7.03.2012

Crise alérgica em crianças


Mesmo quando pais recebem instrução sobre como evitar o problema, a maioria das crianças tem, em média, um episódio de reação alérgica por ano

Leite
Alergia alimentar: pesquisa observou que 72% das crianças com alergia a leite ou a ovo apresentaram ao menos uma reação alérgica em um período de três anos (ThinkStock)
A maioria das crianças com alergia a determinados alimentos, mesmo quando suas famílias foram instruídas sobre como evitar o problema, sofre episódios de reação alérgica uma vez ano. Quando o caso é grave, apenas um terço desses jovens recebe o medicamento adequado para a reação. Essas são as conclusões de um novo estudo feito pelo Consórcio de Pesquisa em Alergia Alimentar, um grupo formado por especialistas da Faculdade de Medicina Mount Sinai, nos Estados Unidos. O trabalho foi publicado nesta segunda-feira na revista Pediatrics.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Allergic Reactions to Foods in Preschool-Aged Children in a Prospective Observational Food Allergy Study

Onde foi divulgada: revista Pediatrics

Quem fez: David Fleischer, Tamara Perry, Dan Atkins, Robert A. Wood, Stacie M. Jones, Alice K. Henning e Donald Stablein e Scott Sicherer

Instituição: Faculdade de Medicina Mount Sinai, nos Estados Unidos

Dados de amostragem: 512 crianças com alergia a leite ou a ovo

Resultado: Mesmo quando as famílias foram instruídas sobre a alergia das crianças, 72% apresentaram reações alérgicas ao longo de três anos, sendo que 11% foram graves. Nesses casos, somente 30% das crianças receberam o medicamento adequado

















O trabalho se baseou em dados de 512 crianças que tinham alergia a leite ou a ovo. Todas as famílias tinham recebido instruções sobre quais alimentos deveriam ser evitados pelas crianças e prescrições dos medicamentos que deveriam ser aplicados em caso de reação alérgica. Após acompanharem as crianças durante três anos, os pesquisadores observaram que 72% delas tiveram ao menos uma reação alérgica nesse período, com uma média de um episódio por ano. De acordo com os autores, essas reações foram atribuídas à falta de supervisão, má interpretação das informações nas embalagens dos alimentos, contaminação cruzada e erros cometidos durante a preparação dos alimentos.
A pesquisa também mostrou que, entre todas as crianças que apresentaram alguma reação alérgica, 11% tiveram anafilaxia — um quadro grave de reação caracterizado por problemas como inchaço da garganta, tontura e desmaio. Desses casos, apenas 30% das crianças receberam o medicamento adequado. Segundo o estudo, os pais que não administraram a droga por medo, não reconheceram a crise como sendo grave ou não tinham a droga disponível no momento da crise.
“Esse estudo reforça a importância de educar os pais e as outras pessoas que cuidam das crianças sobre como evitar reações alérgicas graves provocadas por alimentos, bem como quais são os medicamentos adequados para episódios como esses”, diz Scott Sicherer, que coordenou a pesquisa.





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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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