Apoio de apresentadora de TV à poligamia gera revolta na Turquia
Mais de 200 mil mulheres no país vivem em casamentos poligâmicos
Justin Vela
INDEPENDENT
ANCARA - Sibel Uresin, apresentadora de um talk show
transmitido pelo canal de TV Turkey's Beyaz, gerou uma onda de revolta
no país ao dizer que a poligamia deveria ser legalizada "porque está
escrita no Alcorão”, o livro sagrado dos muçulmanos.
Sibel, uma conselheira islâmica de 36 anos, colunista e apresentadora de programas de entrevistas contou que já ofereceu uma amiga ao próprio marido.
- Eu tenho uma amiga solteira. E disse a meu marido que não me incomodaria se ele quisesse se casar com ela. Claro que ele recusou, mas eu não pediria o divórcio se ele tivesse aceitado - polemizou.
No programa, ela estava sendo perguntada por declarações dadas no ano passado, quando afirmou que os homens deveriam ter várias mulheres. Os cometários, na época, provocaram controvérsia. Muitos turcos acreditam que as diferenças entre religiosos e não religiosos têm se acentuando ultimamente, e que as declarações da apresentadora só pioram a situação.
Para sustentar seu apoio à prática, Sibel Uresin cita uma pesquisa segundo a qual 85% dos homens turcos não são fiéis às suas esposas. Para ela, já que a maioria dos maridos tende a ter casos fora do casamento, a poligamia deveria ser permitida. Ela argumentou ainda que a prática é comum na Turquia por conta dos matrimônios religiosos celebrados por imãs.
De acordo com estudos, cerca de 200 mil mulheres fazem parte de uniões poligâmicas não reconhecidas legalmente. Se um casamento é reconhecido apenas sob a lei islâmica, para conseguir o divórcio basta ao homem repetir a frase "Eu me divorcio de você" três vezes.
O Globo
Sibel, uma conselheira islâmica de 36 anos, colunista e apresentadora de programas de entrevistas contou que já ofereceu uma amiga ao próprio marido.
- Eu tenho uma amiga solteira. E disse a meu marido que não me incomodaria se ele quisesse se casar com ela. Claro que ele recusou, mas eu não pediria o divórcio se ele tivesse aceitado - polemizou.
No programa, ela estava sendo perguntada por declarações dadas no ano passado, quando afirmou que os homens deveriam ter várias mulheres. Os cometários, na época, provocaram controvérsia. Muitos turcos acreditam que as diferenças entre religiosos e não religiosos têm se acentuando ultimamente, e que as declarações da apresentadora só pioram a situação.
Para sustentar seu apoio à prática, Sibel Uresin cita uma pesquisa segundo a qual 85% dos homens turcos não são fiéis às suas esposas. Para ela, já que a maioria dos maridos tende a ter casos fora do casamento, a poligamia deveria ser permitida. Ela argumentou ainda que a prática é comum na Turquia por conta dos matrimônios religiosos celebrados por imãs.
De acordo com estudos, cerca de 200 mil mulheres fazem parte de uniões poligâmicas não reconhecidas legalmente. Se um casamento é reconhecido apenas sob a lei islâmica, para conseguir o divórcio basta ao homem repetir a frase "Eu me divorcio de você" três vezes.
O Globo
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