8.01.2012

Genéricos: Vendas crescem 21,7%

Região Centro-Oeste apresenta baixa participação na comercializaçãoTexto por Thamyris FernandesEnviado por Diário da Manhã - há 2 horas
No pri­meiro se­mestre deste ano, o Brasil co­mer­ci­a­lizou 321 mi­lhões de uni­dades de me­di­ca­mentos ge­né­ricos. Em re­lação ao mesmo pe­ríodo de 2011, quando foram con­su­midos 264 mi­lhões de uni­dades, as vendas cres­ceram 21,7% em vo­lume. No con­junto das in­dús­trias do seg­mento, o fa­tu­ra­mento foi de R$ 5,1 bi­lhões, contra R$ 3,8 bi­lhões con­ta­bi­li­zados no ano pas­sado, o que re­pre­senta um salto su­pe­rior a 33%.
Dados da As­so­ci­ação Bra­si­leira das In­dús­trias de Me­di­ca­mentos Ge­né­ricos (Pró-Ge­né­ricos) in­dicam que o des­taque nas vendas acu­mu­ladas entre maio de 2011 e maio de 2012 foi a re­gião Su­deste. So­mente no Es­tado de São Paulo o au­mento foi de 55,1%, com 205,6 mi­lhões de uni­dades ven­didas este ano.
Em­bora a Pró-Ge­né­ricos de­fenda a po­pu­la­ri­zação dos ge­né­rios no Brasil “cum­prindo o papel so­cial de am­pliar o acesso” aos me­di­ca­mentos, essa ca­te­goria de drogas não be­ne­ficia am­pla­mente os con­su­mi­dores do Centro-Oeste, do Nor­deste e do Norte do País. Se­gundo os ad­mi­nis­tra­dores da as­so­ci­ação, a par­ti­ci­pação dessas re­giões é in­fe­rior à média na­ci­onal.
Em Goiás, por exemplo, foram ven­didos 19,5 mi­lhões de uni­dades até o úl­timo mês de maio. O cres­ci­mento nas vendas foi de apenas 5,2% em re­lação ao ano an­te­rior, com 12,6 mi­lhões em vendas (4,2%). A co­mer­ci­a­li­zação no Dis­trito Fe­deral (DF) também não cresceu muito. Até o pe­ríodo da ava­li­ação foram re­gis­tradas 9,01 mi­lhões de vendas, 2,4% su­pe­rior a 2011, que con­ta­bi­li­zava 6,5 mi­lhões de uni­dades ven­didas.
Genéricos crescem em vendas
Dentre os Es­tados que menos co­mer­ci­a­li­zaram re­mé­dios ge­né­ricos no País está Rondônia (RO), na re­gião Norte. Até maio, as vendas so­mavam 1,2 mi­lhão de uni­dades, re­pre­sen­tando cres­ci­mento de 0,3%. Em 2011, o mon­tante foi ainda menor, com 849,1 mil uni­dades co­mer­ci­a­li­zadas.

Brasil
De ma­neira geral, o ge­né­rico é hoje a prin­cipal fer­ra­menta de acesso a me­di­ca­mentos dis­po­nível no País e re­pre­senta 65% dos pro­dutos dis­tri­buídos pelo Pro­grama Far­mácia Po­pular, do go­verno fe­deral. Além disso, essa linha de drogas des­fruta hoje de um peso im­por­tante no con­junto da in­dús­tria far­ma­cêu­tica bra­si­leira, que re­gis­trou cres­ci­mento de 11,4% em uni­dades. Ao ex­cluir a par­ti­ci­pação dos ge­né­ricos nas vendas to­tais da in­dús­tria far­ma­cêu­tica bra­si­leira, o cres­ci­mento cai para 8,3%.
Desde que sur­giram no mer­cado, em 2001, os ge­né­ricos ge­raram eco­nomia de 28 bi­lhões aos con­su­mi­dores bra­si­leiros. Com preços em média 50% mais ba­ratos que os me­di­ca­mentos de re­fe­rência, os ge­né­ricos também fun­ci­onam como re­gu­la­dores de preços e de­manda.
Se­gundo a Pró-Ge­né­ricos, até o final do ano, o setor deve apre­sentar cres­ci­mento es­ti­mado de 25%, com um ritmo mais forte de vendas no se­gundo se­mestre. De acordo com o IMS He­alth – ins­ti­tuto que au­dita o mer­cado far­ma­cêu­tico no Brasil e no mundo –, os ge­né­ricos atin­giram no mês de junho 26,6% de par­ti­ci­pação de mer­cado. Nesse sen­tido, sobre a par­ti­ci­pação no mer­cado, a ex­pec­ta­tiva da Pró-Ge­né­ricos é de que a ca­te­goria al­cance 30% de in­serção ainda em 2012.

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