integra o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) disse à Reuters, sob condição de anonimato, que o conselho vai se reunir em Nova York às 20h (hora local) desde domingo, a pedido da Rússia. Outro diplomata disse que as negociações sobre a participação da Ucrânia estavam em andamento.
Mais cedo, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, disse no programa "This Week", da emissora de televisão ABC, que os últimos eventos na Ucrânia indicam "o envolvimento de Moscou".
"O presidente deixou claro que, dependendo do comportamento da Rússia, sanções em energia, bancos e mineração podem estar em jogo, e há muita coisa no meio disso", acrescentou.
A Ucrânia repetidamente disse que as rebeliões são inspiradas e lideradas pelo Kremlim. Mas ações para desarmar os rebeldes podem resultar em um novo cenário, perigoso, porque Moscou avisou que vai proteger as regiões pró-Rússia, se elas estiverem sob ataque.
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