POR Tiago Frederico
Rio -
O câncer de mama é considerado o mais frequente entre as mulheres e
segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, a cada ano surgem cerca
de 50 mil novos casos, sendo que 44 mil pacientes são internadas para
tratamento do tumor, onde 13 mil acabam chegando a óbito.
Para as mulheres que se submeteram à experiência traumática da mastectomia (retirada total da mama), a reconstrução mamária, pode devolver a autoestima da mulher em qualquer faixa etária. A reconstrução mamária, seja parcial ou total, é um procedimento de extrema relevância para a recuperação da paciente.
A aposentada Joselina Soares Costa, 64 anos, descobriu um câncer de
mama em 2000. Ela optou pela masstectomia e precisou retirar a mama
esquerda. "Esperei até 2011 para fazer a reconstrução mamária. Não que
eu tivesse medo, mas achava que poderia viver sem aquele seio, pois já
tinha amamentado os meus filhos, achava que era apenas uma questão estética", conta a aposentada.
Joselina avalia que não estava preparada emocionalmente para a reconstrução mamária. Ela continuou o tratamento durante cinco anos, usando o medicamento Tamoxifeno. "Durante esse período, usei uma prótese artificial, mas que tinha que tirar e colocar e depois de um tempo, passou a me incomodar. Optei por fazer a reconstrução mamária e foi maravilhoso, meu sofrimento acabou", relata a senhora.
Técnicas de reconstrução mamária
De acordo com o cirurgião plástico André Eyler, membro da equipe do Ambulatório de Cirurgia Plástica Reconstrutiva do Hospital Mário Kroeff (Hospital do Câncer do Rio de Janeiro), quando as mulheres fazem esse procedimento ficam mais confiantes no tratamento pós-câncer, melhorando sua participação e motivação e assim resgatando o amor próprio. ”As mulheres mais velhas não devem ser negligenciadas, porque a técnica exerce uma influência positiva no estado psicológico de qualquer faixa etária”, garante o médico.
Para reconstruir a mama existem vários tipos de intervenção e cada método deve ser empregado de acordo com o quadro da paciente. A mais recente é a técnica da reconstrução mamária com expansores teciduais, seguido do uso de prótese. É realizada quando é possível a reconstrução imediata, durante a mastectomia, sem ainda a posterior radioterapia. “A prótese é colocada abaixo do músculo grande peitoral. Pode ser um implante definitivo, onde se utiliza um expansor permanente, que eu particularmente aprecio mais”, diz o médico.
Já a reconstrução mamária com retalhos miocutâneos de músculo grande
dorsal e prótese, é a mais comum. Pode ser feita em reconstrução
imediata e tardia e, resiste muito bem à radioterapia. “Fazemos à
transposição do músculo grande dorsal que ocupa lugar onde seria a mama,
trazendo mais tecido e ganhando espaço. O implante fica abaixo do MGD
(músculo grande dorsal), que protege este”, explica o Dr. André.
Existe ainda a reconstrução da mama, com retalho miocutâneo de músculos abdominais. Sem precisar de implante, a técnica consiste em transpor tecido do abdômen inferior através do músculo reto abdominal. Segundo o cirurgião plástico, a técnica é muito eficaz quando se tem um abdômen doador, possível de um resultado estético favorável na barriga, depois de uma abdominoplastia. O método resiste bem à radioterapia e é possível utilizar uma quantidade maior de tecido.
Em casos mais raros também é utilizado o procedimento de reconstrução
mamária com retalhos micro-cirúrgicos, consideradas cirurgias de
exceção. A técnica consiste em levar um músculo a distância ligando os
vasos deste a um vaso sanguíneo local. “Entretanto, o tempo cirúrgico é
muito maior e existe um índice frequente de necrose total do retalho”,
alerta o especialista.
Ainda tem o processo de reconstrução mamária com retalhos dermogordurosos de vizinhança e prótese, que é feito com retalhos fasciocutâneos regionais. Quando bem indicados apresentam bons resultados. No entanto, não resistem à radioterapia por serem mal vascularizados. “Explicando melhor, são retalhos locais que trazem tecido de vizinhança para suprir a falta no plastrão mamário e evitam o uso do expansor”, completa.
Segundo o Dr. André Eyler que já realizou centenas de cirurgias, este momento produz intenso estresse para a maioria das mulheres, que se submeteram a uma mastectomia e possuem grande expectativa em relação aos efeitos da reconstrução. “Com o avanço da medicina, atualmente se obtém resultados cada vez mais aprimorados e ao final a pessoa sente uma espécie de reintegração com seu próprio corpo. É muito compensador para um médico poder restaurar essa autoestima e devolver algo tão valioso para qualquer mulher”, afirma.
O Dia
Para as mulheres que se submeteram à experiência traumática da mastectomia (retirada total da mama), a reconstrução mamária, pode devolver a autoestima da mulher em qualquer faixa etária. A reconstrução mamária, seja parcial ou total, é um procedimento de extrema relevância para a recuperação da paciente.
A reconstrução mamária pode devolver a autoestima da mulher | Foto: Divulgação
Joselina avalia que não estava preparada emocionalmente para a reconstrução mamária. Ela continuou o tratamento durante cinco anos, usando o medicamento Tamoxifeno. "Durante esse período, usei uma prótese artificial, mas que tinha que tirar e colocar e depois de um tempo, passou a me incomodar. Optei por fazer a reconstrução mamária e foi maravilhoso, meu sofrimento acabou", relata a senhora.
Técnicas de reconstrução mamária
De acordo com o cirurgião plástico André Eyler, membro da equipe do Ambulatório de Cirurgia Plástica Reconstrutiva do Hospital Mário Kroeff (Hospital do Câncer do Rio de Janeiro), quando as mulheres fazem esse procedimento ficam mais confiantes no tratamento pós-câncer, melhorando sua participação e motivação e assim resgatando o amor próprio. ”As mulheres mais velhas não devem ser negligenciadas, porque a técnica exerce uma influência positiva no estado psicológico de qualquer faixa etária”, garante o médico.
Para reconstruir a mama existem vários tipos de intervenção e cada método deve ser empregado de acordo com o quadro da paciente. A mais recente é a técnica da reconstrução mamária com expansores teciduais, seguido do uso de prótese. É realizada quando é possível a reconstrução imediata, durante a mastectomia, sem ainda a posterior radioterapia. “A prótese é colocada abaixo do músculo grande peitoral. Pode ser um implante definitivo, onde se utiliza um expansor permanente, que eu particularmente aprecio mais”, diz o médico.
Na mastectomia, a prótese é colocada abaixo do músculo | Foto: Divulgação
Existe ainda a reconstrução da mama, com retalho miocutâneo de músculos abdominais. Sem precisar de implante, a técnica consiste em transpor tecido do abdômen inferior através do músculo reto abdominal. Segundo o cirurgião plástico, a técnica é muito eficaz quando se tem um abdômen doador, possível de um resultado estético favorável na barriga, depois de uma abdominoplastia. O método resiste bem à radioterapia e é possível utilizar uma quantidade maior de tecido.
Imagem mostra transposição de tecido da região abdominal | Foto: Divulgação
Ainda tem o processo de reconstrução mamária com retalhos dermogordurosos de vizinhança e prótese, que é feito com retalhos fasciocutâneos regionais. Quando bem indicados apresentam bons resultados. No entanto, não resistem à radioterapia por serem mal vascularizados. “Explicando melhor, são retalhos locais que trazem tecido de vizinhança para suprir a falta no plastrão mamário e evitam o uso do expansor”, completa.
Segundo o Dr. André Eyler que já realizou centenas de cirurgias, este momento produz intenso estresse para a maioria das mulheres, que se submeteram a uma mastectomia e possuem grande expectativa em relação aos efeitos da reconstrução. “Com o avanço da medicina, atualmente se obtém resultados cada vez mais aprimorados e ao final a pessoa sente uma espécie de reintegração com seu próprio corpo. É muito compensador para um médico poder restaurar essa autoestima e devolver algo tão valioso para qualquer mulher”, afirma.
O Dia
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