7.07.2012

Nanofibras com medicamentos têm aplicações em cosmética e odontologia

Nanofibras com medicamentos têm aplicações em cosmética e odontologia


Nanofibras com medicamentos têm aplicações em cosmética e odontologia
Micrografia das nanofibras, que estão entre os materiais mais promissores da nanotecnologia. Nanomedicamentos
Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo estão utilizando nanofibras em duas áreas farmacêuticas promissoras: cosmética e odontológica.
As nanofibras estão entre os materiais mais promissores da nanotecnologia - são fibras com dimensões na faixa dos nanômetros, daí o nome nanofibras.
O fármaco de interesse é incorporado às nanofibras no momento de sua produção, por meio de uma técnica chamada microfluídica, que manipula líquidos em quantidades minúsculas, no interior de biochips.
O processo recobre e protege o medicamento, que pode então ser aplicado a diversos tipos de tratamentos.
Aplicação tópica e transdérmica
As nanofibras são usadas para tecer uma espécie de folha de papel, repleta de fibras de material polimérico sobrepostas umas às outras.
Com o fármaco de interesse incorporado entre as nanofibras, o material pode ser utilizado para liberação tópica - quando as substâncias agem diretamente na pele ou em ferimentos, penetrando na epiderme - ou transdérmica - quando a substância é aplicada na pele para ser absorvida pela circulação, atingindo a corrente sanguínea.
O processo funciona para que os medicamentos consigam agir em determinadas regiões do corpo para tratamento de doenças ou estética.
"A nanofibra exerce a função de um veículo para transportar um fármaco a um alvo determinado", explica a pesquisadora Maria Helena Ambrósio Zanin.
Escalonamento
Para assegurar a funcionalidade do tratamento foi preciso o desenvolvimento de técnicas que garantem a permanência do fármaco dentro da nanofibra, sem que haja alterações de compatibilidade e, principalmente, garantem a consolidação de sua permeação na pele.
Segundo a pesquisadora, a nanofibra está sendo estudada no mundo todo, mas o IPT já possui conhecimento nos dois lados dessa tecnologia, no processo de produção e caracterização do material.
Além de trabalhar com fármacos que possibilitarão a progressão nas áreas cosmética e odontológica, a pesquisadora está trabalhando no escalonamento do processo - passar a técnica da escala de laboratório para a escala industrial.


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