Pouco conhecida, mutação genética é alvo de campanha de conscientização coordenada por cardiologistas
O Globo
RIO - Apesar de ter consequências bastante temidas, elevar em 20
vezes o risco de morte precoce por males cardiovasculares e ser
considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial da
Saúde, a hipercolesterolemia familiar ainda é uma doença desconhecida.
Trata-se de uma condição genética, hereditária, que atua sobre o
colesterol, aumentando os níveis de LDL, o colesterol ruim, no sangue. A
Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que no Brasil haja 360 mil
pessoas com o problema - com apenas 1% desses pacientes sendo
monitorados - e inicia uma campanha para conscientizar médicos e a
população sobre esta possibilidade.
O ideal é que quem tem histórico de pessoas com problema cardíaca ou colesterol muito elevado antes dos 40 anos na família investigue a doença, diz o presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Hermes Xavier. Estudos recentes mostram que um em 500 indivíduos são vítimas desta condição. Quando um paciente é diagnosticado, em cada dez parentes seus, cerca da metade apresenta a mutação. Um de seus indicadores são exames que apontam níveis de LDL no sangue acima de 200 (o ideal para a população em geral é abaixo de 130) e o colesterol total acima de 280 (o ideal é abaixo de 200).
- A alimentação é responsável por apenas 30% do colesterol no sangue. Os outros 70% são produzidos no fígado - explica Xavier.
A doença consiste numa mutação que impede a produção de receptores de LDL no fígado, o que regula seus níveis no sangue. Como consequência do problema, as pessoas apresentam taxas muito altas de colesterol ruim e correm maior risco de sofrer infartos e derrames. A solução é o uso de medicamentos como as estatinas, combinadas com uma dieta adequada e a prática de atividades físicas.
- Mas o medicamento administrado corretamente tem papel fundamental, pois a dieta rigorosa reduz no máximo 10% do colesterol nestes casos - completa Xavier.
O especialista alerta que o colesterol ainda é o principal fator para reduzir o risco cardiovascular, sendo importante começar a dosá-lo a partir dos 25, 30 anos. E também em crianças com histórico de colesterol elevado na família. A campanha de conscientização começa pelos profissionais de saúde, com a realização de um workshop em São Paulo no próximo sábado. Mas em julho será lançada a primeira diretriz brasileira para tratamento da doença e em agosto haverá ações entre a sociedade civil, como a distribuição de material informativo sobre o problema.
O ideal é que quem tem histórico de pessoas com problema cardíaca ou colesterol muito elevado antes dos 40 anos na família investigue a doença, diz o presidente do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Hermes Xavier. Estudos recentes mostram que um em 500 indivíduos são vítimas desta condição. Quando um paciente é diagnosticado, em cada dez parentes seus, cerca da metade apresenta a mutação. Um de seus indicadores são exames que apontam níveis de LDL no sangue acima de 200 (o ideal para a população em geral é abaixo de 130) e o colesterol total acima de 280 (o ideal é abaixo de 200).
- A alimentação é responsável por apenas 30% do colesterol no sangue. Os outros 70% são produzidos no fígado - explica Xavier.
A doença consiste numa mutação que impede a produção de receptores de LDL no fígado, o que regula seus níveis no sangue. Como consequência do problema, as pessoas apresentam taxas muito altas de colesterol ruim e correm maior risco de sofrer infartos e derrames. A solução é o uso de medicamentos como as estatinas, combinadas com uma dieta adequada e a prática de atividades físicas.
- Mas o medicamento administrado corretamente tem papel fundamental, pois a dieta rigorosa reduz no máximo 10% do colesterol nestes casos - completa Xavier.
O especialista alerta que o colesterol ainda é o principal fator para reduzir o risco cardiovascular, sendo importante começar a dosá-lo a partir dos 25, 30 anos. E também em crianças com histórico de colesterol elevado na família. A campanha de conscientização começa pelos profissionais de saúde, com a realização de um workshop em São Paulo no próximo sábado. Mas em julho será lançada a primeira diretriz brasileira para tratamento da doença e em agosto haverá ações entre a sociedade civil, como a distribuição de material informativo sobre o problema.
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