Ordens teriam partido do comando do Serviço Nacional de Informação e foram cumpridas no governo João Baptista Figueiredo
Do Portal Terra
Um conjunto de 40 relatórios encadernados, guardado em sigilo por
mais de três décadas, detalha a destruição de aproximadamente 19,4 mil
documentos secretos produzidos ao longo da ditadura militar brasileira
pelo extinto Serviço Nacional de Informações (SNI). Segundo informações
do jornal Folha de S. Paulo, as ordens de destruição, agora liberadas à
consulta pelo Arquivo Nacional Brasileiro, partiram do comando do SNI e
foram cumpridas no segundo semestre de 1981, no governo João Baptista
Figueiredo. Entre os documentos, estavam relatórios sobre personalidades
famosas, como o político Leonel Brizola, o arcebispo católico d. Helder
Câmara, o poeta e compositor Vinicius de Moraes e o poeta João Cabral
de Melo Neto.
Boa parte dos documentos eliminados trata de pessoas que já tinham
morrido. A análise dos registros sugere que o SNI procurava se livrar de
todos os dados de pessoas mortas. O general da reserva Newton Cruz, que
chefiou a agência central do SNI na época da destruição dos papéis
alega não se recordar do ato, mas afirma ter seguido a legislação em
vigor. "Foi de acordo coma lei da época. O SNI existia para assessorar o
presidente da República na política do governo". Para o general,
documentos produzidos a partir de informantes do SNI deveriam ser todos
destruídos.
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