7.06.2012

Olhos nos olhos

De todos os nossos cinco sentidos, a visão talvez seja a mais importante e ao mesmo tempo, a mais delicada. Através dos olhos, conhecemos, memorizamos, transmitimos nossas emoções, nosso estado de espírito, humor, personalidade, por isso, ouvimos muitas frases do tipo “o que os olhos não vêem o coração não sente” ou “um olhar diz mais que mil palavras”. Assim, precisamos tomar cuidados especiais com nossos olhos, pois ele é mais sensível do que imaginamos.
Geralmente, procuramos um oftalmologista (profissional que cuida da saúde dos olhos) quando sentimos alguma dificuldade para enxergar. O que muitas pessoas não sabem é que realizar consultas com um oftalmologista deve ser regularmente todos os anos. Alguns problemas oculares são comuns e em sua maioria possuem tratamentos imediatos, veja alguns deles:
- Blefarite: Essa doença consiste em uma inflamação ao redor dos olhos. Ela pode causar vermelhidão, coceira, inchaços, perda da sobrancelha e irritação na parte interior da pálpebra. A blefarite pode ocorrer também através da alergia à maquiagens. O tratamento se dá por meio de antibióticos.
- Conjuntivite: É uma inflamação na membrana que reveste a parte interior da pálpebra. Essa doença é causada, principalmente, por bactérias e vírus, e possui como sintoma, olhos vermelhos, coceira, queimação, olhos lacrimejantes ou com pus, sensibilidade à luz. É comum que os sintomas da conjuntivite permaneçam por alguns dias, contudo ela precisa ser tratada para que não haja sequelas.
- Deslocamento da retina: A retina é responsável pela captação de imagens e transmissão dessas imagens para o cérebro. O acúmulo de sangue ou outro fluido na retina causa o deslocamento dela. Os sintomas mais frequentes são: ver pontos escuros, traços de luz incomuns e embaçamento da visão. Este problema é tratado por meio de cirurgia ou fusão a laser.
-Terçol: O terçol acontece por causa de uma inflamação dos canais por onde nasce o pêlo ou por uma inflamação de alguma glândula da pálpebra. Os sintomas mais visíveis são a formação de um edema ao redor do olho, vermelhidão e sensibilidade. Essa doença permanece por uns dias e depois desaparece sozinha.
Além dos problemas comuns listados acima, há também, doenças congênitas dos olhos, ou seja, elas existem por fatores genéticos, uma pessoa que tem em seu gene alguma doença ocular provavelmente ela nascerá com essa doença e transmitirá à suas gerações. Tais doenças são:
-Astigmatismo: O astigmatismo causa a distorção da visão periférica, isto é, pode-se ver os objetos a frente com clareza, mas os outros objetos que estão ao redor da visão ficam distorcidos. A correção deste problema acontece com a utilização de lentes corretivas.
- Miopia: A pessoa que possui miopia enxerga de forma distorcida ou embaçada os objetos que estão a longa distância. É uma doença hereditária e o uso de óculos propicia a correção de tal problema.
-Hipermetropia: A hipermetropia é o oposto da miopia. Pessoas que possuem esse distúrbio enxergam perfeitamente objetos em longas distâncias e objetos próximos são vistos de forma distorcida.
- Catarata: Essa doença causa embasamento e/ou escurecimento da visão. Os sintomas são: pouca visão noturna, ver cores mais fracas e amareladas e certa sensibilidade à luz. O tratamento da catarata se dá por meio de cirurgia, contudo é importante ressaltar que a catarata quando não é tratada pode levar a cegueira.
- Glaucoma: O glaucoma é causado por um aumento da pressão dentro do olho. Também é uma doença que pode causar cegueira caso não seja tratada. Alguns sintomas são: dor nos olhos, embaçamento da visão e visão periférica distorcida, pouca adaptação à escuridão e brilho. Esse distúrbio é também genético, mas podem ocorrer em pessoas com diabetes, usuários de drogas ou que tiveram alguma lesão nos olhos. O tratamento pode ser realizado através de colírios quando a doença é detectada cedo, caso contrário o glaucoma pode ser tratado por meio de cirurgia.
É importante sabermos que alguns cuidados diários e hábitos cotidianos podem nos auxiliar na prevenção de problemas oculares. Primeiramente, uma boa alimentação pode ser um ótimo começo para uma boa saúde dos olhos. A inclusão de vitaminas nas refeições diárias como a vitamina A (encontrada, por exemplo, na cenoura), antioxidantes (encontrado nos vegetais) e minerais podem ajudar a enriquecer e fortalecer o organismo.
Outros cuidados a serem tomados estão relacionados aos nossos hábitos cotidianos. Proteger os olhos contra raios UV fazendo uso de óculos adequados, evitar sentar muito próximo à aparelhos como televisão ou computador, pois isso poderá fazer com que se force a visão, são alguns cuidados que podem prevenir doenças futuras.
Contudo, o mais importante de todos os cuidados é fazer consultas regulares a um oftalmologista, pois quanto mais cedo o problema for detectado melhor será a recuperação. Nossos olhos merecem atenção, afinal são através deles que transmitimos quem somos e são com eles que nos comunicamos com o mundo.

  Você sabe o que é Colírio?

Muita gente vai à farmácia e diz: "Eu quero um colírio". E eu digo: "Qual colírio?". E eles: "Ué! Colírio!!!!"... Isto mostra um total desconhecimento do que é um colírio. Parece até que Colírio é uma marca... de colírio!

E nesta época, em que estamos tendo um surto de conjuntivite, esta situação tem ficado muito comum.

Mas o que é colírio, afinal? Colírio é uma Forma Farmacêutica líquida e estéril destinada ao uso oftálmico. Ou seja, qualquer líquido estéril para pingar nos olhos. E existem diversos tipos de colírios, para as mais diversas finalidades: para clarear os olhos (como o famoso Moura Brasil, Lerin, etc.), lubrificar em casos de secura (Fresh Tears, Ecofilm, Systane, Lacrifilm, Trisorb...), antibióticos para tratar infecções oculares (Tobrex, Cloranfenicol...), antiinflamatórios (Still, Voltaren colírio...), antialérgicos (Cromolerg), tratamento de glaucoma (Cosopt, Trusopt...)... Enfim, cada caso exige um tipo de tratamento. Mesmo nas conjuntivites, o tratamento é diferente entre cada uma delas, já que elas podem ser causadas por vírus, bactérias ou alergias,
...
Seja lá qual for o problema, deve-se sempre passar no oftalmologista para que ele possa fazer o diagnóstico correto. Porque mesmo uma "simples" conjuntivite, uma alergia qundo tratada de maneira incorreta, pode levar à cegueira.

Conjuntivite

Muitas pessoas com vermelhidão nos olhos, suspeitando de conjuntivite,
 procuram as farmácias para que seja confirmado o diagnóstico, e consequentemente, seja “passado” um tratamento para o problema. Porém, a conjuntivite é apenas um dos vários problemas oculares com manifestações semelhantes.

Conjuntivite
é uma inflamação aguda da conjuntiva, que é uma membrana que reveste a região posterior das pálpebras, e estende-se para o espaço entre a pálpebra e o globo ocular, e sobre a esclera até a córnea.

A conjuntivite pode ter 3 causas distintas:
vírus, bactérias ou alergia.

A
conjuntivite viral apresenta como principais sintomas a vermelhidão, aumento da secreção aquosa, irritação ocular, e as pálpebras ficam “grudadas” ao acordar. Geralmente, ela aparece nos dois olhos; após iniciar-se em um deles, posteriormente atinge o outro também. Dura aproximadamente 1 semana nos casos mais leves, e até 3 semanas nos casos mais graves. Normalmente, tendo-se a certeza de que a infecção é causada por vírus, não é necessário qualquer tipo de tratamento. Em alguns casos, colírios lubrificantes podem trazer algum alívio. Pode-se também fazer compressas com soro fisiológico, de preferência gelado, várias vezes ao dia. No entanto, estes tratamentos trazem resultados muito limitados.

Na
conjuntivite bacteriana, um dos principais sintomas apresentados é a secreção purulenta (com pus). Vermelhidão e pálpebras “grudadas” também aparecem neste caso. Normalmente, apenas um dos olhos é afetado. Geralmente, dura 3 semanas quando não tratada, e 1 a 2 dias quando tratada. O tratamento é feito utilizando-se colírios e/ou pomadas com antibióticos.

A
conjuntivite alérgica, além da vermelhidão, apresenta secreção aquosa e coceira intensa. Pode ser causada por pólen, pó, poeira e pelos de animais. O tratamento é feito à base de colírios anti-alérgicos e/ou anti-inflamatórios.

Como podemos ver, para cada tipo de conjuntivite há um tratamento específico. Na maioria dos casos, a conjuntivite irá curar-se mesmo sem tratamento. Porém, o oftalmologista
sempre deverá ser consultado, já que no caso de uma infecção bacteriana, dependendo do tipo de bactéria presente, pode levar inclusive à cegueira.

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